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sábado, 5 de agosto de 2023

Em que espelho ficou perdida a minha face - Por Cecília Meireles

 "...Em que espelho ficou perdida a minha face"...    

(Cecília Meireles )


Às vezes acordo triste e nem sei o porquê dessa tristeza.

Uma angústia,  um descontentamento,  uma solidão interior...

Muitas vezes vem uma vontade de chorar, uma fragilidade que nada parece estar bom...

Nós ,que já passamos dos 50, muitas vezes nos encontramos assim. 

O mundo inteiro caminha normalmente, tudo está bem e vem essa tristeza.

Quantas vezes eu me olhei no espelho e me curti, me achei linda e sai dona do mundo esbanjando mocidade e vendendo alegria?

Quantas vezes fui elogiada, fotografada por olhares cheios de admiração? 

E no espelho desfilei caras e bocas...

Com a beleza que aos poucos foi se modificando, foi mudando de fases, foi se perdendo e dando lugar a  um outro tipo de mulher: a mulher madura, aquela que muitas vezes ouve como elogio: você está conservada. 

Que triste elogio! 

Diga como vc está bonita, que linda vc  está. ..soa melhor, engrandece a alma, que hoje já tem tantas cicatrizes. 

Beleza está em todas as idades, conversem com seu espelho e descubra o seu ponto forte, ele pode estar no seu interior. 

Onde ficou perdida minha face?

Não sei, só sei que vou passar o meu batom vermelho, rimel e lápis nos olhos,

deixar meus cabelos ao vento, vestir meu vestido de festa e subir no salto, como sempre fiz e sair linda e maravilhosa curtindo os meus 49 anos. 

Faça o mesmo vc de 50, 60, 70, 80, 90...

E não se entristeça vivendo do passado e tendo medo de aproveitar a vida.

Se não usar mais salto, coloque uma rasteirinha ou se preferir fique descalça na areia da praia. 

Você é linda em qualquer idade.


*Para todas as mulheres que se amam e que amam a vida*.

Provérbios 11:7

Provérbios 11:7 "Morrendo o homem perverso, morre a sua esperança, e a expectação da iniquidade se desvanece"

Tal o fim de um homem cujo coração não está com DEUS.

Sabemos pelo Salmo 1 o destino dos ímpios, mas mesmo sabendo e quem sabe merecendo, como é triste o fim de almas que não se ajustam em vida com o SENHOR.

Somos chamados e temos tempo para alçar voos na direção do REINO, e assim, pela infinita SALVAÇÃO do SENHOR, obtermos a GRAÇA que nos transporta para o REINO de sua MARAVILHOSA LUZ.

Esta é a razão pela qual se crê e se recebe a mensagem de JESUS.

Podemos tomar posse já de ALGO que nos remete à VIDA ETERNA.

Por isso leio este verso com temor e tremor, olhando para tantos que poderiam já estar salvos, mas insistem em rejeitar a VOZ DA SALVAÇÃO pelo EVANGELHO.

A morte sempre vem e todos sabemos.

Mas a esperança sempre morre com ela, pois esperança é sintomas dos vivos.

Viva para DEUS, e busque a CRISTO, pois somente assim, mesmo que outros não aceitem, será enviado ao REINO DE DEUS.

Atos 28:8

Atos 28:8 "Aconteceu achar-se enfermo de disenteria, ardendo em febre, o pai de Públio. Paulo foi visitá-lo, e, orando, impôs-lhe as mãos, e o curou"

Paulo, um homem que não media esforços para auxiliar.

Eis um adoecido, que poderia apenas receber uma medicação e assim ser curado, sendo Públio o principal da Ilha de Malta.

Mas aprouve a DEUS solucionar o caso com PODER, que somente DEUS tem e deste ato, muitos outros vieram ter com ele a fim de obter a cura e assim foi.

E desta bênção à comunidade maltesa, estava ali vindo os benefícios para a navegação até o destino final.

Sempre saberemos que as boas ações terão reflexos positivos.

Devemos, assim, praticá-las, fazendo o bem, quando em nossas mãos está em condições de fazê-lo.

Ânimo também surgiu do encontro com irmãos, após sua chegada ao continente, donde seguiu para Roma, e assim obteve graça para com eles estar por sete dias.

Que viagem demorada!

Mas assim deveria ser, e agora morando sozinho e por conta, sempre vigiado por um soldado, e conversando com os judeus, vem com uma palavra branda sobre sua nação, dando a eles o entendimento de que apesar da rudeza com que fora tratado e quase indo à morte, nada tinha contra o seu povo.

A ESPERANÇA DE ISRAEL, chama-se JESUS CRISTO.

Ninguém mais poderá salvar Israel de seu destino senão o MESSIAS que tanto esperam e a QUEM devem se entregar e converter.

A seita que era contestada em todo lugar pelos judeus já era conhecida, mas os judeus em Roma queriam ouvir Paulo, posto que nada tinham contra ele.

"Então, desde a manhã até à tarde, lhes fez uma exposição em testemunho do reino de Deus, procurando persuadi-los a respeito de Jesus, tanto pela lei de Moisés como pelos profetas" (28:23) – é interessante percebermos que Paulo não falava de JESUS sem pô-lo no contexto das profecias e da LEI, pois somente assim teria êxito na pregação.

Hoje, dentro de nossas igrejas, ou locais públicos, precisamos expor desta mesma maneira, conectando fatos e palavras, a fim de podermos adentrar ao coração dos ouvintes e cativá-los pela VERDADE – e pensemos: “persuasão houve, porém ainda permaneceram incrédulos” (28:24).

Vejamos que interessante Paulo falando aos seus ouvintes: E, havendo discordância entre eles, despediram-se, dizendo Paulo estas palavras: Bem falou o Espírito Santo a vossos pais, por intermédio do profeta Isaías, quando disse: Vai a este povo e dize-lhe: De ouvido, ouvireis e não entendereis; vendo, vereis e não percebereis. Porquanto o coração deste povo se tornou endurecido; com os ouvidos ouviram tardiamente e fecharam os olhos, para que jamais vejam com os olhos, nem ouçam com os ouvidos, para que não entendam com o coração, e se convertam, e por mim sejam curados. Tomai, pois, conhecimento de que esta salvação de Deus foi enviada aos gentios. E eles a ouvirão. (28:25-29).

Pois é, se não havia nada a falar de Paulo, agora Paulo mesmo havia dado motivo: “ditas estas palavras, partiram os judeus, tendo entre si grande contenda (28:29).

Encerro minhas leituras em Atos, e com a alegria de mais uma conclusão de textos que DEUS me alegrou em poder escrever.

Por dois anos, permaneceu Paulo na sua própria casa, que alugara, onde recebia todos que o procuravam, pregando o reino de Deus, e, com toda a intrepidez, sem impedimento algum, ensinava as coisas referentes ao Senhor Jesus Cristo” (28:30-31):

(a) tempo gasto em missão e perseverança, usando meios e locais, atingindo o público que necessitava; 

(b) pregava o REINO DE DEUS, independentemente de qualquer coisa, e insistentemente, como alguém que sabia que seus dias eram todos contados e que precisava cumprir sua carreira; 

(c) intrepidez mostra que, mesmo debaixo de prisão domiciliar, Paulo empregava esforços para fazer conhecido QUEM o salvou; 

(d) coragem é o sobrenome de Paulo, pois de perseguidor a perseguido, ambos os papéis requeriam coragem – fosse no lado da LUZ ou fosse em meio às trevas; 

(e) nada impedia o apóstolo que sofreu de tudo para chegar ao seu objetivo final, muito menos de testemunhar de JESUS CRISTO, nosso SENHOR; 

(f) sua meta sempre foi apresentar o SALVADOR, e sua obra, e deixará um legado doutrinário sobre CRISTO como nenhum outro.

Ler Atos dos Apóstolos é o mesmo que trafegar aos pés de Lucas, como que ouvindo sua narrativa histórica, e o legado emocionante dos primeiros tempos da igreja.

Mais que isto: é trafegar pelas vias da VERDADE, pelos ATOS DO ESPÍRITO SANTO, que impelia a todos os crentes a corajosamente falar da sua fé, ensinando-nos que também não podemos nos calar.

Que DEUS nos ajude e nos abençoe da PROCLAMAÇÃO DO EVANGELHO DE JESUS CRISTO.

Atos 28:2

Atos 28:2 "Os bárbaros trataram-nos com singular humanidade..."

Os náufragos chegam a Malta, onde são recebidos por bárbaros, pessoas não dadas às línguas faladas pelos navegantes, e rudes em sua forma de ser, porém dando boa assistência aqueles que estavam ali, com frio e fome, em torno de uma fogueira.

Φιλανθρωπία  (philanthrōpía) é a palavra grega usada para hospitalidade, cuidado humano, generosidade.

Desconhecidos sofrendo o naufrágio, 276 pessoas ao total, agora socorridas, como em textos anteriores, quando Paulo foi acolhido com cuidados especiais.

Mas vamos falar – oh homem para ser provado este Paulo – agora, não bastasse o frio, a fome, ainda ter que seguir a César, uma víbora ataca e faz dele alvo de críticas, pois afinal, o homem saiu do mar vivo, e agora morre picado por cobra? (v.3)

E agora?

Claro, a primeira coisa que se pensa é o lado ruim de tudo, coisa comum até hoje (v.4).

Mas não era qualquer pessoa – era Paulo, o apóstolo que deveria chegar a César e que por voz de Anjo, sabia que lá chegaria.

O verso 5 mostrará os cuidados de DEUS numa confirmação do Salmo 91:13-15 e da VOZ de CRISTO (Lucas 10:19-21): "ele, sacudindo o réptil no fogo, não sofreu mal nenhum; mas eles esperavam que ele viesse a inchar ou a cair morto de repente. Mas, depois de muito esperar, vendo que nenhum mal lhe sucedia, mudando de parecer, diziam ser ele um deus" (28:5-6) – esta é a miséria da língua humana, precipitando falas malignas e sem nexo, ainda que lógicas, mas desconfiando do que DEUS pode fazer.

Veneno mata!

DEUS impede!

Não adianta tentar contra a vida de quem DEUS ainda quer usar.

A mente humana é assim: viram a cobra – chamaram de assassino; não viram morrer, chamaram de deus.

Quem consegue viver com esta instabilidade mental?

Por isso a ansiedade emerge nestas mentes que não confiam em DEUS.

O verso sobre ansiedade, que maior ganha poder é “lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós” – desconfiar é não crer e não crer é andar sem DEUS (1 Pedro 5:6-10), e sem DEUS neste mundo, estamos vazios e no caos.

Se até os bárbaros DEUS move para serem amáveis, por qual motivo o SENHOR abandonaria suas PROMESSAS, sua VONTADE – os bárbaros eram como qualquer povo que, agindo o SENHOR, os corações poderiam ser amolecidos ou endurecidos – e logo aparece mais um gesto e mais um personagem: “perto daquele lugar, havia um sítio pertencente ao homem principal da ilha, chamado Públio, o qual nos recebeu e hospedou benignamente por três dias” (28:7) – outra vez e sempre a cordialidade para os estrangeiros.

Φιλοφρόνως – philophrónōs a palavra grega para gentileza e amabilidade.

 

Assim penso eu, por que se preocupar, posto que o SENHOR é quem providencia tudo aos seus?

Quantas vezes tentamos racionalizar nas situações, mas de repente o sobrenatural vem e toma conta de cada mente, a fim de provar que é DEUS o SENHOR de tudo e de todos, e que assim como ELE pode prover através destes estrangeiros, poderia também acalmar a tempestade, ou quem sabe libertar Paulo deste jugo.

O que importa mesmo é saber que “nenhum dos planos de DEUS pode ser frustrado”, como dizia Jó, debaixo de toda a opressão vivida, e ainda alimentando a realidade de que “é DEUS quem sabe o que pensa de nós, posto que seus pensamentos são muito mais altos que os nossos”.

DESCANSE EM DEUS!

Atos 27:27

Atos 27:27 "Quando chegou a décima quarta noite..."

Quatorze dias sob a tensão de ventos e tempestades, já cansados e famintos, arremetidos de um lado para o outros, em mares que poderiam trazer a morte em suas ondas, o barco se despedaça, por vota da meia noite.

Que pesadelo girava em torno das mentes dos homens.

Imagino-me na pele de Paulo e quem sabe daqueles navegantes -  que medo eu teria!

Eles "... oravam para que rompesse o dia ..." (27:29).

Alguns queriam pular no mar e certamente morreriam, então Paulo diz ao comandante que as águas não seriam o lugar de segurança, mas o barco, ainda que a pique.

E ao amanhecer, exortava Paulo, em sua calma, que todos comessem algo, pois certamente precisariam de energias para suportar o naufrágio – ali estava um homem de DEUS, que assim como JESUS, multiplicava o peixe e o pão, saciando a fome para as próximas etapas – e afirma no verso 34 “que nenhum deles se perderia”.

Com a energia refeita, devidamente alimentados, eis que agora lançam o resto do trigo ao mar, agora a proa se parte, pela violência das ondas, e tentam matar os prisioneiros para salvarem suas vidas, desobedecendo as ordens de Paulo – eis a reação de Centurião – nos versos 43 e 44: “salve-se quem puder” e a PALAVRA diz que nenhum se perdeu e em terra se acharam.

Quatorze dias, muitas noites sem dormir, e a agitação posta em corações humanos, a fim de mostrar que depender de DEUS é o ideal e que em DEUS podemos confiar.

Quando DEUS determina a SALVAÇÃO, nada impede.

Quando DEUS salva, aprendemos que nenhum se perde dos que são seus.

Focamos em DEUS e sua providência e assim, como Paulo, prosseguimos para o ALVO.

 

 


Atos 27:10

Atos 27:10 "Senhores, vejo que a viagem vai ser trabalhosa, com dano e muito prejuízo, não só da carga e do navio, mas também da nossa vida"

Em Paulo, vemos um homem guiado por DEUS.

E neste servo, podemos acreditar que sempre falava da parte de DEUS, e dando conselho aos navegantes alertava dos perigos daquela navegação.

Mas não quiseram ouvir: "mas o centurião dava mais crédito ao piloto e ao mestre do navio do que ao que Paulo dizia" (27:11).

Como sempre dizemos, “se conselho fosse bom não era dado, mas vendido”, ali estava um insensato a percorrer os mares sem atinar aos perigos.

Como nos enganamos com os tempos e as eras: “soprando brandamente o vento sul, e pensando eles ter alcançado o que desejavam, levantaram âncora e foram costeando mais de perto a ilha de Creta" (27:13) – aquela brisa escondia um desígnio curioso e DEUS haveria de usar Paulo para mais um sinal extraordinário da parte DELE e no verso 14 surge um “tufão de vento”, que arremeterá o navio e causará danos a ponto de naufragarem.

OBEDECER é bem mais justo!

Mas obedecer a um prisioneiro?

Açoites, vendaval, perda de carga, fome – imagino a cabeça do comandante.

Três dias à deriva, e já castigados pelo medo e cansaço, sob forte tempestade, a “esperança se vai” (v. 20).

Pergunto de que forma alimentamos nossas esperanças?

Esperamos as tempestades ou nos organizamos para ouvir o CONSELHO DE DEUS?

E em meio a tempestade Paulo levanta sua voz e trata com o emocional dos navegantes:

“Senhores, na verdade, era preciso terem-me atendido e não partir de Creta, para evitar este dano e perda. Mas, já agora, vos aconselho bom ânimo, porque nenhuma vida se perderá de entre vós, mas somente o navio. Porque, esta mesma noite, um anjo de Deus, de quem eu sou e a quem sirvo, esteve comigo, dizendo: Paulo, não temas! É preciso que compareças perante César, e eis que Deus, por sua graça, te deu todos quantos navegam contigo. ”

Atos 27:21-24

 

É intrigante, que em meio a tanta convulsão, um homem tenha fé e certeza de que tudo concorrerá para o BEM DETERMINADO POR DEUS, e para isto, além de disposição, a coragem.

O texto me remete a Josué e sua fé e as certezas de DEUS com ele, independente de circunstâncias e pessoas.

Muitas vezes as pessoas são teimosas e somos nós quem devemos impor o que DEUS diz, a fim não somente de aclamar as pessoas, mas mostrar que DEUS é conosco sempre.

Gosto da afirmação paulina: “é preciso que compareças perante César”.

Aqui entendemos que não era obstinação de Paulo chegar a César, mas um propósito de DEUS e por isso DEUS o preservou intacto diante de todos aqueles que tentavam contra ele.

Quantas vezes nosso SENHOR nos estimula a continuar na fé, tratando de sua voz em nosso coração dizendo “ Fulano, não temas! ”?

Eis que certo está, e ensinado pelos apóstolos: "AQUELE que começou a boa obra, vai completar" (Filipenses 1:6).

Problema é que não confiamos e tentamos resolver com nossos próprios esforços, o que normalmente não dá certo, pois “a Palavra Final vem do SENHOR” (Provérbios 16:1).

Veja o que é confiança em DEUS: "portanto, senhores, tende bom ânimo! Pois eu confio em Deus que sucederá do modo por que me foi dito, porém é necessário que vamos dar a uma ilha" (Atos 27:25-26).

E teimamos em nossos temores e preocupações, gerando a tão maligna ansiedade.

CONFIE!

Isto basta: ânimo e confiança.

Seus desertos e lutas, com este espírito, certamente serão reais, mas o estado de espírito será outro.

Pense nisso!

Atos 27:3

Atos 27:3 "No dia seguinte, chegamos a Sidom, e Júlio, tratando Paulo com humanidade, permitiu-lhe ir ver os amigos e obter assistência"

Em um determinado momento, Paulo começa a experimentar o aconchego de amigos e conhecidos, em navegação para a Itália, onde passaria por sua última audiência.

A ideia que compõe este verso é, além do cuidado com um cidadão romano, o não se ter achado culpa em Paulo, como afirmam seus ouvintes, Festo e Agripa: “então, Agripa se dirigiu a Festo e disse: este homem bem podia ser solto, se não tivesse apelado para César” (Atos 26:32).

Quando tratado com cordialidade, a vida se torna mais leve, e o apóstolo pode cumprir seu papel de escritor e pregador – os apóstolos exerciam bem o papel de misericórdia e acredito que misericórdia atrai misericórdia.

Embora toda esta forma de tratamento e cuidado estivessem ocorrendo, vamos perceber, ao final do curso da vida de Paulo, que homens como Nero, perseguidor ferrenho de cristãos e covarde líder romano, não aliviou para nenhum dos seguidores de CRISTO.

Então, por volta de 67 d.C., o apóstolo Paulo novamente foi preso. Foi durante essa última prisão que Paulo escreveu sua última carta a Timóteo. Dessa vez, no entanto, Paulo estava convicto de que não escaparia com vida. Ele tinha certeza de que havia combatido o bom combate, terminado a carreira e guardado a fé (2 Timóteo 4:6-8).

 

Assim, a tradição cristã afirma que Paulo foi sentenciado por Nero à pena de morte por decapitação junto à estrada de Roma. Essa forma de execução obviamente estava relacionada ao fato de que ele era também um cidadão romano. Caso contrário, provavelmente Paulo teria recebido uma execução mais cruel e humilhante. Por exemplo: diz a mesma tradição que o apóstolo Pedro, preso na mesma época de Paulo, foi crucificado de cabeça para baixo no Circo de Nero.

 

Neste retorno a Roma, acompanhado por Lucas, reconstitui a Comunidade dos Cristãos, dizimada pelas perseguições de Nero. Paulo passa a viver na margem esquerda do Rio Tibre, perto da ilha Tiberina. Foi preso e acusado de chefiar a seita cristã. Neste segundo cativeiro, sua situação ficou complicada pelo fato de pesar sobre os cristãos a acusação de terem incendiado Roma e Paulo era tratado “como malfeitor”. (2 Tim 2,9).

Aprendo com Paulo sobre a doçura de ser pregador, mesmo com mensagens duras e que levaram o mesmo à cadeias e açoites.

O maior exemplo de AMOR foi nosso SENHOR JESUS, que sendo assim, não levaram em conta o auxílio e assistência, pregando-o na cruz, após duras cadeias e surras.

Imitar a CRISTO na dor seria algo que suportaríamos?

Imitar a CRISTO como Paulo ensina, seria algo simples?

Imitar a CRISTO a ponto de ser chamado de louco, e ainda assumir o preço a ser pago por pregar a VERDADE seria algo que suportaríamos?

Bem, fico a pensar em como eu reagiria diante de tantas questões de testemunho, e como poderia ser um cristão não nominal.

A religiosidade atual e cercada de tradições mortas, tais como eram nos dias dos apóstolos.

Porém está em nós não nos acomodarmos quanto ao fato de termos tradições e rompermos com elas a fim de adorarmos ao SENHOR como ELE requer.

Convidando à fé cristã alguns da tradição, escutei frases que me deixavam triste, como “meus pais pensariam o que se eu trocasse de lei” ou “fui criado nesta tradição e não abro mão dela, mesmo sabendo que tem algumas coisas que DEUS reprova”.

E o fim disso tudo é o mesmo que escreve Paulo aos Romanos (capítulo 1), quando diz que “DEUS os entregou a uma disposição mental”, atestando o JUÍZO sobre ações de pessoas que sabem a VERDADE, mas a negam como princípio de vida.

Precisamos reagir!

E mesmo que custe ofensas.

Siga o exemplo paulino, que diante de tantas oposições, conseguiu cuidados especiais para seguir sua provável última viagem.

Atos 26:27

Atos 26:27 "Acreditas, ó rei Agripa, nos profetas? Bem sei que acreditas"

Paulo, neste momento, e após um a boa exposição de sua defesa e dos fatos que cercavam o assédio dos judeus quanto à doutrina, tendo apelado às autoridades e sendo oferecido a uma possível liberdade, agora segue ao Imperador, considerando querer testemunhar de sua fé.

Interessante, que após conversar com Agripa, no conselho dos chefes de estado, Paulo é quem faz uma pergunta desconcertante: “acredita nos profetas?
E não espera a resposta, e afirma: “bem sei que acreditas!”.

Estava armada a defesa e ao mesmo tempo o selo de que sabendo das profecias sobre o Messias, suas mãos estavam livres do sangue de tais ouvintes.

Para afirmar tais coisas, ajudou bastante ter a cidadania romana.

Senão certamente teria sido entregue ao tribunal judeu, que de misericórdia nada tinha e de mentiras se acercava.

Acredito já ter mencionado tal versículo em comentários anteriores, mas extraio desta vez (1) que Paulo, sábio e não louco, não ficava restrito ao medo e às acusações, nem de todas as agitações populares; (2) Paulo, estando certo de sua mensagem e disso fazendo sua missão, avançava cada vez mais do seu objetivo final, mesmo sendo alvo de xingamentos, surras ou cadeias, e ainda se utilizando de tudo que DEUS lhe deu como ferramenta, a fim de cumprir sua carreira; (3) é fato que ao tratar com Agripa sobre conhecer os profetas, este deveria ter conhecimento de tudo que lhe passava na mente, posto que se indagado de todas as coisas, teria que ter a resposta segundo o costume judaico, e isto só possível conhecendo bem as ESCRITURAS; (4) Paulo não se punha em serviço pelo seu currículo, sua história, nem tampouco suas qualificações judaico-romanas, mas sempre considerando tudo como “valor menor que a GRAÇA”.

Hoje, frente aos tribunais, precisamos nos certificar de todo nosso conhecimento bíblico, a fim de não expormos nosso SENHOR à vergonha, e tampouco pagarmos o preço da ignorância.

Desconhecer a DEUS é desconhecer a QUEM nos chamou das trevas para a LUZ, a fim de desenvolvermos nossa SALVAÇÃO, vivermos em SANTIDADE e estarmos cheios do ESPÍRITO SANTO, pois somente assim viveremos a plenitude da GRAÇA e mais, a EXCELÊNCIA do nosso CHAMADO para a VIDA.

Se vivermos de forma digna do EVANGELHO, saberemos por ELE quais as respostas a dar.

Perigo que corremos é nos perguntarem o que Paulo perguntou a Agripa: "Acreditas, ó rei Agripa, nos profetas?

Qual seria nossa resposta?


Atos 26:24

Atos 26:24 “Estás louco, Paulo! As muitas letras te fazem delirar!”

Estamos chegando nos limites em que Paulo se encontrava.

As pessoas chamando os cristãos verdadeiros de loucos, pegando-os nas praças e prendendo-os, levando juízo sobre a pregação, doutrinando para o mal as mentes humanas, e para isto, usando os sistemas políticos e sociais regentes, impregnados de inferno.

Mas vai passar!

E como passará!

Não importa sermos chamados de loucos, pois, enquanto Festo dizia isto, Agripa dizia-se por pouco ser persuadido pelas palavras de Paulo.

Poucas ou muitas palavras não importava para Paulo, pois como ele disse; “quisera DEUS todos os ouvintes fossem convencidos do que falo” (26:29).

Assim sempre será, diante de um EVANGELHO que de fato aponta o pecado e a exaltação do CORDEIRO, que desde suas figuras no Antigo Testamento, efetivavam a incredulidade dos povos.

Precisamos nos encorajar a pregar, seja onde e como for, e corrermos o risco de sermos chamados de “tagarelas”, “loucos” ou “da seita” – o que vale é sabermos se estamos sendo fieis à PALAVRA e ao SENHOR que a inspirou.

O resto vem com a FORÇA do SENHOR para nos remeter à VIDA ETERNA.

¹⁸ Porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus.

¹⁹ Porque está escrito: Destruirei a sabedoria dos sábios, E aniquilarei a inteligência dos inteligentes.

²⁰ Onde está o sábio? Onde está o escriba? Onde está o inquiridor deste século? Porventura não tornou Deus louca a sabedoria deste mundo?

1 Coríntios 1:18-20

 

²³ Mas nós pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus, e loucura para os gregos.

²⁴ Mas para os que são chamados, tanto judeus como gregos, lhes pregamos a Cristo, poder de Deus, e sabedoria de Deus.

1 Coríntios 1:23,24

Atos 24:2-3

 Atos 24:2-3 “Excelentíssimo Félix, tendo nós, por teu intermédio, gozado de paz perene, e, também por teu providente cuidado, se terem feito notáveis reformas em benefício deste povo, sempre e por toda parte, isto reconhecemos com toda a gratidão”

 

Lendo o discurso acusatório de Tértulo contra Paulo, vejo que nada muda na humanidade, nas questões de bajulação, a fim de alcançar aquilo a que se propôs a pedir.

Tratando-se de Paulo, os judeus estavam elaborando um discurso que colasse, que fosse digno da morte de Paulo.

Mas assim como hoje, políticos são malandros, produzem soluções conforme lhes agradam, do estilo “toma lá – dá cá”.

Estavam concordando os judeus que ali estavam, o que era esperado, posto que eram os acusadores.

Parece uma história repetida, quando Paulo mesmo julgava os do “CAMINHO” e assim encerrava em prisões, sendo conivente, quando não o principal ator no extermínio dos crentes (1 Coríntios 15:9; Atos 8:1-3).

A bajulação é instrumento de pessoas sem argumento real, que desejam persuadir por feitos distantes do que se propõe num tribunal -  ali estavam os judeus a perseguirem seu objetivo.

Fizeram assim com nosso SENHOR.

O que interessava aos romanos era ter uma terra em paz, e para isso ouviam as discussões, nem que para a paz, fosse necessário eliminar os agentes agitadores.

Mas o problema era de sistema religioso!

Nos dias de JESUS jogavam-NO contra César e agora em Paulo, contra a LEI e os judeus, lidam da mesma forma.

A resposta de Paulo é simples e direta, e faz com que sejam chamados de falsas testemunhas: "nem te podem provar as acusações que, agora, fazem contra mim" (24:13) e acrescenta "por isso, também me esforço por ter sempre consciência pura diante de Deus e dos homens" (24:16), pela sua proposta sobre DEUS, JESUS e sua obra.

Vemos ainda hoje testemunhas falsas se levantando para prejudicar o desenvolvimento do EVANGELHO, numa tentativa de frustrar a caminhada dos que saem nesta função de pregadores – o grande problema é a iniquidade e por ela, falsas testemunhas serem aceitas.

A ressurreição é o centro da JUSTIFICAÇÃO, o ápice da obra de CRISTO, e sobretudo, o centro de toda doutrina cristã, pois sem ressurreição, em especial de JESUS, não há fé, esperança e nem VIDA ETERNA, pois ELE estaria morte e no pó.

E é importante notar que Paulo reafirma tal doutrina diante das autoridades ouvintes.

Com clemência, solicita a espera de outro líder que viria e assim o ouviriam de novo, dando acesso aos crentes para servirem a Paulo onde estava preso.

Passados alguns dias, vindo Félix com Drusila, sua mulher, que era judia, mandou chamar Paulo e passou a ouvi-lo a respeito da fé em Cristo Jesus” (24:24) – eis que Paulo estava atingindo seu objetivo, sua missão, e os demais se sentiam no poder de juízo sobre ele.

Paulo sabia bem onde queria chegar, e chegou!

JESUS estava sendo apresentado diante de todos, oportunizando o que chamamos de “lavar as mãos” posto que todos os ouvintes se tornam indesculpáveis, como em algumas vezes fez Paulo.

Vemos que nada muda na corrupção dos poderosos: ”esperando também, ao mesmo tempo, que Paulo lhe desse dinheiro” (24:26) – chamamos de suborno, mesmo temendo o que Paulo falava sobre o JUÍZO DIVINO.

Penso que nunca mudará esta dinâmica da corrupção.

E lá se vão os anos passando, mudança de governo e mais gente a ouvir sobre CRISTO a partir de Paulo: "dois anos mais tarde, Félix teve por sucessor Pórcio Festo; e, querendo Félix assegurar o apoio dos judeus, manteve Paulo encarcerado" (24:27).

E em Jerusalém, estava ali os judeus, dois anos e poucos meses a chamar de novo Paulo, mas sempre tentando agradar os que lhe davam lucro, os judeus.

Os tributos dos judeus eram importantes para Roma e perder isto significava queda de arrecadação, coisa muito semelhante aos nossos dias, onde todas as nações sufocam seus cidadãos e os oprimem com cobranças demasiadas – e neste caso – como se tivessem sedentos por mais, cada vez mais.

Paulo cumpria sua missão de anunciar a CRISTO ressuscitado.

Cerca de dez dias começa o novo julgamento!

Que drama, porém que estratégia de poder pregar a todos – “estou perante o tribunal de César, onde convém seja eu julgado” (25:10), e “apelo a César” (25:11).

Eis o objetivo alcançado: “então, Festo, tendo falado com o conselho, respondeu: Para César apelaste, para César irás (25:12).

E se cumpre o que Paulo intencionava: "tendo ele apelado para o imperador, resolvi mandá-lo ao imperador" (25:25).

Só quem sabe dos seus objetivos corre riscos assertivos, dando a cara a bater, e reconhecendo que, mesmo tendo a lucidez do ESPÍRITO, poderá sofrer o ônus da culpa, considerando já haver sentença prévia nos CÉUS.

Qual o preço que estamos dispostos a pagar por nossa fé e assim alcançar os objetivos de DEUS, reservados a nós?

E que preço estamos dispostos a pagar para afirmar o nosso CRISTO diante de todas as autoridades?

Quando vemos as consequências de atos públicos sendo punidos, devemos levar em conta os OBJETIVOS DE DEUS e não nossas ideias a serem discutidas.

Se sabemos que os motivos de nossas mortes e perseguições passam pelo crivo da pregação fiel da PALAVRA DE DEUS, então continuemos, pois tudo isso envolve doutrinas do inferno, ideias do diabo que tentam invadir nossas culturas que por natureza são condenadas, mas que neste meio, devemos ser SAL e LUZ a fim de discordarmos na PALAVRA de tantos avanços do inferno e de suas propostas.

REAJA, assim como Paulo, na PALAVRA e no testemunho de CRISTO.