Atos
17:16 "Enquanto
Paulo os esperava em Atenas, o seu espírito se revoltava em face da idolatria
dominante na cidade"
É clara a insatisfação de Paulo numa cidade grega, Atenas, quando de sua
chegada ali, pela fuga de Bereia, sob a força dos de Tessalônica – a razão era
a IDOLATRIA (isto
é, qualquer coisa que representa a forma de um objeto, seja real ou imaginária,
uso dos espíritos dos mortos, aparições, espectros da mente, etc).
Ali a coisa estava tensa!
Tratava-se de sua segunda inserção ou viagem nos mundos destinados à
pregação.
O mundo grego tinha seus deuses expostos em suas galerias e isto era
comum em muitos territórios, mesmo fora da Grécia.
Sua indignação era pertinente, considerando que em suas cartas, por
serem dirigidas às mesmas regiões, serão abastecidas em muito do tema: “o seu espírito
estava sendo afiado/irritado/provocado em si mesmo”.
Diríamos: por qual motivo ele foi se envolver com uma terra cuja
religião já estava estabelecida?
Disso concluiremos o significado do “IDE
por todo o mundo e pregai o EVANGELHO”, como uma ORDEM de JESUS, trazendo
assim as intenções do REINO sobre o reino terreno.
Quando vamos ler sobre uma terra prometida, sobre novo céu e nova terra, sobre tudo
se fez novo, vamos entender o significado de tantos missionários até
hoje sendo enviados a todos os cantos da Terra.
Eles não estão lá apenas para mudar as culturas e religiosidade: estão
comissionados por JESUS, para que conhecendo o SENHOR, tenham a oportunidade de
herdarem a VIDA ETERNA.
Hoje em ruínas, assim como as sobras do templo de Israel, “a construção
mais importante era o Parthenon, templo dedicado à deusa Atena”, será
objeto de visita do Apóstolo – perceba a diferença da visita de Paulo com as
que são promovidas por muitos, para admiração de deuses e outras ruínas –
ovacionando a pedras, damos a carta branca para uma cultura que DEUS intencionava
salvar.
Um
grupo de estoicos e epicureus começou uma discussão com o apóstolo e ele foi
levado ao famoso conselho do Areópago que, em outros tempos, para uma exposição do que acreditava.
“Diógenes
Laércio, um escritor grego do século III, registra uma praga que começou a
assolar a cidade durante a quadragésima sexta Olimpíada, ou seja, em 595-592
a.C., imaginando que algum deus desconhecido estivesse irado..."
Flávio
Filostrato escreveu no início do século III d. C. que Atenas possuía
"altares levantados em homenagem a divindades desconhecidas".
Interessante que em todos os tempos pessoas de DEUS são expostas para se
exporem quanto ao que creem, embora “o impacto da visita de Paulo foi pequeno e discreto”.
A
escultura, a literatura e a oratória de Atenas, nos séculos 5 e IV a.C., nunca
foram ultrapassadas; também na filosofia ela ocupava um lugar de liderança,
sendo a terra natal de Sócrates e de Platão, e o lar adotivo de Aristóteles,
Epicuro e Zeno". Paulo tinha um duplo ministério em Atenas: o primeiro com
os judeus, principalmente na sinagoga, e o segundo com os gentios, no mercado (BEACON).
Veja onde Paulo foi parar: no centro cultural e filosófico da época!
Não seria fácil pregar ali, mas ele não foge da missão.
A
crença dos estoicos era panteísta, racionalista e fatalista. Na prática, eles
enfatizavam "a supremacia do racional sobre a faculdade emocional do
homem, e também sobre a própria autossuficiência" (BEACON).
A insatisfação de Paulo gera nele a necessidade de apresentar AQUELE em
QUEM ele crê.
E assim o faz!
"Os
atenienses levantaram um ídolo ao deus não conhecido por temor a perder bênções
ou receber algum castigo. O início da declaração do Paulo aos atenienses se
relacionava com seu deus desconhecido. Paulo não aprovava este deus, mas usou a
inscrição como ponto de partida para seu testemunho sobre o único Deus
verdadeiro" (Comentário Bíblico de Matthew Henry).
"Paulo
muda a ênfase, destacando a ignorância deles do verdadeiro Deus (v.
22,23)" (Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce).
Insatisfação transformada em pregação – lição preciosa que nos fortalece
a fazer o mesmo, independente das consequências posteriores.
A IDOLATRIA local não impediu Paulo de se aproximar do reduto grego onde
os altares estavam postos.
Mas aprendemos de suas reais motivações em apresentar o DEUS por ele
conhecido que faltava identificação entre os altares pagãos.
Grave isto: indigne-se, sempre, mas não se omita de falar da VERDADE, pois
indignação sem motivação verdadeira é arruaça.