Song of Solomon 2:16 16 O meu amado é meu, e eu sou dele; ele apascenta o seu rebanho entre os lírios.
Song of Solomon 6:3 3 Eu sou do meu amado, e o meu amado é meu; ele pastoreia entre os lírios.
Song of Solomon 7:10 10 Eu sou do meu amado, e ele tem saudades de mim.
--------------------------------------
Cântico dos Cânticos (Cantares de Salomão) 1
1 Cântico dos cânticos de Salomão.
2 Beija-me com os beijos de tua boca; porque melhor é o teu amor do
que o vinho.
3 Suave é o aroma dos teus unguentos, como unguento derramado é o
teu nome; por isso, as donzelas te amam.
4 Leva-me após ti, apressemo-nos. O rei me introduziu nas suas
recâmaras (quarto íntimo). Em ti nos
regozijaremos e nos alegraremos; do teu amor nos lembraremos, mais do que do
vinho; não é sem razão que te amam.
5 Eu estou morena e formosa, ó filhas de Jerusalém, como as tendas
de Quedar (Genesis 25:15), como as cortinas
de Salomão.
6 Não olheis para o eu estar morena, porque o sol me queimou. Os
filhos de minha mãe se indignaram contra mim e me puseram por guarda de vinhas;
a vinha, porém, que me pertence, não a guardei.
7 Dize-me, ó amado de minha alma: onde apascentas o teu rebanho,
onde o fazes repousar pelo meio-dia, para que não ande eu vagando junto ao
rebanho dos teus companheiros?
8 Se tu não o sabes, ó mais formosa entre as mulheres, sai-te pelas
pisadas dos rebanhos e apascenta os teus cabritos junto às tendas dos
pastores.
9 Às éguas dos carros de Faraó te comparo, ó querida minha.
10 Formosas são as tuas faces entre os teus enfeites, o teu
pescoço, com os colares.
11 Enfeites de ouro te faremos, com incrustações de prata.
12 Enquanto o rei está assentado à sua mesa, o meu nardo (óleo de nardo ocorreu em João 12:3) exala o seu
perfume.
13 O meu amado é para mim um saquitel de mirra (com um gosto amargo, essa resina era muito usada para
fins medicinais - Gênesis 37:25; 43:11 - Êxodo 30:23 - Mateus 2:11),
posto entre os meus seios.
14 Como um racimo de flores de hena (planta
decorativa, cujas flores têm cheiro agradável) nas vinhas de En-Gedi (fonte
ainda existe, surgindo uma fina nascente de água numa espécie de terraço – e,
formando essa água uma corrente, vem pelo monte, desde a altura de 120 metros
acima do nível do mar Morto, onde deságua - Js 15.62 – Ez 47.10 - Gn 14.7 – 2
Cr 20.2 - 1 Sm 23.29 – e 24.1 a 3 - 2 Cr 20.1,2 - 2 Cr 20.16), é para
mim o meu amado.
15 Eis que és formosa, ó querida minha, eis que és formosa; os teus
olhos são como os das pombas.
16 Como és formoso, amado meu, como és amável! O nosso leito é de
viçosas folhas,
17 as traves da nossa casa são de cedro, e os seus caibros, de
cipreste (árvore sempre-verde da família das
coníferas).
ARA Cântico dos Cânticos (Cantares de Salomão) 2
1 Eu sou a rosa de Sarom (vale de
Saron, uma região da Palestina, era fértil e produzia belas e abundantes flores),
o lírio dos vales (lírio dos vales era uma flor
silvestre comum que crescia nos vales férteis da Palestina nos tempos bíblicos).
2 Qual o lírio entre os espinhos, tal é a minha querida entre as
donzelas.
3 Qual a macieira entre as árvores do bosque, tal é o meu amado
entre os jovens; desejo muito a sua sombra e debaixo dela me assento, e o seu
fruto é doce ao meu paladar.
4 Leva-me à sala do banquete, e o seu estandarte sobre mim é o
amor.
5 Sustentai-me com passas, confortai-me com maçãs, pois desfaleço
de amor.
6 A sua mão esquerda esteja debaixo da minha cabeça, e a direita me
abrace.
7 Conjuro-vos (súplica insistente),
ó filhas de Jerusalém, pelas gazelas e cervas do campo, que não acordeis, nem
desperteis o amor, até que este o queira.
8 Ouço a voz do meu amado; ei-lo aí galgando os montes, pulando
sobre os outeiros.
9 O meu amado é semelhante ao gamo (mamífero
ruminante semelhante ao veado, com malhas brancas, de cauda comprida e galhos
achatados na extremidade superior) ou ao filho da gazela (trata-se de um antílope pequeno, de formas graciosas, com
chifres recurvos e olhos grandes e gentis); eis que está detrás da nossa
parede, olhando pelas janelas, espreitando pelas grades.
10 O meu amado fala e me diz: Levanta-te, querida minha, formosa
minha, e vem.
11 Porque eis que passou o inverno, cessou a chuva e se foi;
12 aparecem as flores na terra, chegou o tempo de cantarem as aves,
e a voz da rola ouve-se em nossa terra.
13 A figueira começou a dar seus figos, e as vides em flor exalam o
seu aroma; levanta-te, querida minha, formosa minha, e vem.
14 Pomba minha, que andas pelas fendas dos penhascos, no
esconderijo das rochas escarpadas, mostra-me o rosto, faze-me ouvir a tua voz,
porque a tua voz é doce, e o teu rosto, amável.
15 Apanhai-me as raposas, as raposinhas, que devastam os vinhedos,
porque as nossas vinhas estão em flor.
16 O meu amado é meu, e eu sou dele; ele apascenta o seu rebanho
entre os lírios.
17 Antes que refresque o dia e fujam as sombras, volta, amado meu;
faze-te semelhante ao gamo ou ao filho das gazelas sobre os montes
escabrosos.
ARA Cântico dos Cânticos (Cantares de Salomão) 3
1 De noite, no meu leito, busquei o amado de minha alma, busquei-o
e não o achei.
2 Levantar-me-ei, pois, e rodearei a cidade, pelas ruas e pelas
praças; buscarei o amado da minha alma. Busquei-o e não o achei.
3 Encontraram-me os guardas, que rondavam pela cidade. Então, lhes
perguntei: vistes o amado da minha alma?
4 Mal os deixei, encontrei logo o amado da minha alma; agarrei-me a
ele e não o deixei ir embora, até que o fiz entrar em casa de minha mãe e na
recâmara daquela que me concebeu.
5 Conjuro-vos, ó filhas de Jerusalém, pelas gazelas e cervas do
campo, que não acordeis, nem desperteis o amor, até que este o queira.
6 Que é isso que sobe do deserto, como colunas de fumaça, perfumado
de mirra, e de incenso, e de toda sorte de pós aromáticos do mercador?
7 É a liteira de Salomão (espécie de
cadeira coberta, sustentada por dois cabos de madeira e carregada por dois
animais ou dois homens, um na frente e outro atrás); sessenta valentes
estão ao redor dela, dos valentes de Israel.
8 Todos sabem manejar a espada e são destros na guerra; cada um
leva a espada à cinta, por causa dos temores noturnos.
9 O rei Salomão fez para si um palanquim (carruagem ou banco de madeira cedro) de madeira do Líbano.
10 Fez-lhe
as colunas de prata, a espalda de ouro, o assento de púrpura (tecido caro, vermelho-arroxeado, usado pelos antigos
como símbolo de riqueza e de alta posição social (#Ap 18.12). 2) Cor
vermelho-arroxeada (#Êx 26.31)), e tudo interiormente ornado com amor
pelas filhas de Jerusalém.
11 Saí, ó filhas de Sião, e contemplai ao rei Salomão com a coroa
com que sua mãe o coroou no dia do seu desposório (casamento
ou união legalmente sancionada), no dia do júbilo (grande sensação de felicidade) do seu
coração.
ARA Cântico dos Cânticos (Cantares de Salomão) 4
1 Como és formosa, querida minha, como és formosa! Os teus olhos
são como os das pombas e brilham através do teu véu. Os teus cabelos são como o
rebanho de cabras que descem ondeantes do monte de Gileade ("monte de testemunho" ou "monte de
testemunha", (Gênesis 31:21), uma região montanhosa a leste do rio Jordão,
situado no Reino da Jordânia).
2 São os teus dentes como o rebanho das ovelhas recém-tosquiadas,
que sobem do lavadouro, e das quais todas produzem gêmeos, e nenhuma delas há
sem crias.
3 Os teus lábios são como um fio de escarlata (cor vermelha viva e rutilante), e tua boca é
formosa; as tuas faces, como romã partida, brilham através do véu.
4 O teu pescoço é como a torre de Davi, edificada para arsenal; mil
escudos pendem dela, todos broquéis de soldados valorosos.
5 Os teus dois seios são como duas crias, gêmeas de uma gazela, que
se apascentam entre os lírios.
6 Antes que refresque o dia, e fujam as sombras, irei ao monte da
mirra e ao outeiro do incenso.
7 Tu és toda formosa, querida minha, e em ti não há defeito.
8 Vem comigo do Líbano, noiva minha, vem comigo do Líbano; olha do
cimo do Amana (na língua hebraica significa “fixo”,
dando a compreender um pacto. Amana era o pico mais alto da montanha mencionado
na passagem de Cânticos 4:8, cujo a sua localização geográfica é na cadeia do
Antilíbano, próximo do rio que também se chamava Amana), do cimo do
Senir (hebraico: Cota da Malha Nome amorreu do
monte Hermom. (De 3:9) Visto que 1 Crônicas 5:23 menciona “Senir” e “monte
Hermom”, o nome Senir talvez fosse também usado para se referir a uma parte da
cordilheira do Hermom, ou Antilíbano - Dt 3.9) e do Hermom (monte
Hermom domina a terra Santa, vendo-se o seu diadema de neve e a sua crista
acima das alturas, que estão em volta - porção a sul das montanhas do Líbano,
que forma a mais oriental das duas cadeias montanhosas da Síria. Os amorreus
chamavam-lhe Shenir, ou Senir Heb. Senîr, Dt 3:9; comprovado pelo acadiano,
Sanîru; os fenícios chamavam-lhe Siriom Heb. Siryon comprovado pelo ugarítico,
Shryn. Em heteu chama-se Shariyana), dos covis dos leões, dos montes dos
leopardos.
9 Arrebataste-me o coração, minha irmã, noiva minha; arrebataste-me
o coração com um só dos teus olhares, com uma só pérola do teu colar.
10 Que belo é o teu amor, ó minha irmã, noiva minha! Quanto melhor
é o teu amor do que o vinho, e o aroma dos teus unguentos (gordura misturada com perfumes especiais que lhe davam
características muito desejáveis. Era utilizado para ungir os pés dos hóspedes,
simbolizando a alegria pela chegada daquele hóspede, e desejando-lhe boas
vindas (Jo 11.2; Dn 10.2-3; Rt 3.3) do que toda sorte de
especiarias!
11 Os teus lábios, noiva minha, destilam mel. Mel e leite se acham
debaixo da tua língua, e a fragrância dos teus vestidos é como a do
Líbano.
12 Jardim fechado és tu, minha irmã, noiva minha, manancial
recluso, fonte selada.
13 Os teus renovos são um pomar de romãs, com frutos excelentes: a
hena e o nardo;
14 o nardo e o açafrão, o cálamo e o cinamomo, com toda a sorte de
árvores de incenso, a mirra e o aloés, com todas as principais
especiarias.
15 És fonte dos jardins, poço das águas vivas, torrentes que correm
do Líbano!
16 Levanta-te, vento norte, e vem tu, vento sul; assopra no meu
jardim, para que se derramem os seus aromas. Ah! Venha o meu amado para o seu
jardim e coma os seus frutos excelentes!
ARA Cântico dos Cânticos (Cantares de Salomão) 5
1 Já entrei no meu jardim, minha irmã, noiva minha; colhi a minha
mirra com a especiaria, comi o meu favo com o mel, bebi o meu vinho com o
leite. Comei e bebei, amigos; bebei fartamente, ó amados.
2 Eu dormia, mas o meu coração velava; eis a voz do meu amado, que
está batendo: Abre-me, minha irmã, querida minha, pomba minha, imaculada minha,
porque a minha cabeça está cheia de orvalho, os meus cabelos, das gotas da
noite.
3 Já despi a minha túnica, hei de vesti-la outra vez? Já lavei os
pés, tornarei a sujá-los?
4 O meu amado meteu a mão por uma fresta, e o meu coração se
comoveu por amor dele.
5 Levantei-me para abrir ao meu amado; as minhas mãos destilavam
mirra, e os meus dedos mirra preciosa sobre a maçaneta do ferrolho.
6 Abri ao meu amado, mas já ele se retirara e tinha ido embora; a
minha alma se derreteu quando, antes, ele me falou; busquei-o e não o achei;
chamei-o, e não me respondeu.
7 Encontraram-me os guardas que rondavam pela cidade; espancaram-me
e feriram-me; tiraram-me o manto os guardas dos muros.
8 Conjuro-vos, ó filhas de Jerusalém, se encontrardes o meu amado,
que lhe direis? Que desfaleço de amor.
9 Que é o teu amado mais do que outro amado, ó tu, a mais formosa
entre as mulheres? Que é o teu amado mais do que outro amado, que tanto nos
conjuras?
10 O meu amado é alvo e rosado, o mais distinguido entre dez
mil.
11 A sua cabeça é como o ouro mais apurado, os seus cabelos, cachos
de palmeira, são pretos como o corvo.
12 Os seus olhos são como os das pombas junto às correntes das
águas, lavados em leite, postos em engaste.
13 As suas faces são como um canteiro de bálsamo (esta planta, além de ter sido utilizada como aroma no
templo do criador, ela continha um poder curativo. Deus usou o bálsamo de
Gileade como uma metáfora para se referir à cura que o povo de Israel havia
rejeitado), como colinas de ervas aromáticas; os seus lábios são lírios
que gotejam mirra preciosa;
14 as suas mãos, cilindros de ouro, embutidos de jacintos; o seu
ventre, como alvo marfim, coberto de safiras.
15 As suas pernas, colunas de mármore, assentadas em bases de ouro
puro; o seu aspecto, como o Líbano, esbelto como os cedros.
16 O seu falar é muitíssimo doce; sim, ele é totalmente desejável.
Tal é o meu amado, tal, o meu esposo, ó filhas de Jerusalém.
ARA Cântico dos Cânticos (Cantares de Salomão) 6
1 Para onde foi o teu amado, ó mais formosa entre as mulheres? Que
rumo tomou o teu amado? E o buscaremos contigo.
2 O meu amado desceu ao seu jardim, aos canteiros de bálsamo (esta planta, além de ter sido utilizada como aroma no
templo do criador, ela continha um poder curativo. Deus usou o bálsamo de
Gileade como uma metáfora para se referir à cura que o povo de Israel havia
rejeitado), para pastorear nos jardins e para colher os lírios.
3 Eu sou do meu amado, e o meu amado é meu; ele pastoreia entre os
lírios.
4 Formosa és, querida minha, como Tirza (É
o local onde Jeroboão I, Baasa, Elá, Zinri e Onri moraram; É o local onde Baasa
e Zinri foram sepultados; É o local onde foi feita a conspiração de Menaém
contra Salum; Tinha fama pela sua beleza - 1. A mais nova das cinco filhas de
Zelofeade. Como este israelita não tivesse filhos, mas somente filhas, fez-se
uma lei, em virtude da qual, morrendo um homem sem descendência de sexo
masculino, passariam os bens para as suas filhas (Nm 26.33 – 27.1 – 36.11 – Js
17.3). 2. Cidade real de Canaã, conquistada por Josué (Js 12.24) – foi
residência de alguns reis de israel, Jeroboão, Baasa, Elá, Zinri e onri – o
lugar da sepultura de Baasa e Zinri (1 Rs 14.17 – 15.21,33 – 16.6 a 23) – e
teatro da conspiração de Menaém contra Salum (2 Rs 15.14,16). Era afamada pela
sua beleza (Ct 6.4). Hoje talvez seja Teiasir), aprazível como
Jerusalém, formidável como um exército com bandeiras.
5 Desvia de mim os olhos, porque eles me perturbam. Os teus cabelos
descem ondeantes como o rebanho das cabras de Gileade.
6 São os teus dentes como o rebanho de ovelhas que sobem do
lavadouro, e das quais todas produzem gêmeos, e nenhuma delas há sem
crias.
7 As tuas faces, como romã partida, brilham através do véu.
8 Sessenta são as rainhas, oitenta, as concubinas, e as virgens,
sem número.
9 Mas uma só é a minha pomba, a minha imaculada, de sua mãe, a
única, a predileta daquela que a deu à luz; viram-na as donzelas e lhe chamaram
ditosa; viram-na as rainhas e as concubinas e a louvaram.
10 Quem é esta que aparece como a alva do dia, formosa como a lua,
pura como o sol, formidável como um exército com bandeiras?
11 Desci ao jardim das nogueiras, para mirar os renovos do vale,
para ver se brotavam as vides, se floresciam as romeiras.
12 Não sei como, imaginei-me no carro do meu nobre povo!
13 Volta, volta, ó Sulamita (O nome
Sulamita vem do Hebraico Shulamit, que se remete também ao nome de Salomé,
outra personagem com nome bíblico. A personagem com o nome de Sulamita era o
grande amor do Rei Salomão, era conhecia como a rainha de Sabá. Por isso, o
livro do Antigo Testamento “Cânticos” é dedicado às poesias de Salomão para
Sulamita, a qual ambos descreviam um amor que sentiam), volta, volta,
para que nós te contemplemos. Por que quereis contemplar a sulamita na dança de
Maanaim (Maanaim (em hebraico: מחנים, "dois
campos") é um lugar próximo a Jaboque, mencionado diversas vezes na
bíblia. Sua localização exata é muito incerta, sendo que os dados bíblicos são
inconclusivos - Maanaim significa “acampamento duplo”. A palavra hebraica
Maanaim foi o nome dado por Jacó ao local onde ele viu os anjos de Deus
(Gênesis 32:1,2). Depois disso, Maanaim é mencionada várias vezes no Antigo
Testamento)?
ARA Cântico dos Cânticos (Cantares de Salomão) 7
1 Que formosos são os teus passos dados de sandálias, ó filha do
príncipe! Os meneios dos teus quadris são como colares trabalhados por mãos de
artista.
2 O teu umbigo é taça redonda, a que não falta bebida; o teu ventre
é monte de trigo, cercado de lírios.
3 Os teus dois seios, como duas crias, gêmeas de uma gazela.
4 O teu pescoço, como torre de marfim; os teus olhos são as
piscinas de Hesbom (cidade que teria sido capital
de Seom, rei dos amorreus, que conquistou toda a terra de Moabe. A cidade,
atualmente, se chama Husban), junto à porta de Bate-Rabim (Filha de muitas multidões (Ct 7.4). Porta da antiga
cidade de Hesbom, perto da qual estavam duas piscinas, que são comparadas pela
noiva aos olhos do seu amado); o teu nariz, como a torre do Líbano, que
olha para Damasco.
5 A tua cabeça é como o monte Carmelo (https://biblia.com.br/dicionario-biblico/c/carmelo/), a tua cabeleira, como a púrpura; um rei está preso nas tuas tranças.
6 Quão formosa e quão aprazível és, ó amor em delícias!
7 Esse teu porte é semelhante à palmeira, e os teus seios, a seus
cachos.
8 Dizia eu: subirei à palmeira, pegarei em seus ramos. Sejam os
teus seios como os cachos da vide, e o aroma da tua respiração, como o das
maçãs.
9 Os teus beijos são como o bom vinho, vinho que se escoa
suavemente para o meu amado, deslizando entre seus lábios e dentes.
10 Eu sou do meu amado, e ele tem saudades de mim.
11 Vem, ó meu amado, saiamos ao campo, passemos as noites nas
aldeias.
12 Levantemo-nos cedo de manhã para ir às vinhas; vejamos se
florescem as vides, se se abre a flor, se já brotam as romeiras; dar-te-ei ali
o meu amor.
13 As mandrágoras (Mandrágora é uma
planta nativa da região do Mediterrâneo, e, por ser mencionada em alguns textos
bíblicos, acaba despertando a curiosidade das pessoas em querer saber o que é a
mandrágora) exalam o seu perfume, e às nossas portas há toda sorte de
excelentes frutos, novos e velhos; eu tos reservei, ó meu amado.
ARA Cântico dos Cânticos (Cantares de Salomão) 8
1 Tomara fosses como meu irmão, que mamou os seios de minha mãe!
Quando te encontrasse na rua, beijar-te-ia, e não me desprezariam!
2 Levar-te-ia e te introduziria na casa de minha mãe, e tu me
ensinarias; eu te daria a beber vinho aromático e mosto das minhas romãs (7:12).
3 A sua mão esquerda estaria debaixo da minha cabeça, e a sua
direita me abraçaria.
4 Conjuro-vos, ó filhas de Jerusalém, que não acordeis, nem
desperteis o amor, até que este o queira.
5 Quem é esta que sobe do deserto e vem encostada ao seu amado?
Debaixo da macieira te despertei, ali esteve tua mãe com dores; ali esteve com
dores aquela que te deu à luz.
6 Põe-me como selo sobre o teu coração, como selo sobre o teu
braço, porque o amor é forte como a morte, e duro como a sepultura, o ciúme; as
suas brasas são brasas de fogo, são veementes labaredas.
7 As muitas águas não poderiam apagar o amor, nem os rios,
afogá-lo; ainda que alguém desse todos os bens da sua casa pelo amor, seria de
todo desprezado.
8 Temos uma irmãzinha que ainda não tem seios; que faremos a esta
nossa irmã, no dia em que for pedida?
9 Se ela for um muro, edificaremos sobre ele uma torre de prata; se
for uma porta, cercá-la-emos com tábuas de cedro.
10 Eu sou um muro, e os meus seios, como as suas torres; sendo eu
assim, fui tida por digna da confiança do meu amado.
11 Teve Salomão uma vinha em Baal-Hamom (O
nome Baal-Hamom no Hebraico quer dizer: “senhor (possuidor) de abundância”.
Como nas outras expressões empregadas a Baal, temos, mais uma vez, um dual
bíblico. Baal, em hebraico, [בַּעַל] é uma palavra semítica que significa
"senhor ou Lorde". São duas raízes, sendo a primeira delas Ba à l בעל
que pode significar "Senhor ou lorde, marido". Procede, igualmente,
como dito acima, da raiz primitiva ba ̀al בעל resgatando a idéia de casar,
dominar sobre, possuir, ser proprietário, ser senhor (marido) de dominar sobre);
entregou-a a uns guardas, e cada um lhe trazia pelo seu fruto mil peças de
prata.
12 A vinha que me pertence está ao meu dispor; tu, ó Salomão, terás
os mil siclos, e os que guardam o fruto dela, duzentos.
13 Ó tu que habitas nos jardins, os companheiros estão atentos para
ouvir a tua voz; faze-me, pois, também ouvi-la.
14 Vem depressa, amado meu, faze-te semelhante ao gamo ou ao filho
da gazela, que saltam sobre os montes aromáticos.