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terça-feira, 9 de agosto de 2022

Mateus 28:20

Mateus 28:20 "E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século"

Ouvindo o testemunho de Rossana Lidório, esposa do Missionário Ronaldo, tratando deste verso e compondo sua alegria em servir ao SENHOR na Missão.

Ela mostra as questões de suas lutas como mãe, como esposa, com dificuldades imensas, mas atestando que MÃO do SENHOR sempre esteve com eles, onde quer que fossem.

Cita o Salmo 94:22, quando mostra DEUS como seu ALTO REFÚGIO (baluarte).

Sua experiência traz a certeza de que seja onde e o que for que passemos, podemos confiar NAQUELE que nos chamou para sua LUZ.

Muito interessante ouvir a razão de nossa fé:

"Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus." (Philippians 4:6-7)

"Por isso, vos digo: não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de comer ou beber; nem pelo vosso corpo, quanto ao que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo, mais do que as vestes?" (Matthew 6:25)

"lançando sobre ele toda a vossa ansiedade" (1 Peter 5:7)

Os apóstolos precisaram confiar.

Os missionários precisaram confiar.

Nós precisamos confiar.

Os atributos de DEUS nos alcançam e esta VERDADE é muito relevante: ELE estará conosco todos os dias, até o final das eras.

Temos muito a fazer.

Tanto que DEUS continua chamando pessoas para a MISSÃO SALVADORA pela pregação do EVANGELHO.

Mas é necessário ainda que para ouvirem, alguém tem que ir...

As portas da Missão estão abertas.

Que tal?

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NAS Psalm 94:22 But the LORD has been my stronghold, And my God the rock of my refuge.

BGT Psalm 93:22 kai. evge,neto, moi ku,rioj eivj katafugh.n kai. o` qeo,j mou eivj bohqo.n evlpi,doj mou

ARA Psalm 94:22 Mas o SENHOR é o meu baluarte e o meu Deus, o rochedo em que me abrigo.

ARC Psalm 94:22 Mas o SENHOR foi o meu alto retiro; e o meu Deus, a rocha em que me refugiei.

BRP Psalm 94:22 Mas o SENHOR é a minha defesa; e o meu Deus é a rocha do meu refúgio.


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Significado: n m 1) Lugar alto, refúgio, altura segura, retirada 1a) fortalezas 1b) Refúgio (de Deus)

n Pr Loc Misgab = "Height" 2) Um lugar em Moab

Uso: AV - Defesa 7, Refúgio 5, Torre High 3, Fort High 1, Misgab 1; 17

Significado: uma altura segura, fortaleza

Uso: fortaleza elevada (1), refúgio (1), fortaleza (14), inatacável (1).

Significado: 1) Para ser alto, ser inacessivelmente alto 

Presbiterianismo no Brasil... 163 anos

Presbiterianismo no Brasil... 163 anos


7. Primórdios do PRESBITERIANISMO no Brasil

·        Antes da chegada do pioneiro Rev. Ashbel Green Simonton, alguns grupos e indivíduos reformados estiveram no Brasil.


7.1 Os franceses na Guanabara (1555-1567)

No final de 1555, chegou à Baía da Guanabara uma expedição francesa comandada pelo vice-almirante Nicolas Durand de Villegaignon, para fundar a “França Antártica”. Esse empreendimento teve o apoio do almirante huguenote Gaspard de Coligny, que seria morto no massacre do dia de São Bartolomeu (24-08-1572).

·        Em resposta a uma carta de Villegaignon, Calvino e a igreja de Genebra enviaram um grupo de crentes reformados, sob a liderança dos pastores Pierre Richier e Guillaume Chartier (1557). Fazia parte do grupo o sapateiro Jean de Léry, que mais tarde estudou na Academia de Genebra e tornou-se pastor (†1611). Ele escreveria um relato da expedição, História de uma Viagem à Terra do Brasil, publicado em Paris em 1578.

·        Em 10 de março de 1557, esses reformados celebraram o primeiro culto evangélico do Brasil e talvez das Américas. Todavia, pouco tempo depois Villegaignon entrou em conflito com as calvinistas acerca dos sacramentos e os expulsou da pequena ilha em que se encontravam.

·        Alguns meses depois, os colonos reformados embarcaram para a França. Quando o navio ameaçou naufragar, cinco deles voltaram e foram presos: Jean du Bordel, Matthieu Verneuil, Pierre Bourdon, André Lafon e Jacques le Balleur. Pressionados por Villegaignon, escreveram uma bela declaração de suas convicções, a “Confissão de Fé da Guanabara” (1558). Em seguida, os três primeiros foram mortos e Lafon, o único alfaiate da colônia, teve a vida poupada. Balleur fugiu para São Vicente, foi preso e levado para Salvador (1559-67), sendo mais tarde enforcado no Rio de Janeiro, quando os últimos franceses foram expulsos.

·        A França Antártica é considerada como a primeira tentativa de estabelecer tanto uma igreja quanto um trabalho missionário protestante na América Latina.


7.2 Os holandeses no Nordeste (1630-1654)

Depois de uma árdua guerra contra a Espanha, a Holanda calvinista conquistou a sua independência em 1568 e começou a tornar-se uma das nações mais prósperas da Europa. Pouco tempo depois, Portugal caiu sob o controle da Espanha por sessenta anos – a chamada “União Ibérica” (1580-1640).

·        Em 1621, os holandeses criaram a Companhia das Índias Ocidentais com o objetivo de conquistar e colonizar territórios da Espanha nas Américas, especialmente uma rica região açucareira: o nordeste do Brasil. Em 1624, os holandeses tomaram Salvador, a capital do Brasil, mas foram expulsos no ano seguinte. Finalmente, em 1630 eles tomaram Recife e Olinda e depois boa parte do Nordeste.

·        O maior líder do Brasil holandês foi o príncipe João Maurício de Nassau-Siegen, que governou o nordeste de 1637 a 1644. Nassau foi um notável administrador, promoveu a cultura, as artes e as ciências, e concedeu uma boa medida de liberdade religiosa aos residentes católicos e judeus.

·        Sob os holandeses, a Igreja Reformada era oficial. Foram criadas vinte e duas igrejas locais e congregações, dois presbitérios (Pernambuco e Paraíba) e até mesmo um sínodo, o Sínodo do Brasil (1642-1646). Mais de cinqüenta pastores ou “predicantes” serviram essas comunidades.

·        A Igreja Reformada realizou uma admirável obra missionária junto aos indígenas. Além de pregação, ensino e beneficência, foi preparado um catecismo na língua nativa. Outros projetos incluíam a tradução da Bíblia e a futura ordenação de pastores indígenas.

·        Em 1654, após quase dez anos de luta, os holandeses foram expulsos, transferindo-se para o Caribe. Os judeus que os acompanhavam foram para Nova Amsterdã, a futura Nova York.


7.3 Eventos posteriores

Após a expulsão dos holandeses, o Brasil fechou as portas aos protestantes por mais de 150 anos. Foi só no início do século XIX, com a vinda da família real portuguesa, que essa situação começou a se alterar. Em 1810, Portugal e Inglaterra firmaram um Tratado de Comércio e Navegação, cujo artigo XII concedeu tolerância religiosa aos imigrantes protestantes. Logo, muitos começaram a chegar, entre eles um bom número de reformados.

·        Após a independência, a Constituição Imperial (1824) reafirmou esses direitos, com algumas restrições. Em 1827 foi fundada no Rio de Janeiro a Comunidade Protestante Alemã-Francesa, que veio a congregar, ao lado de luteranos, reformados alemães, franceses e suíços.

·        Um dos primeiros pastores presbiterianos a visitar o Brasil foi o Rev. James Cooley Fletcher (1823-1901), que aqui chegou em 1851. Fletcher foi capelão dos marinheiros que aportavam no Rio de Janeiro e deu assistência religiosa a imigrantes europeus. Ele manteve contatos com D. Pedro II e outros membros destacados da sociedade; lutou em favor da liberdade religiosa, da emancipação dos escravos e da imigração protestante. Ele escreveu o livro O Brasil e os Brasileiros (1857), que foi muito apreciado nos Estados Unidos.

·        Fletcher não fez nenhum trabalho missionário junto aos brasileiros, mas contribuiu para que isso acontecesse. Foi ele quem influenciou o Rev. Robert Reid Kalley e sua esposa Sarah P. Kalley a virem para o Brasil, o que ocorreu em 1855. Kalley fundou a Igreja Evangélica Fluminense em 1858. No ano seguinte, chegou ao Rio de Janeiro o fundador da Igreja Presbiteriana do Brasil, o Rev. Ashbel G. Simonton.


8. História da Igreja Presbiteriana do Brasil

Atualmente, existem no Brasil várias denominações de origem reformada ou calvinista. Entre elas incluem-se a Igreja Presbiteriana Independente, a Igreja Presbiteriana Conservadora e algumas igrejas criadas por imigrantes vindos da Europa continental, como suíços, holandeses e húngaros. Todavia, a maior e mais antiga denominação reformada do país é a Igreja Presbiteriana do Brasil. Sua história divide-se em alguns períodos bem definidos:


8.1. Implantação (1859-1869)

O surgimento do presbiterianismo no Brasil resultou do pioneirismo e desprendimento do Rev. Ashbel Green Simonton (1833-1867). Nascido em West Hanover, na Pensilvânia, Simonton estudou no Colégio de Nova Jersey e inicialmente pensou em ser professor ou advogado. Alcançado por um reavivamento em 1855, fez sua profissão de fé e pouco depois ingressou no Seminário de Princeton. Um sermão pregado por seu professor, o famoso teólogo Charles Hodge, levou-o a considerar o trabalho missionário no estrangeiro. Três anos depois, candidatou-se perante a Junta de Missões da Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos, citando o Brasil como campo de sua preferência. Dois meses após a sua ordenação, embarcou para o Brasil, chegando ao Rio de Janeiro em 12 de agosto de 1859, aos 26 anos de idade.

Em abril de 1860, Simonton dirigiu o seu primeiro culto em português; em janeiro de 1862, recebeu os primeiros membros, sendo fundada a Igreja Presbiteriana do Rio de Janeiro. No breve período em que viveu no Brasil, Simonton, auxiliado por alguns colegas, fundou o primeiro jornal evangélico do país (Imprensa Evangélica, 1864), criou o primeiro presbitério (1865) e organizou um seminário (1867). O Rev. Simonton morreu vitimado pela febre amarela aos 34 anos, em 1867 (sua esposa, Helen Murdoch, havia falecido três anos antes).

Os principais colaboradores de Simonton nesse período foram: seu cunhado Alexander L. Blackford, que em 1865 organizou as igrejas de São Paulo e Brotas; Francis J. C. Schneider, que trabalhou entre os imigrantes alemães em Rio Claro, lecionou no seminário do Rio e foi missionário na Bahia; George W. Chamberlain, grande evangelista e operoso pastor da Igreja de São Paulo. Os quatro únicos estudantes do “seminário primitivo” foram também grandes obreiros: Antonio B. Trajano, Miguel G. Torres, Modesto P. B. Carvalhosa e Antonio Pedro de Cerqueira Leite.

Outras poucas igrejas organizadas no primeiro decênio foram as de Lorena, Borda da Mata (Pouso Alegre) e Sorocaba. O homem que mais contribuiu para a criação dessas e outras igrejas foi o notável Rev. José Manoel da Conceição (1822-1873), um ex-sacerdote que tornou-se o primeiro brasileiro a ser ordenado ministro do evangelho (1865). Visitou incansavelmente dezenas de vilas e cidades no interior de São Paulo, Vale do Paraíba e sul de Minas, pregando o evangelho da graça.


8.2. Consolidação (1869-1888)

Simonton e seus companheiros eram todos da igreja presbiteriana do norte dos Estados Unidos (PCUSA). Em 1869 chegaram os primeiros missionários da igreja do sul (PCUS): George N. Morton e Edward Lane. Eles fixaram-se em Campinas, região onde havia muitas famílias norte-americanas que vieram para o Brasil após a Guerra Civil no seu país (1861-65). Em 1870, Morton e Lane fundaram a igreja de Campinas e em 1873 o famoso, porém efêmero, Colégio Internacional. Os missionários da PCUS evangelizaram a região da Mogiana, o oeste de Minas, o Triângulo Mineiro e o sul de Goiás. O pioneiro em várias dessas regiões foi o incansável Rev. John Boyle.

Os obreiros da PCUS também foram os pioneiros presbiterianos no nordeste e norte do Brasil (de Alagoas até a Amazônia). Os principais foram John Rockwell Smith, fundador da igreja do Recife (1878); DeLacey Wardlaw, pioneiro em Fortaleza; e o Dr. George W. Butler, o “médico amado” de Pernambuco. O mais conhecido dentre os primeiros pastores brasileiros do nordeste foi o Rev. Belmiro de Araújo César, patriarca de uma grande família presbiteriana.

Enquanto isso, os missionários da igreja do norte dos Estados Unidos também continuavam o seu trabalho, auxiliados por novos colegas. Seus principais campos eram Bahia e Sergipe, onde atuou, além de Schneider e Blackford, o Rev. John Benjamin Kolb; Rio de Janeiro, que inaugurou seu templo em 1874, e Nova Friburgo, onde trabalhou o Rev. John M. Kyle; Paraná, cujos pioneiros foram Robert Lenington e George A. Landes; e especialmente São Paulo. Na capital paulista, o casal Chamberlain fundou em 1870 a Escola Americana, que mais tarde veio a ser o Mackenzie College, dirigido pelo educador Horace Manley Lane. No interior da província destacou-se o Rev. João Fernandes Dagama, português da Ilha da Madeira. No Rio Grande do Sul, trabalhou por algum tempo o Rev. Emanuel Vanorden, um judeu holandês.

Entre os novos pastores “nacionais” desse período estavam Eduardo Carlos Pereira, José Zacarias de Miranda, Manuel Antônio de Menezes, Delfino dos Anjos Teixeira, João Ribeiro de Carvalho Braga e Caetano Nogueira Júnior. As duas igrejas norte-americanas também enviaram notáveis missionárias educadoras: Mary P. Dascomb, Elmira Kuhl, Nannie Henderson e Charlotte Kemper.


9. Identidade

A fé reformada tem uma série de características e ênfases que conferem aos presbiterianos uma identidade bem definida. Cinco áreas são especialmente importantes:


9.1. Doutrina

Os presbiterianos creem que uma teologia correta, equilibrada e bíblica é essencial para a vida do cristão. Todo crente, mesmo sem o saber, tem concepções teológicas e essas concepções irão influenciar todos os aspectos da sua vida cristã. Os reformados não valorizam a teologia pela teologia, mas como um instrumento para nos proporcionar um melhor conhecimento de Deus e do nosso relacionamento com ele.

·        O fundamento maior da fé reformada são as Escrituras do Antigo e do Novo Testamento, nossa única regra de fé e prática. Os documentos de Westminster (Confissão de Fé e Catecismos) não tem a mesma autoridade que a Bíblia. Eles são aceitos pelos presbiterianos como expressão histórica do seu entendimento da fé cristã e como um roteiro ou auxílio para o estudo das Escrituras.

·        A fé reformada abraça três categorias de doutrinas: (a) algumas delas são aceitas por todos os cristãos, como a trindade, o caráter divino-humano de Jesus Cristo, a sua ressurreição, sua morte expiatória, a segunda vinda, etc. – essencialmente, as verdades afirmadas pelos grandes concílios da igreja antiga, nos séculos IV e V; (b) outras doutrinas são as que temos em comum com as demais igrejas protestantes ou evangélicas: as Escrituras como única regra de fé e prática, a suficiência da obra redentora de Cristo, a salvação exclusivamente pela graça mediante a fé, o sacerdócio universal dos crentes, os sacramentos do batismo e da santa ceia, etc.; (c) finalmente, existem aquelas doutrinas e práticas mais específicas dos presbiterianos, como a ênfase na absoluta soberania de Deus, a consequente crença na eleição ou predestinação, o batismo por “aspersão” e o batismo infantil, e a forma de governo presbiterial.

·        Por causa da sua ênfase nas Escrituras e na boa teologia, os reformados têm dado grande valor à educação, tanto para as pessoas em geral, quanto para os seus pastores – os ministros da Palavra. Essa preocupação intelectual nunca deve ocorrer às expensas da vida espiritual (estudo + devoção).


9.2. Culto

O reconhecimento da soberania do Senhor e a preocupação com a sua glória devem ter reflexos sobre o culto, a expressão mais visível e central da vida coletiva da igreja. Calvino acentuou os seguintes princípios para o culto: integridade bíblica e teológica (lex orandi, lex credendi), equilíbrio entre estrutura/forma e essência, inteligibilidade, edificação, simplicidade (sem pompa, teatralismo), flexibilidade (por ex., frequência da Ceia do Senhor), participação congregacional (cânticos, salmos metrificados).

·        O objetivo principal do culto é exaltar e glorificar a Deus, e não agradar os participantes. Daí a necessidade de reverência. O culto também visa suprir necessidades legítimas da congregação. Disso decorre a importância da pregação no culto reformado. A pregação autêntica deve ser bíblica, doutrinária e prática, isto é, relacionada com a vida. O culto deve refletir um saudável equilíbrio entre intelecto e sentimento, mente e coração. Um belo exemplo desse equilíbrio foi a vida do pastor e teólogo reformado Jonathan Edwards (1703-1758).


9.3. Vida Comunitária

A identidade presbiteriana também deve manifestar-se na maneira como os irmãos vivem e se relacionam na comunidade da fé. Os reformados creem firmemente no sacerdócio de todos os fiéis, ou seja, todos os crentes são iguais em sua dignidade e direitos. Não existe distinção entre clero e leigos: todo crente é um ministro de Deus. Os ofícios instituídos na igreja (pastor, presbítero, diácono) visam apenas dar maior ordem e estabilidade ao trabalho e suprir necessidades nas áreas de liderança, assistência espiritual e beneficência.

·        O sistema presbiteriano é democrático e representativo. Todos os membros comungantes da igreja têm o direito e o dever de envolver-se nas atividades e decisões da comunidade, participando das assembleias, elegendo oficiais, contribuindo para o sustento da igreja e seus programas, servindo em diferentes áreas conforme os dons e capacidades de cada um. O conceito do pacto tem muitas implicações para a vida familiar e eclesial.

·        A tradição reformada também dá grande valor à participação do crente na comunidade mais ampla, a sociedade. Calvino, a partir das suas convicções teológicas e da sua experiência em Genebra, insistiu que o cristão deve viver responsavelmente no mundo, como cidadão, como profissional e em outras capacidades. Deus é o senhor de todas as coisas; portanto, todas as esferas da vida devem refletir os valores do seu reino.


9.4. Missão

Os presbiterianos reconhecem que Deus chama os seus filhos e filhas para uma missão junto à sociedade e ao mundo. Essa missão tem duas dimensões primordiais:

·        Evangelização: desde o princípio, os calvinistas tiveram uma forte preocupação missionária, primeiramente na Europa e mais tarde em outras partes do mundo. Foi graças a essa preocupação que nasceu a Igreja Presbiteriana do Brasil. No que diz respeito ao mundo, a missão maior da igreja é compartilhar o evangelho da graça e da glória de Deus com aqueles carentes de reconciliação, perdão e vida eterna. A crença na eleição não é um empecilho, mas um incentivo para a evangelização. Alguns dos maiores evangelistas e missionários do mundo foram calvinistas, como os pregadores ingleses George Whitefield (1714-1770) e Charles H. Spurgeon (1834-1892), o pioneiro das Novas Hébridas John Paton (1824-1907), a missionária em Calabar, África Ocidental, Mary Slessor (1848-1915) e o missionário aos muçulmanos Samuel M. Zwemer (1867-1952).

·        Serviço: Calvino e seus herdeiros sempre deram muita importância ao serviço cristão ou diaconia. Seguindo o exemplo de Cristo, o crente deve ser instrumento de Deus para ministrar a todos os tipos de necessidades humanas, ao ser humano integral: corpo, mente e espírito. Isso é tão importante que as igrejas reformadas têm uma classe de oficiais dedicados especificamente às atividades beneficentes: os diáconos. Todavia, o serviço cristão é dever de todo crente. Historicamente, os reformados têm se envolvido em muitas iniciativas de socorro aos sofredores e carentes, e têm se mobilizado para transformar situações de injustiça e opressão.


9.5. Ética

Uma outra área importante para a vida reformada diz respeito aos valores. O cristão é chamado para uma vida de santidade e integridade na sua relação com Deus, com a igreja e com a sociedade, naquilo que ele é e faz. Não se pode dissociar a ética pessoal da ética social. Se um crente não é íntegro individualmente, dificilmente poderá lutar pela justiça, honestidade e transparência na vida política, econômica e social do país. Esse é outro elemento importante para a identidade presbiteriana, em um mundo cada vez mais carente de padrões firmes e seguros. Mais uma vez, o fundamento de tudo está na soberania e na graça de Deus.


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Relações vedadas

A IPB não adere ao Ecumenismo e é contra qualquer contato ecumênico com religiões não cristãs, bem como com a Igreja Católica Apostólica Romana, e ramos cristãos fora do Protestantismo. A IPB apenas possui contatos ecumênicos com outras denominações reformadas, mas reconhece como irmãs a maioria das denominações evangélicas. Do mesmo modo não aceita relações intereclesiásticas com igrejas e organizações que defendam o Liberalismo Teológico ou casamento entre pessoas do mesmo sexo.[23]

Em 2010, a Igreja Presbiteriana do Brasil declarou que não reconhece como igrejas genuinamente evangélicas a Igreja Universal do Reino de Deus e a Igreja Mundial do Poder de Deus. Em 2014 o mesmo foi declarado sobre a Igreja Verbo da Vida. No Supremo Concílio de 2022, a denominação também declarou não reconhecer como genuinamente evangélicas a Congregação Cristã no Brasil e Igreja Presbiteriana Unida do Brasil. Desde então membros vindas de tais denominações devem ser recebidas na IPB por batismo e profissão de fé, tal como ocorre na conversão de não-evangélicos.[60][61][62]

Em 2018 o Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana do Brasil declarou que a Igreja Puritana Reformada no Brasil é uma denominação reformada, mas sectarista e divisionista, recomendando a todos os pastores e concílios que não estabelecessem nenhuma relação eclesiástica com esta denominação.[63]


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Missões

A Igreja Presbiteriana do Brasil possui diversas autarquias missionárias, destacam-se a Agência Presbiteriana de Missões Transculturais e Junta de Missões Nacionais. A Missão Evangélica Caiuá que trabalha entre indígenas também é um trabalho da IPB.


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Orientação Catedral Presbiteriana do Rio de Janeiro

Fundador Rev. Ashbel Green Simonton

Origem 12 de janeiro de 1862 (160 anos)

Localização Rio de Janeiro, RJ,  Brasil


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Por Alderi Souza de Matos

Fonte: www.mackenzie.br


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