Uma roupa amarrotada é
usável. Tranquilamente e sem estresse. Porém não é o ideal. Todos notarão
algumas coisas: 1. Desleixo porque o que se espera é que pessoas inteligentes
cuidem bem das coisas que têm e que ao utilizá-las, tenham no mínimo um olhar
social que envolve a presença de cada um em seu meio ambiente. Pessoas
desleixadas nunca são bem vistas, pois se não cuidam do que é seu, jamais
cuidarão do alheio. 2. Diferente do desleixo, o descuido faz da pessoa vítima
de si mesma. Ela não liga para detalhes e acaba sendo descuidada no todo. Como
cuidará de outros se não cuida de si mesma. Surgirão pontos falhos e assim
prejuízos que poderão ser irreparáveis. 3. A preguiça está distante do desleixo
e do descuido. Apresenta traços de uma personalidade que não evoluirá. Que
estagnará. Provérbios manda ter com a formiga. Os traços de uma formiga passam
pelo individual, mas acabam no coletivo, que é o formigueiro. Afeta a todos a
sua volta. E a preguiça se torna como uma doença. 4. A pressa. Esta acaba com a
delicadeza de cada peça a ser usada. Ela pode inferir que a pessoa pode ser
desleixada, descuidada e/ou preguiçosa. Esta pressa que adoece a sociedade e
que mostra peças arruinadas, feias, amarrotadas. E ao final de tarde, todos se
iludem em distrações e conversas que tentam mostrar que a roupa amarrotada é
resultado de um dia atarefado. Aponta para o fato de que precisamos de alguém
para passar nossa roupa, para passar em nossas vidas e não deixar marcas que
deponham contra nós. Dá trabalho, mas vale a pena.
Filipenses 1:3-5 "Dou graças ao
meu Deus por tudo que recordo de vós, fazendo sempre, com alegria, súplicas por
todos vós, em todas as minhas orações, pela vossa cooperação no evangelho,
desde o primeiro dia até agora"
A palavra-chave aqui é cooperação.
Quando lemos a causa da alegria de Paulo, vamos perceber que seu coração
apontava para um povo unido e frutífero. Perseverante em todo momento, mesmo em
tempos difíceis. Começo e fim, consciência de que o SENHOR é quem sustenta seu
povo. Mostra que oração por crentes é algo necessário, fazendo emergir a ideia
de líderes que devem interceder pelos seus liderados. Paulo é um exemplo de homem
quando se fala de interceder. Porém, quando vemos sua natureza, vamos notar
traços de JESUS claramente, posto que ELE também gastou tempo orando pelas suas
ovelhas, por quem o seguia. Manifestava seu carisma quando se unia aos seus
amigos e nas palavras de Paulo, “recordar com alegria”. O desânimo em propagar
a VERDADE, o EVANGELHO tem sido notado com frequência nas igrejas, quando se
fala em cooperar. Cooperar é estar junto ao AUTOR e CONSUMADOR, falando DELE,
tratando de assuntos relacionados à VIDA. Poucos traços de prazer temos visto,
quase que num apelo constante para que homens e mulheres se doem à obra.
Urgente se faz uma mudança no estado emocional do povo, mas acima de tudo, de
líderes, para expressar paixão pela obra do SENHOR. Prazer no prazer de servir.
Filipenses 1:10 "Para que
aproveis as coisas excelentes, para que sejais sinceros, e inculpáveis para o
Dia de Cristo"
Sabedoria e conhecimento de DEUS são
atributos necessários para se discernir o que são as tais coisas excelentes.
Paulo tece comentários sobre o amor aumentando, de saudade sentida, de apegos à
oração em horas mais complicadas. Testemunha do seu sofrimento, mas mostra
satisfação na amizade que emerge de seu apostolado. Paulo enfatiza neste
momento de sua carta o DIA DE CRISTO como uma realidade, momento este em que
todos devem estar prontos a responder com tudo que receberam de formação.
Coisas excelentes surgem da ênfase que se dá inclusive ao destino de todo
crente no DIA de seu encontro com seu SENHOR. Uma das frases mais belas do
apóstolo está neste capítulo: "Estou plenamente certo de que AQUELE que
começou BOA OBRA em vós há de completá-la até ao DIA DE CRISTO JESUS" (1:6).
As cadeias paulinas eram estímulo aos crentes locais, quando lemos que "a
maioria dos irmãos, estimulados no SENHOR por suas algemas, ousam falar com
mais desassombro a PALAVRA DE DEUS" (1:14). Coisas excelentes passam pelo
caminho da dor, para que o NOME seja conhecido de todos e em todo lugar. AMIZADE,
portanto, vem de encontro à necessidade de se fortalecer o outro para que a
esperança de nossa SALVAÇÃO se torne concreta e aprovada.
Filipenses 1:17 "julgando suscitar tribulação às minhas cadeias"
Caminhando por esta carta
paulina, observarmos algo sobre motivação, mesmo usando o nome de CRISTO. Uns
tomando-o em vão e usando em seus próprios interesses, causado divisões e
discórdias, tomando decisões que são contrárias às propostas do SENHOR. No
entanto, observarmos gente de boa intenção em meio aos crentes. Em tudo
aprendemos que estavam tentando desmotivar, criticar e até desacreditar o
apóstolo. Inveja e porfia são aplicações das quais se utilizam os profanos.
Eles acham que podem acrescentar tribulação à vida do servo de DEUS. Mas ocorre
que sempre haverá progresso na propagação do Evangelho, posto que é poder de
DEUS e além do que, objeto-instrumento doado aos que são vocacionados. O que
precisamos tirar de lição nesta empreitada é de que lado estamos e como temos
nos comportado diante de pessoas que se doam ao trabalho do SENHOR. E sabermos
que se nos opomos a estes, não é a estes, mas ao SENHOR que os chamou. Nisto,
haverá o preço a ser pago. Paulo tira uma conclusão: "Todavia, que
importa? Uma vez que Cristo, de qualquer modo, está sendo pregado, quer por
pretexto, quer por verdade, também com isto me regozijo" (1:18).
Filipenses 1:21 "Porquanto, para mim, o viver é Cristo, e o morrer é lucro"
O escrever de Paulo está longe de
ser apenas criação de frases de impacto. Quando afirma que viver é CRISTO,
significa que sua vida tinha sentido, e único. Ele sabia que vivia ainda porque
seu tempo não chegara e que em breve seria entregue por libação. Viver CRISTO
era lucro porque tudo que fazia era em função deste NOME. Viver sempre seria
CRISTO porque muitos se opunham a ele e ele sabia que tal oposição lhe
dificultaria a caminhada, a propagação do EVANGELHO. Morrer se tornara lucro
apenas pelo significado que JESUS havia dado ao seu viver. Não escrevia aos
filipenses uma carta suicida, mas de amor ao SENHOR, de apego à VERDADE, de
esperança diante de tantos que falariam contra JESUS, fosse por pretexto ou
inveja. Paulo deixa uma mensagem sadia ao afirmar que viver é CRISTO, pois ELE
é o AUTOR da VIDA. Tinha Paulo a certeza de que "segundo a minha ardente
expectativa e esperança de que em nada serei envergonhado" (1:20) e que
independente de qualquer força ou poder contrário "com toda a ousadia,
como sempre, também agora, será Cristo engrandecido no meu corpo, quer pela
vida, quer pela morte" (1:20). Paulo, nada mais que um apóstolo, como diriam
que "Elias era homem semelhante a nós, sujeito aos mesmos
sentimentos" (Tiago 5:17). Homens que tinham uma coisa somente: o SENHOR.
"Quem mais tenho eu no céu?" (Salmo 73:25)
Filipenses 1:22,23
"Entretanto, se o viver na carne traz fruto para o meu trabalho, já não
sei o que hei de escolher. Ora, de um e outro lado, estou constrangido, tendo o
desejo de partir e estar com Cristo, o que é incomparavelmente melhor."
Paulo. Uma mente confusa ou uma
mente extremamente certa de seu destino final? Muitos chegam a me criticar dizendo
que minha vontade de morrer é grande. Mas não sabem que o apóstolo, em sua
mente brilhante e em sua relação com o SENHOR também meditava no benefício de
logo partir. Não profanava a vida com este desejo, mas reconhecia seu
"shabat". Sabia ele que o outro lado da vida para a VIDA o aguardava
e que era bem melhor. Quem imagina ele dizendo "já não sei o que
escolher" ou "como incomparável será o encontro com JESUS".
Paulo, um venerado apóstolo lutando para ser bênção entre os homens e aqui
estar sonhando com o DIA, com a vida no REINO, com a presença definitiva junto
a CRISTO. A isto chamava de constrangimento, tanto por produzir frutos aqui,
como estar imediatamente com o CRISTO. Hora de pensar, de joelhos e em oração,
no que nos motiva ao aqui e ao agora.
Filipenses 1:25 “E, convencido disto, estou certo de que ficarei e permanecerei com todos vós, para o vosso progresso e gozo da fé”
Finalidades. Estas são as molas que nos arremessam para a razão de existirmos. De nada vale estarmos aqui sem sabermos da motivação correta. O apóstolo, além de entender CRISTO em sua vida, ele sabia que as pessoas precisavam de referências. E tais referências passavam pelo cuidado com seus irmãos em CRISTO. Entendemos as questões da vontade de Paulo ir logo para o SENHOR e ao mesmo tempo lutar para que sua missão seja completada. Ele diz a Timóteo que “cumpriu a carreira”. A sua carreira ganha força e função ao perceber que pode ainda ser útil pessoalmente aos que o cercam. “Progresso e gozo” são temas impressos na vida de Paulo - eles não poderiam estagnar na sua carreira e tampouco perder a alegria da salvação e do servir ao SENHOR. Por isso nosso irmão e apóstolo se importava em escrever, uma forma de estimular na continuidade e no desenvolvimento da salvação. Olhar para trás e ver que os ensinos foram úteis também produziriam na vida dele a satisfação de dever cumprido. Como é bela a carreira paulina. Aprendamos urgente sobre permanecer, apoiar, andar junto e auxiliar no cumprimento da vida cristã – tudo olhando para o próximo e para o ALVO. Não se vê projetos na vida de Paulo, mas serviço cristão. Para que servimos, então?
Filipenses 1:27 "Vivei, acima de
tudo, por modo digno do evangelho de Cristo"
Premissas: (1) que se viver é CRISTO, já não sou eu quem vivo, mas CRISTO em mim; (2) que se há vida, esta não me é própria, mas se origina em quem de fato vive em mim e me gera para a VIDA; (3) que "acima de tudo" mostra que é possível se ter uma vida vazia, pequena e sem sentido; (4) que "acima de tudo" pressupõe honra a alguém que mereça tal honra e com certeza este não sou eu e nem você, mas JESUS; (5) modo digno aponta para possíveis modos indignos. Logo há um padrão e este mesmo Paulo diz a seus liderados que se tornem padrão de fiéis; (6) EVANGELHO se torna referência por ser boa nova, por falar de JESUS e por apontar para as soluções de VIDA eterna a perdidos. E fecha dizendo de fato do assunto que deve sempre ser abordado em púlpitos e ruas - CRISTO, SENHOR do EVANGELHO. Razão deste. Considere tais premissas como fundamento para uma vida pré-eternidade. A vida aqui e assim vivida e interpretada, gerará em nós a VIDA lá, junto ao PAI ETERNO e a seu FILHO JESUS. Viva de modo digno deste maravilhoso presente que herdamos.
Filipenses 1:29 “Porque vos foi
concedida a graça de padecerdes por Cristo e não somente de crerdes nele”
As leituras da Bíblia são sempre
condicionadas às intenções dos ouvintes e pregadores. Quando se fala de Graça,
pensamos corretamente em um dom de DEUS, comunicação de uma VIRTUDE CELESTE a
seres que jamais mereceriam algo. Quando penetramos no universo da “GRAÇA QUE
BASTA”, começamos a pensar que a GRAÇA não é tão presente assim, posto que
muitos querem agregar valores a ela, como obras e méritos. No entanto, ao
contrário dos dogmas da prosperidade que possuem o fim nela mesma, vemos no
encerramento do capítulo, um cântico que poucos cantariam sorrindo: “a graça de
padecermos por JESUS”. Num tempo em que nitidamente estão pressionando os
cristãos, em todos os níveis, para negarem sutilmente sua fé, mudando o
discurso cristão, vamos perceber que “padecer” é mais que uma religiosidade.
“Ser afetado ou ter sido afetado ou sofrer tristemente” - isso não combina com
os discursos atuais de prosperidade. Isto combina com “no mundo tereis
aflições”, “o mundo jaz no maligno”, “até quando Senhor”, “porque me
desamparaste”. “Graça de não somente crer, mas padecer”. A fé genuína ela
sempre traz em sua bagagem algumas dores, algumas sensações pesadas, algumas
sensações de abandono. Nem sempre estaremos olhando para os montes e vendo um
céu azul sobre eles. Certo é que há SOCORRO presente na tribulação.
Filipenses 2:2-3 "Completai a
minha alegria, de modo que penseis a mesma coisa, tenhais o mesmo amor, sejais
unidos de alma, tendo o mesmo sentimento. Nada façais por partidarismo ou
vanglória, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si
mesmo"
Eis a tristeza de um apóstolo:
perceber que tudo que ensinou caiu por terra. Como? Divisão entre pessoas. A
alegria de Paulo viria da relação harmônica entre os crentes. Não bastava crer,
considerando que no primeiro capítulo ele trabalhara a ideia de viver de modo
digno do EVANGELHO. Agora, desperta uma das características essenciais da
dignidade cristã – a unidade. Pensar a mesma coisa é não dar cabimento ao ego.
Não podemos imaginar que divisões e partidarismo sejam salutares dentro de uma
igreja. A base de tudo nasce dentro dos ensinos de JESUS, quando este repreende
fariseus que amavam divisões e partidos: "se Satanás expulsa a Satanás,
está dividido contra si mesmo; como subsistirá, pois, o seu reino?"
(Mateus 12:26). Daí tiramos que o mesmo amor, mesma alma, mesmo sentimento
tendem a construir mais do que relacionamentos – uma igreja saudável. Partidos
emergem de vanglória, que nada mais é que vaidade profunda. Quer a tradução
clara do que Paulo abominava (original)? “Glória vã, sem fundamento, orgulho
vazio, opinião vã, erro, vaidade, intrigante, um desejo de aparecer ou
rebelde”. Quem de fato é o próximo para nós? Será que entendemos os bons conselhos
paulinos?
Filipenses 2:4 “Não tenha cada um em
vista o que é propriamente seu, senão também cada qual o que é dos outros”
O trono era de CRISTO. A glória era de CRISTO. O poder era de CRISTO. JESUS era é e sempre será DEUS. E o que ELE fez com tudo isso? Deixou de lado, a fim de vir à Terra e assim se fazer carne e dar sua vida por pecadores. Considerou, a cada um dos seus, maior do que tudo que ELE era, tinha ou haveria de ser. O segredo do AMOR e do cristianismo autêntico é considerar o interesse alheio maior do que o seu. Como isto é difícil num mundo de Narciso, hedonista e cheio de projetos individualistas. Paulo extrai da pessoa de JESUS as referências. Quando Paulo agia por si mesmo e pela sua religiosidade, considerava seus pontos de vista acima de todos os outros e por esta interpretação de dados, acabava matando, perseguindo e prendendo pessoas. Quando se encontra com JESUS, percebe que o próximo era importante, pois JESUS, sob a perseguição do seu povo dizia ele “por que me persegues?”. Ele afirma: “tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo” (2:5). Para isso, nosso ego deve murchar. Jamais inflar. Pense nisso e veja como tem conduzido sua vida. Em especial na igreja, pois na Casa de Deus a centralidade é de JESUS. Tudo que se faz é na consciência de que só se faz porque JESUS capacita e comunica dons. O resto: vaidade.
Filipenses 2:7 "a si mesmo se
esvaziou, assumindo a forma de servo"
Ao contrário de homens, que amam diários e contos sobre si mesmos, vemos que JESUS “apaga” toda uma história celestial para compor uma nova junto à criação. O barro havia se contaminado, ou seja, nada que emergisse da lama que formara o homem serviria para reaver o REINO contaminado. JESUS, santo e sem mácula, torna sua história algo novo. Somente pessoas seguras conseguem se esvaziar de si mesmas, de suas questões mais íntimas e se fazer próxima de outro para o bem do outro e não de si mesmo. A GRAÇA passa pela vinda do SENHOR em tudo que ELE mesmo denunciou, afetou, modificou e salvou. ELE é o herói que os homens não reconhecem, os seus o rejeitam, e sem espadas e arcos, vence os maiores inimigos de nossa alma. E ainda sim “esvaziado”. O DEUS FILHO interage com a humanidade caída tornando-se semelhante a ela. Seu ambiente está com reflexos de jumentos, sandálias e vestes simples. A ostentação não lhe era característica. E a palavra mais exata, embora seus ofícios e sua divindade o dessem por exaltado, sob a tutela de DEUS PAI, era servo fiel. Esvaziar-se e assumir. Verbos na voz ativa, que mostram iniciativa própria, mesmo sendo acordado no Conselho da Trindade. Este é um compromisso que devemos ter com o REINO se quisermos a exaltação final: a humilhação inicial.
Filipenses 2:8 “tornando-se obediente
até à morte e morte de cruz”
Se formos avaliar o caráter da expressão “OBEDIÊNCIA”, veremos que desde a eternidade ela existe. Pensemos em anjos. São servos. Serviçais. Dependem sempre de alguém superior para lhes ordenar. Após a criação, vamos observar que todas as situações surgem de ordens divinas. Se há ordens, deve haver OBEDIÊNCIA. “Dar ouvidos” ou “ser obediente”. Esta raiz aponta para um ser que está acima. O preço que vemos em CRISTO, pago junto à cruz, poderia ser-lhe poupado. Sua humilhação fora tal, que ao seu tempo, pediu ao PAI que o “cálice” fosse afastado, ou na voz do SENHOR “porque me desamparaste”. A evidência de tudo está em algo que nos chama a atenção: “Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome” (2:9). Liguemos os fatos: a OBEDIÊNCIA de CRISTO levou-o à morte. No entanto, tal OBEDIÊNCIA recebeu um pagamento ainda maior – a exaltação do PAI. JESUS teve o NOME ao qual todo e qualquer outro nome deverá se dobrar e se submeter. Tudo pela sua OBEDIÊNCIA. De Adão, passando pela LEI, chegando aos profetas e migrando ao Novo Testamento, OBEDIÊNCIA é condição exata para sermos achados fiéis.
Filipenses 2:11 "toda língua
confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai"
A confissão simples de alguém que creu
em JESUS. A confissão complexa de quem teve que se dobrar, mesmo não
reconhecendo. De toda forma JESUS de Nazaré será reconhecido, seja nos dias de
vida de um indivíduo que se converte para a SALVAÇÃO, seja no DIA do Juízo,
quando estarão todos diante do tribunal celeste. Mas nem todos assim farão. A
priori o chamado é este: "Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que
sejam apagados os vossos pecados, e venham, assim, os tempos do refrigério pela
presença do Senhor" (Atos 3:19). Desta premissa entende-se que JESUS é o
motivo pelo qual se entra no REINO, sem sujeira e sem ruído. Sem a
interferência da centralidade do ego ou até mesmo de satanás (que se dobrou ao
ver CRISTO crucificado e ressurreto e percebeu que a morte fora vencida). A
PALAVRA reforça que "se alguém confessa publicamente que Jesus é o Filho
de Deus, Deus permanece nele, e ele em Deus" (1 João 4) e "Se, com
tua boca, confessares que Jesus é Senhor, e creres em teu coração que Deus o
ressuscitou dentre os mortos, serás salvo!" (Romanos 10). Isto emerge dos
EVANGELHOS: "Portanto, todo aquele que me confessar diante dos homens,
também eu o confessarei diante de meu Pai, que está nos céus" (Mateus
10:32). Portanto da mera crença à CONFISSÃO pela fé em nosso SENHOR, temos um
longo e rico caminho. As condicionais sempre aparecem: "SE". Eis a
esperança para a VIDA.
Filipenses 2:12 "desenvolvei
(operai) a vossa salvação com temor e tremor"
Atrelado à obediência, independente da
presença do líder, o apóstolo chama os crentes a um compromisso com o chamado
de DEUS. SALVAÇÃO jamais estagnada, mas produtiva, digna do SENHOR. Uma das
coisas mais tristes e de fácil observação é a vida improdutiva ou infrutífera
das pessoas dentro das igrejas. Quando se fala em desenvolver a SALVAÇÃO,
devemos entender o privilégio de anunciar o que JESUS fez por todos os seus.
Como reverter este quadro? COMPROMISSO com a VERDADE. Assumir a
RESPONSABILIDADE por ter sido salvo pelo SENHOR JESUS. De nada vale se o
versículo paulino não for lido por completo: TEMOR e TREMOR. O temor a DEUS nos
leva a entender que devemos dar frutos. JESUS em suas andanças mostrava que
árvores sem frutos deveriam ser arrancadas e queimadas. Temor é princípio.
Temor é devoção. Temor é amor. Temor é respeito. Temor é agir em função de
alguém que derramou Graça sobre outrem. Reivindicamos de DEUS bênçãos sem
medida. DEUS trabalha pelo seu povo sem parar, e se tomarmos consciência,
saberemos que no SENHOR nunca será vão nosso trabalho. Precisamos decidir se amamos a DEUS e o
servimos por amor, com temor e tremor ou se estamos perdidos em uma estagnação,
como água parada que não gera mais vida. Da presença de Paulo muitos poderiam
se esconder, mas da presença de DEUS, jamais. Desenvolva sua salvação.
Filipenses 2:13 "porque Deus
é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa
vontade"
Desde a eternidade, antes da
fundação do mundo, antes que houvesse vida e ordem no universo criado - domínio
pleno de QUEM a tudo fez. Quando ELE se define por "EU SOU" (Êxodo
3), há um derramar conclusivo de todo seu SER - nada existe antes DELE e sem
ELE nada existirá. Não à toa DEUS se dá a conhecer pela sua criação, pelas suas
obras, pelos seus milagres, pela sua GLÓRIA, pela sua presença. Quando vemos
Paulo expressar segurança em relação ao “querer e realizar", percebemos
que não há preocupações dentro de seu coração, pois se refere aos crentes sobre
a não estagnação. O apóstolo quer gente madura, trabalhando sem reclamação -
mal que afundou os pés hebreus na areia pesada do deserto. "Querer e
realizar" é ato divino. Como a mão que se põe a ligar e desligar
"objetos" que ELE mesmo fez. Entre medos e preocupações, eis que ali
está o SENHOR, como em carne, JESUS, dizendo "não temam, SOU EU".
Diante de um mundo incrédulo, precisamos que nosso testemunho seja a solução. A
isto chamamos de dependência de DEUS. Portanto pense na soberania como sendo
muito mais que um tema de teologia - veja-a como sendo o "EU SOU"
fazendo "ser tudo possível ao que crê em seu NOME". Pense que a
VONTADE é perfeita e boa aos que o temem. E na declaração de Salomão compreenderemos:
"nada há, pois, novo debaixo do sol" (Eclesiastes 1:9). Resplandeça
hoje.
Filipenses 2:16 "preservando
a palavra da vida, para que, no Dia de Cristo, eu me glorie de que não corri em
vão, nem me esforcei inutilmente"
Ser filho de DEUS requer de cada
um a irrepreensibilidade. E esta faz de cada crente um bom testemunho, tanto
dentro como fora. E nesta fase da carta paulina, ele irá apresentar o servo
Timóteo como uma pessoa com este atributo. Ao verso lido, conseguimos agregar
ensinos que farão de cada filho de DEUS alguém preparado para prestar a devida
conta a ELE. E é muito importante que entendamos que Paulo já tinha em mente
que passaria por privações e cadeias mais duras. Para isto, era necessário que
a PALAVRA fosse constante em cada fase a vida. Sem ela, jamais teriam base para
o fortalecimento da fé. Preservar se torna ferramenta útil para não andarmos
pelas estradas do pecado, que é o veneno que ingerimos quando abandonamos a
VERDADE. Versos antes tratam de "desenvolver a SALVAÇÃO". E só se
desenvolve quando há PALAVRA sendo obedecida. Paulo utiliza uma forma amiga e
motivacional quando diz que queria "se gloriar e saber que não correu em
vão", que seus "esforços valeram a pena". Não devemos e nem
podemos negligenciar a PALAVRA, não podemos abrir mão de obedecer e tampouco
desistir de uma carreira que culminará no encontro com CRISTO. A
"glória" de um líder é ver seus liderados juntos no REINO. Vamos
"buscar o que é próprio de CRISTO" (v. 21). Preservemos a Palavra.
Filipenses 2:22 "E conheceis o
seu caráter provado, pois serviu ao evangelho, junto comigo, como filho ao
pai"
Sempre que me deparo com escritos bíblicos que tratam das relações humanas, observo como estão superficiais. Talvez pela correria diária, talvez pela dificuldade de confiança, enfim, medos e tempo atrapalhando que nos aprofundemos. Paulo receita aos crentes que além de receber a Timóteo, observem seu caráter. E isto lhes servirá de amparo para uma boa relação. Mas o que faz de Timóteo um servo digno de boa relação e referência? Sua relação com o SENHOR e com seu EVANGELHO. Exatamente os elementos depuradores do caráter humano. E a unidade junto ao seu discipulador. Quando Tiago (cap. 5) aconselha a confessar os pecados uns aos outros, certamente ver-se-á uma relação interpessoal profunda, para haver confiança. Tempo e medo somem quando temos profundidade, confiança e temor ao SENHOR. Como andam nossas relações? Como as pessoas têm-nos visto: confiáveis ou nada parecidos com JESUS. O mundo anda carente de bons amigos e ombros em que possam ser recebidos. Paulo indica Timóteo como um ser especial. Quem você indica?
Filipenses 3:1 "Quanto ao mais, irmãos meus,
alegrai-vos no Senhor. A mim, não me desgosta e é segurança para vós outros que
eu escreva as mesmas coisas"
Parei para pensar na expressão
“quanto ao mais” e algumas ideias vêm: (1) para o resto do tempo - o apóstolo
estava interessado em algo muito mais além do tempo presente, mas que também já
vinha de uma história da salvação que alcançou o povo de DEUS. Anteriormente
enfatiza o 'desenvolvimento ou amadurecimento". (2) levanta a ideia de que
nada era "final" e que ainda precisariam perseverar na "fé e na
doutrina", naquilo que ele ensinara outrora. Embora determinasse que
ninguém poderia furtar um salvo das mãos do SENHOR, não permitia que esta
segurança pairasse sobre todos como algo que viesse a trazer
"acomodação". Esta expressão pode trazer uma paráfrase: "Irmãos,
além do que já receberam, estejam alegres pela presença do SENHOR em suas vidas
como dádiva, hoje e sempre, e não guardem para si somente, pois esta é a sua
segurança e para tantos quantos o SENHOR salvar, mesmo que eu as tenha em
repetição". Como bom judeu que era, que tem seus reforços nos ensinos. A
nossa alegria é o SENHOR (Neemias 8:10), e sua doce presença, e que NELE
podemos nos "fundamentar".
Ainda que mereça sempre uma "repetição de ensinos". Olhemos
para a PALAVRA como a FONTE de tudo que precisamos e desejamos, e NELA, nos
saciemos diariamente.
Filipenses 2:29 "Recebei-o, pois,
no Senhor, com toda a alegria, e honrai sempre a homens como esse; visto que,
por causa da obra de Cristo, chegou ele às portas da morte e se dispôs a dar a
própria vida"
Alguns anônimos, mas importantes nomes, aparecem no texto sagrado, a fim de evidenciar que no CORPO todos são peças importantes e se completam. Epafrodito nos serve de exemplo de dedicação ao próximo, de amizade séria e fiel, e alguém que amava de verdade o povo de DEUS. Viajou quilômetros a fim e assistir a Paulo, expondo sua vida a riscos, por ser amigo de um prisioneiro e de mesma fé, de estar servindo de suporte e amparo nas necessidades paulinas e ainda desejar ardentemente estar com pessoas que teriam nele alguém zeloso. Paulo o indica como alguém que deve ser tratado com honras. Leia-se com devida atenção: "homens como esse". A base era que ele se expôs quase à morte, adoeceu por conta de desejar ser parceiro e amigo. Como temos sentido falta dessa ação amiga. E a igreja acabou bebendo dessa fonte de esfriamento do amor. Há necessidade de se compreender o que JESUS disse: “Eu vos dou um novo mandamento, que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros” (João 13:34). Não era um poema de amizade, como sonetos de finalidade que lemos. Era mandamento. E como temos nos abstido dessa realidade. Avive sua alma para o amor ao próximo. Ele pode estar precisando de seu apoio.
Filipenses 3:2 "Acautelai-vos dos
cães! Acautelai-vos dos maus obreiros! Acautelai-vos da falsa
circuncisão!"
Paulo! Paulo! Eis um destemido servo
de DEUS que não temia ir contra os da seita de JESUS por achar que estava
certo. Ninguém melhor que ele para zelar pela doutrina que seria o fundamento
da fé dos cristãos após sua conversão. Corajoso antes da conversão. Corajoso
depois. DEUS sempre conhece os que elege e sabe que tipo de ministério cada um
terá. O apóstolo não foi e não seria querido nos nossos dias. Primeiro porque
poderia arrogar ser maior que todos os que tentam arrastar a fama para si (v.
4,5,6). Mas ele "despreza" tais atributos para que o SENHOR seja
glorificado, como diz: "nós que adoramos a Deus no Espírito, e nos
gloriamos em Cristo Jesus, e não confiamos na carne" (3:3). Não era
intenção paulina destacar-se, ainda que o pudesse. Porque sua glória era a
GLÓRIA de CRISTO. E num ímpeto, a fim de proteger a igreja de gente sórdida,
toma coragem e fala que se cuidem de "cães", "maus
obreiros" (leia-se líderes) e de falsa doutrina - aqueles que desenterram
usos e costumes, manias já caducadas em cultos, formalidades jamais ensinadas por
JESUS. Quiçá pudéssemos elencar pessoas que fazem mal-uso de seus ofícios e
ministérios, tomando posse do que não é seu dentro das comunidades - os famosos
donos de igreja. Muitos amam suas cartas. Amam pregá-las e lê-las. Mas quem
gostaria de tê-lo como pastor que é direto em suas falas? Pois que aprendamos
com Paulo a verdadeira intenção de zelo.
Filipenses 3:7,8 "Mas o que, para
mim, era lucro, isto considerei perda por causa de Cristo. Sim, deveras
considero tudo como perda, por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo
Jesus, meu Senhor; por amor do qual perdi todas as coisas e as considero como
refugo, para ganhar a Cristo"
Na medida em que avançam os escritos de Paulo, vamos perceber seus desapegos, quanto às suas conquistas e direitos (v.4,5,6), depois ao que ele vem chamar de conhecimento de CRISTO. Em Paulo veremos claramente uma entrega total de sua vida à sua missão. Não se pode ter isto em alguém que vive uma fé superficial. Conhecimento de CRISTO envolve comprometimento total. Considerar as demais coisas como "refugo" é muito sério. Quantos de nós seria capaz de encarar tamanho comprometimento? Enquanto temos nossa vida sob controle, chamar-se de "cristão" torna-se confortável. Mas, e quando JESUS nos levar a abrirmos mão de tudo, e declararmos que tudo que temos e somos é, por amor a ELE, "refugo"? O cidadão Paulo fala "perda" com certa ênfase pelo valor que JESUS passa a ter na vida dele. O MESTRE que dizia não ter onde "reclinar a cabeça" faz seu discípulo fora de tempo e no tempo certo perceber que ser "estrangeiro" era sua verdadeira nacionalidade. "O que mais temos além de TI, JESUS" ou "para onde iremos nós se somente TU tens palavras de VIDA"? Paulo sabia. Outros souberam. E nós?
Filipenses 3:9-11 “e ser achado nele,
não tendo justiça própria, que procede de lei, senão a que é mediante a fé em
Cristo, a justiça que procede de Deus, baseada na fé; para o conhecer, e o
poder da sua ressurreição, e a comunhão dos seus sofrimentos, conformando-me
com ele na sua morte; para, de algum modo, alcançar a ressurreição dentre os
mortos”
A salvação pela GRAÇA traz em sua
bagagem muito do que cremos, mas dificilmente vivenciamos. Pois todos querem,
de alguma forma expressar sua salvação e justificá-la por atos de justiça, ou
mérito. O mundo soma forças para que todos cresçam e JESUS desapareça. E a cada
dia isto se multiplica. A negação da fé, “dom de DEUS”, salvação que vem pela
GRAÇA, sempre passará pelo “negar-se a si mesmo” e exaltar ao CORDEIRO que foi
quem morreu na cruz. E não pela cruz em si mesma porque ali estavam mais dois
homens. Mas pelo poder que há em sua vitória sobre a morte e o inferno. GRAÇA
que é imersa no AMOR ETERNO que fora elaborada independente de quem viéssemos a
ser, mas que justificaria nossa forma de ser pelo que JESUS foi e é, e em sua
suficiência. CRISTO é a razão de sermos frutíferos, nossa motivação. Comunhão
com seus sofrimentos era uma das marcas paulinas. Ele ensina que não devemos
nos conformar com o presente século, porque a formatação de um cristão é JESUS
e suas obras, inclusa a sua caminhada até a cruz. Conformados em sua morte para
provar sua ressurreição. Esta é a vocação dos santos.
Filipenses 3:12-14 “Não que eu o tenha
já recebido ou tenha já obtido a perfeição; mas prossigo para conquistar aquilo
para o que também fui conquistado por Cristo Jesus. Irmãos, quanto a mim, não
julgo havê-lo alcançado; mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para
trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo,
para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus”
Tomados por CRISTO temos a ciência de
que não somos os que se apoderam de nada. Aqui Paulo utiliza-se desta figura
para explicar que não havia sido ele o responsável, mas JESUS. Ser conquistado
pelo SENHOR implica em derrubar toda tese de arbitrar sobre a salvação como
iniciativa humana. Ir a uma direção proposta por quem já tem em mente o destino
final. Ele margeia a perfeição, mas sabemos por Paulo que o PERFEITO em tempo
oportuno veio à Terra a fim de modificar o status humano, de perdido para
salvo, de imperfeito para perfeito. Sabemos que olhar para trás complica nossa
caminhada. Estar preso a dilemas, pessoas ou coisas atrapalham todo propósito
de sermos aperfeiçoados em JESUS. De chegarmos onde Paulo diz ser o “ALVO”. Temos
a mesma consciência paulina. Ainda não acabou. Precisamos nos desprender de
tudo e de todos para podermos chegar onde precisamos. Se temos amarras, sempre
teremos travas na caminhada. Coisas que estão adiante, à frente. Negar-se,
prosseguir, sabendo do galardão que nos aguarda, o nosso prêmio.
Filipenses 3:18,19 “Pois muitos andam
entre nós, dos quais, repetidas vezes, eu vos dizia e, agora, vos digo, até
chorando, que são inimigos da cruz de Cristo. O destino deles é a perdição, o
deus deles é o ventre, e a glória deles está na sua infâmia, visto que só se
preocupam com as coisas terrenas"
As definições de certo e errado não somos nós que criamos. Mas a PALAVRA DE DEUS. Nesta perspectiva extrairemos de Paulo este parecer sobre pessoas malignas na igreja local, mas que não fazem parte da Noiva do Cordeiro. Estão ali, e são agentes do mal, que fazem mal aos crentes e pervertem os bons costumes. Paulo diz que são "muitos", que não andam com ele e como ele, tampouco se servem do exemplo de CRISTO. Estão e não são. Ele já prevenira os cristãos da região, com "choro" - não são apenas mal exemplos - "são inimigos da cruz". Tais pessoas são do inferno, mas estão dentro da igreja. Nisto lembramos a parábola do joio e do trigo (Mateus 13). Paulo discernia, apontava e atirava. Não era a critério humano. Eram “infames”. Portanto, cuide, pois mesmo dentro da casa de DEUS "há infames, cujo deus é o umbigo (ventre) e estão perdidos". E mais: Nossa vida não se resume a esta existência (1 Coríntios 15:19). As coisas terrenas não são nosso destino final nem nosso objetivo de vida. Nosso ALVO é CRISTO. Nossa VIDA está NELE.
Filipenses 3:20,21 "Pois a nossa
pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus
Cristo, o qual transformará o nosso corpo de humilhação, para ser igual ao
corpo da sua glória, segundo a eficácia do poder que ele tem de até subordinar
a si todas as coisas."
A expectação que arde no coração dos filhos de DEUS é algo que além de ser real, é a motivação que os faz perseverar. Versos antes, Paulo trata de gente indigna que está no meio da igreja, trazendo dano. Agora ele mostra que apesar de tudo, é possível alimentar a esperança da eternidade. Para entender bem estes dois versos, sugiro uma leitura muito cuidadosa de Romanos 8. Ali ele faz uma exegese profunda desta esperança do LAR CELESTE, sem muito enfeite. Fabulosa é a ideia de termos de fato a proposta de desprendimento desta vida (coisa difícil para quem está arraigado nesta existência material). "Nossa pátria" é consolo a todos os que são "chamados segundo SEU propósito". Este é o propósito daqueles cujos corações estão sob a tutela de CRISTO e do SANTO ESPÍRITO DIVINO. Trata-se de promessa. Neste DIA nossa esperança será alimentada (trocada) pela transformação do que é corruptível e se decompõe para o que se tornará na expressão "glorificado". Assim seremos todos que nascemos de novo, que recebemos o ESPÍRITO da VIDA que testifica em nós que somos filhos de DEUS. (Vide versos 18 e 19).
Filipenses 4:1 "Portanto, meus
irmãos, amados e mui saudosos, minha alegria e coroa, sim, amados, permanecei,
deste modo, firmes no Senhor"
Quando se lê Atos dos Apóstolos, podemos perceber o tempo de cada uma das viagens dos apóstolos, local e data de composição, das instalações da comunidade, dos acertos e erros de cada pessoa e congregação. E neste verso temos a bela expressão de Paulo em relação ao seus "amados", quando diz sobre "alegria e coroa". Um sentimento voltado para algo que encerra sua carreira com a consciência de dever cumprido - "coroa". O atleta só é coroado ao final de sua carreira e quando vence. Esta mentalidade estava presente e soma-se à "alegria". Certo disso, Paulo encerra sua fala ao primeiro verso do capítulo 4: "permaneçam firmes no SENHOR". Olhar sua obra e ver que todos se afastaram da VERDADE seria desastroso, frustrante e traria muita tristeza. Ao chamar de "irmãos" e "amados", enfatiza que há um caminho a trilhar ainda era para "perseverar". Tiramos esta lição para cada um de nós, que temos evangelizado e discipulado pessoas, que temos entendido nossa missão. Este verso se torna pleno pelo verso 4: "Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: alegrai-vos". Sejam estas as motivações de cada um de nós, um amor e alegria oriundos de tudo que já recebemos e que nos motiva a permanecer até o fim. Assim nos ensina a carta aos filipenses.
Filipenses 4:2-3 “Rogo a Evódia e rogo
a Síntique pensem concordemente, no Senhor. A ti, fiel companheiro de jugo,
também peço que as auxilies, pois juntas se esforçaram comigo no evangelho,
também com Clemente e com os demais cooperadores meus, cujos nomes se encontram
no Livro da Vida”
Se Paulo se apegava aos crentes de
Filipos pela sua interação, simpatia e amizade, era natural que alguém que
estivesse fora desta sintonia precisasse de alguma orientação e exortação para
que mantivessem as premissas que sustentavam a comunidade cristã. Era uma
escrita de afeto, de amor, de apego a pessoas que fizeram diferença. A simpatia
se existe se há humildade em relação a outrem. Este fiel companheiro, talvez
Timóteo ou outra pessoa, deveria agora dar uma atenção especial às duas irmãs
Síntique e Evódia. Ele incentiva que sejam cuidadosos para que em havendo
diferenças, estas não dividam a comunidade. Sempre teremos recursos para
mantermos a ordem. Pensar concordemente não era simplesmente pensar igual. Era
evitar que suas expressões de diferenças não alterassem a harmonia. Nem sempre
pensaremos igual, seja em casa, na empresa ou na igreja. Mas concordemente
sugere “viver em harmonia”. Você pode pensar diferente, mas não deixe isto
causar desafetos, discórdias, desarmonia. Pois, lembrando o que JESUS ensinou: "Todo
reino dividido contra si mesmo ficará deserto, e toda cidade ou casa dividida
contra si mesma não subsistirá" (Mateus 12:25).
Filipenses 4:5 "Seja a vossa
moderação conhecida de todos os homens. Perto está o Senhor"
"MODERAÇÃO". (1) esta palavra designava uma das escalas da música grega. (2) um modo de cantar, de onde veio a “maneira de fazer algo”. (3) regrar, dominar-se ou suavizar. (4) Do grego (epieikes), "equidade". Da palavra eikos (que significa “justo ou equitativo”), Paulo adiciona epi ao início para tornar a palavra mais forte. "Epieikes" significa inteiramente justo e “ter certeza de que sua vida está para a justiça”. Assim resumida - "ser tolerante e flexível” (site teologar.com.br). Não precisa dizer muita coisa senão que ao confrontar as diferenças entre "duas irmãs" (4:2), quando Paulo nota que este comportamento poderia gerar mal-estar na comunidade, trazer "mal testemunho" e ainda "colocar todo seu trabalho e até satisfação pelo povo em risco". Nem sempre percebemos que nossas más ações transtornam o bom testemunho da igreja para com a sociedade. Paulo apela a Timóteo para que tenha "bom testemunho para com os de fora" (1 Timóteo 3). Nada melhor que citar JESUS sempre: " melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma grande pedra de moinho, e fosse afogado na profundeza do mar. Mas ai do homem pelo qual vem o escândalo" (Mateus 18:6,7). "Porque para Deus somos o bom perfume de Cristo, nos que se salvam" (2 Coríntios 2:15). "E para estas coisas quem é idôneo?" (2:16). Somos? E nossa moderação?
Filipenses 4:6,7 "Não andeis
ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as
vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças. E a paz de
Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente
em Cristo Jesus."
Quando nos encontramos com DEUS em oração, podemos desfrutar da PAZ que ninguém pode roubar, já ensinada pelo SENHOR JESUS nos EVANGELHOS. Esta PAZ impede que nosso coração sofra, ainda mais estando em situações críticas. Olhamos para as circunstâncias e elas teimam em nos agitar a alma. Olhamos para as pessoas e teimam, muitas delas, em criar imagens de um DEUS que não cumpre sua PALAVRA. Olhar para DEUS gera em nós gratidão, posto que a fé nos traz a "certeza de coisas que não vemos". Algo que se espera. Esperar é complicado em um mundo que cada vez mais desabilita a fé e tenta produzir uma racionalidade independente do SENHOR. Paulo quer-nos firmes e inabaláveis. Nesta carta vemos tudo isto ensinado. Diga a DEUS o que precisa e segundo a SUA VONTADE, algo certamente irá ocorrer. ORAÇÃO é isso: descansar no SENHOR. Somos guardados e preservados por ELE a ponto de podermos desfrutar de suas bênçãos. E creia: nada melhor que um coração em PAZ, seja para dormir, seja para viver e, nas horas e decisões, seja para ter a VOZ CLARA vinda dos lábios do SENHOR. Seja esta PAZ sobre todos. Por isso ORE.
Filipenses 4:8-9 “Finalmente, irmãos,
tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o
que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há
e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento. O que também
aprendestes, e recebestes, e ouvistes, e vistes em mim, isso praticai; e o Deus
da paz será convosco”
Deve haver disposição para seguir os
conselhos de Paulo, coisa rara entre as pessoas. Muitos estão dispostos a terem
padrões individuais, seguindo seus próprios interesses. Mas vale ressaltar que
ser “verdadeiro” não significa sair dando patadas para defender seu ponto de
vista, e sim conviver com a VERDADE. “Respeitar” não significa engolir tudo que
lhe vem de ofensa, mas ter a resposta certa que afasta o furor, respeitando a
VERDADE. Ser “justo” segundo a VERDADE sem ser justo a seus próprios olhos,
considerando ser a justiça humana falha e a divina é perfeita e que está
revelada nas SAGRADAS ESCRITURAS. Ser “puro”
não é ser pudico, mas conviver com a estética da vida como obra criada de DEUS,
considerando tudo que DEUS fez como puro. Ser “amável” não é alisar quando se
erra, mas amar mesmo diante da disciplina, levando em conta que a VARA do AMOR
corrige por motivações da VERDADE. E ter “boa fama”, que é a chave para o bom
testemunho. Estamos esquecendo de rechear nossa mente com este produto oriundo
da VERDADE e por isso nos debatemos em cenas lamentáveis neste mundo. Qual seu
recheio mental?
Filipenses 4 “(9) O que também
aprendestes, e recebestes, e ouvistes, e vistes em mim, isso praticai; e o Deus
da paz será convosco. (13) tudo posso naquele que me fortalece. (19) E o meu
Deus, segundo a sua riqueza em glória, há de suprir, em Cristo Jesus, cada uma
de vossas necessidades”
As lições ensinadas aos crentes de
Filipos são importantes para quem de fato quer ter uma vida autêntica diante da
cruz e da sociedade que está carente de bons testemunhos. Nestes versos vemos
que o que se ensina deve ser mesmo alvo de prática para não perder o sentido. Isto
está revelado naquilo que é dito sobre “desenvolver a salvação” (2:12,13). Do
que sempre entendemos ser a função da igreja que recebe do Espírito Santo os
dons para aperfeiçoar os santos. E aperfeiçoar é não se contentar com o que já
recebeu, mas querer mais e aos demais. A força para tal vem do SENHOR, de sua
força em nós. Não somos suficientes. Precisamos dos elementos contidos na
pessoa do Espírito Santo, como atributos comunicáveis. Isto se torna
maravilhoso por quem quer a plena revelação de CRISTO. “Tudo posso NELE para
que outros também possam”. Quando vemos os pontos elencados pelos reformadores,
perceberemos o interesse deles no desenvolvimento saudável de todos os crentes,
que em sua época estavam se tornando débeis e subnutridos. Tudo porque a razão
primeira de todos é estar em CRISTO como suporte ao CORPO, e na força e poder
do EVANGELHO que transforma vidas.