Vozes originais ou ecos de uma massa manipulada pela inconstância humana?
Lucas 23:23 "Mas eles instavam com grandes gritos, pedindo que fosse crucificado. E o seu clamor prevaleceu"
Quando pensamos na tragédia da cruz, devemos passar em primeiro lugar pelos decretos divinos.
Em Isaías 53:7,10 lemos: "Ele foi oprimido e humilhado, mas não abriu a boca; todavia, ao SENHOR agradou moê-lo, fazendo-o enfermar; quando der ele a sua alma como oferta pelo pecado"
Certamente há uma voz primária que a tudo origina.
Ao adentrarmos o ambiente do cumprimento da profecia, veremos que as vozes nada mais eram que confirmatórias do que DEUS havia dito que ocorreria com seu FILHO JESUS.
"Agradar-se" mostra que, apesar da dor de CRISTO, ali estava impresso o que dava ao SENHOR, o todo-poderoso DEUS, o direito e o propósito, a motivação e a glória, para que a SALVAÇÃO viesse ao mundo dos mortais.
Ecoava sobre a Terra o "ASSIM DIZ O SENHOR".
Homens falhos jamais entenderiam que toda a obra salvadora passaria pela cruz, e conhecendo o ser humano, seria mais fácil entender sua maldade colocando no madeiro um inocente e deliberando em favor de um criminoso.
Ecos é o que vemos: o céu determinou, pela vontade soberana do PAI, e o FILHO, de imediato se esvazia de sua glória, toma forma humana, e dá-se ao "castigo que gera a PAZ", em total obediência (Filipenses 2).
Demora-nos, com mente limitada, compreender a extensão do AMOR de DEUS e sua VONTADE.
Mas quem disse que temos que entender?
Na verdade, precisamos mesmo é obedecer, crer e viver não de ecos, como se homens fossem soberanos, mas de uma VOZ que dita todas as regras e as torna vivíveis.
Fora disso, imaginar-se-á que o homem é coautor da história - e isto, jamais será real - apenas eco de um ego presunçoso.
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Lucas 23:18 "Toda a multidão, porém, gritava: Fora com este! Solta-nos Barrabás!"
Lucas 23:21 "Eles, porém, mais gritavam: Crucifica-o! Crucifica-o!"