Pesquisar este blog

quinta-feira, 2 de outubro de 2025

Poema: Dia 2.10.2025

Há quem passe e veja.

Outros apenas passam.

Nesta rua, a janela aberta,

Quem quer que seja,

Fica bem alerta.


A vida passa limpa,

O tempo não avisa,

Apenas escraviza

A todo que brinca.


As marcas dadas

Nem sempre ao tom de toadas,

Verificam que tudo

Se faz do gerúndio ao fim.


Não importa nem dói,

Pois quem assim fez

Escreveu histórias 

Deixando memórias.


Esta vida, dois,

De dois solidão 

De muitos a perdição,

Com um beijo mal dado

Naturalmente se vai.


Bastaria que a janela,

Sem força e dor fechasse

E assim a luz que ilumina

Se fizesse em uma ilha.


Eis o tempo, areia que cai,

Ampulheta bendita

Que anuncia o abraço que se vai

E logo após, a nada mais imita.


Os anos se montam

As águas passam 

Os dias apagam

E a poesia valida:


Simplesmente

Vida cá e acolá,

Eternidade louca,

Na voz rouca

Clamando: vem Senhor.


Eis o tempo que foi.

Eis a pessoa que fui

Pela janela que pude ver.



Nenhum comentário:

Postar um comentário