Atos 24:2-3 “Excelentíssimo Félix,
tendo nós, por teu intermédio, gozado de paz perene, e, também por teu
providente cuidado, se terem feito notáveis reformas em benefício deste povo, sempre
e por toda parte, isto reconhecemos com toda a gratidão”
Lendo o discurso acusatório de Tértulo
contra Paulo, vejo que nada muda na humanidade, nas questões de bajulação, a
fim de alcançar aquilo a que se propôs a pedir.
Tratando-se de Paulo, os judeus
estavam elaborando um discurso que colasse, que fosse digno da morte de Paulo.
Mas assim como hoje, políticos são
malandros, produzem soluções conforme lhes agradam, do estilo “toma lá – dá cá”.
Estavam concordando os judeus que ali
estavam, o que era esperado, posto que eram os acusadores.
Parece uma história repetida, quando
Paulo mesmo julgava os do “CAMINHO” e assim encerrava em prisões, sendo
conivente, quando não o principal ator no extermínio dos crentes (1 Coríntios
15:9; Atos 8:1-3).
A bajulação é instrumento de pessoas
sem argumento real, que desejam persuadir por feitos distantes do que se propõe
num tribunal - ali estavam os judeus a
perseguirem seu objetivo.
Fizeram assim com nosso SENHOR.
O que interessava aos romanos era ter
uma terra em paz, e para isso ouviam as discussões, nem que para a paz, fosse
necessário eliminar os agentes agitadores.
Mas o problema era de sistema
religioso!
Nos dias de JESUS jogavam-NO contra
César e agora em Paulo, contra a LEI e os judeus, lidam da mesma forma.
A resposta de Paulo é simples e
direta, e faz com que sejam chamados de falsas testemunhas: "nem te podem
provar as acusações que, agora, fazem contra mim" (24:13) e
acrescenta "por
isso, também me esforço por ter sempre consciência pura diante de Deus e dos
homens" (24:16), pela sua proposta sobre DEUS, JESUS e sua
obra.
Vemos ainda hoje testemunhas falsas
se levantando para prejudicar o desenvolvimento do EVANGELHO, numa tentativa de
frustrar a caminhada dos que saem nesta função de pregadores – o grande
problema é a iniquidade e por ela, falsas testemunhas serem aceitas.
A ressurreição é o centro da
JUSTIFICAÇÃO, o ápice da obra de CRISTO, e sobretudo, o centro de toda doutrina
cristã, pois sem ressurreição, em especial de JESUS, não há fé, esperança e nem
VIDA ETERNA, pois ELE estaria morte e no pó.
E é importante notar que Paulo
reafirma tal doutrina diante das autoridades ouvintes.
Com clemência, solicita a espera de
outro líder que viria e assim o ouviriam de novo, dando acesso aos crentes para
servirem a Paulo onde estava preso.
“Passados alguns dias, vindo Félix com Drusila, sua
mulher, que era judia, mandou chamar Paulo e passou a ouvi-lo a respeito da fé
em Cristo Jesus” (24:24) – eis que Paulo estava atingindo seu
objetivo, sua missão, e os demais se sentiam no poder de juízo sobre ele.
Paulo sabia bem onde queria chegar, e
chegou!
JESUS estava sendo apresentado diante
de todos, oportunizando o que chamamos de “lavar
as mãos” posto que todos os ouvintes se tornam indesculpáveis, como em
algumas vezes fez Paulo.
Vemos que nada muda na corrupção dos
poderosos: ”esperando
também, ao mesmo tempo, que Paulo lhe desse dinheiro” (24:26) – chamamos
de suborno, mesmo temendo o que Paulo falava sobre o JUÍZO DIVINO.
Penso que nunca mudará esta dinâmica
da corrupção.
E lá se vão os anos passando, mudança
de governo e mais gente a ouvir sobre CRISTO a partir de Paulo: "dois anos mais
tarde, Félix teve por sucessor Pórcio Festo; e, querendo Félix assegurar o
apoio dos judeus, manteve Paulo encarcerado" (24:27).
E em Jerusalém, estava ali os judeus,
dois anos e poucos meses a chamar de novo Paulo, mas sempre tentando agradar os
que lhe davam lucro, os judeus.
Os tributos dos judeus eram importantes
para Roma e perder isto significava queda de arrecadação, coisa muito semelhante
aos nossos dias, onde todas as nações sufocam seus cidadãos e os oprimem com
cobranças demasiadas – e neste caso – como se tivessem sedentos por mais, cada
vez mais.
Paulo cumpria sua missão de anunciar
a CRISTO ressuscitado.
Cerca de dez dias começa o novo julgamento!
Que drama, porém que estratégia de
poder pregar a todos – “estou perante o tribunal de César, onde convém seja eu
julgado” (25:10), e “apelo a César” (25:11).
Eis o objetivo alcançado: “então, Festo,
tendo falado com o conselho, respondeu: Para César apelaste, para César irás
(25:12).
E se cumpre o que Paulo intencionava:
"tendo
ele apelado para o imperador, resolvi mandá-lo ao imperador"
(25:25).
Só quem sabe dos seus objetivos corre
riscos assertivos, dando a cara a bater, e reconhecendo que, mesmo tendo a
lucidez do ESPÍRITO, poderá sofrer o ônus da culpa, considerando já haver
sentença prévia nos CÉUS.
Qual o preço que estamos dispostos a
pagar por nossa fé e assim alcançar os objetivos de DEUS, reservados a nós?
E que preço estamos dispostos a pagar
para afirmar o nosso CRISTO diante de todas as autoridades?
Quando vemos as consequências de atos
públicos sendo punidos, devemos levar em conta os OBJETIVOS DE DEUS e não
nossas ideias a serem discutidas.
Se sabemos que os motivos de nossas
mortes e perseguições passam pelo crivo da pregação fiel da PALAVRA DE DEUS,
então continuemos, pois tudo isso envolve doutrinas do inferno, ideias do diabo
que tentam invadir nossas culturas que por natureza são condenadas, mas que
neste meio, devemos ser SAL e LUZ a fim de discordarmos na PALAVRA de tantos
avanços do inferno e de suas propostas.
REAJA, assim como Paulo, na PALAVRA e
no testemunho de CRISTO.