Pesquisar este blog

segunda-feira, 30 de março de 2020

MARÇO 2020


Colossenses 4:2 "Perseverai em oração, velando nela com ação de graças"

Os textos gregos trazem este tom para o mesmo verso: “Dedique-se à oração, mantendo-se alerta com uma atitude de ação de graças” e “Continue em oração e observe o mesmo com ação de graças”. Esta ação de perseverar está ligada diretamente à persistência em algo, ser constante e devoto em que acredita, atenção profunda a alguma ideia, exercer com coragem para não ser desanimado pelas circunstâncias, e dedicar tempo integral ao propósito. No encerramento de uma de suas cartas, Paulo se vê necessitado de rogar por orações para que Deus o oportunize à pregação (v.3) onde está preso (Roma 62/64 d.C.). E seus conselhos imperativos, esbarram na necessidade de orar. Interessante que na mesma carta, Paulo sugere que além dos colossenses, a igreja de Laodiceia (v.16) deveria ter acesso ao conteúdo.
Paulo, sofrendo, agora entende que somente Cristo deveria ser crido e apresentado, e nada mais, nem anjos nem outros modos de se exercer a fé. “Buscai as coisas lá do alto, onde Cristo vive, assentado à direita de Deus” (3:1). A oração dissipa os principados. A oração dissipa a soberba. A oração dissipa nossa relação com o pecado. A oração dissipa a ingratidão. A oração é a arma que Paulo deixa nas mãos dos crentes para não caírem em tentação e mais, não se fiarem em conselhos não oriundos de Deus “pretextando humildade e culto dos anjos, baseando-se em visões” (2.18). Orar em todo o tempo (Efésios 6:18). Sejamos fervorosos, em dias que não são fáceis. Perseveremos na oração.

2 Timóteo 4:14 "Alexandre, o latoeiro, me fez muito mal; o Senhor lhe retribuirá segundo as suas obras"

A ética paulina mexe com nomes e pessoas. Ao citar o nome de alguém Paulo não somente expunha alguém, mas ensinava a Timóteo como tratar pessoas que traziam dano à fé cristã. E precisamos entender isso com a profundidade da mente paulina. Este tal *Alexandre* fazia mal ao apóstolo. Consequentemente precisaria ser exposto e reconhecido como um mal ao Reino de Deus. *"Haverá um tempo em que a sã doutrina coçariaos ouvidos, não a suportariam"* (v.3). Enquanto Lucas era seu companheiro, Marcos útil à causa, Alexandre era um estorvo. Eis a causa dos males: resistir à VERDADE. Paulo diz: guarda-te dele. Assim deixamos a pieguice de lado, e não ficamos alisando pessoas que causam males ao Corpo de Cristo, que levam a si mesmos a vaidade, vanglória ou soberba. Pensamos que Jesus receberia tais pessoas na boa: nunca. A fariseus, saduceus, escribas, sacerdotes etc... ELE chamava de hipócritas. Paulo não queria ninguém atrapalhando o crescimento do Evangelho e tampouco estragando todo o serviço que ele havia feito e que o levara à cadeia. A partir disso, concluímos que devemos chamar a atenção de quem tem sido pedra de tropeço. Haverá sempre retaliação, caso mexamos em tradicionais. Mas tudo para o bem do Evangelho e por amor à Noiva de Cristo, por quem ELE morreu. Há perdão para arrependidos. Para estorvos, o juízo divino, como fala a PALAVRA.
  
João 19:8-12 "Respondeu Jesus: Nenhuma autoridade terias sobre mim, se de cima não te fosse dada; por isso, quem me entregou a ti maior pecado tem"

Sabe porque JESUS tinha dificuldades em seu tempo? Além das predeterminadas a ELE por DEUS? [1] porque ELE não tinha receio do que falava, considerando ser ELE a VERDADE e o VERBO encarnado. [2] porque nada temia, e jamais falava por provocação, mas por consciência do tempo e da vontade divina. [3] porque era SENHOR de todos, inclusive das autoridades instituídas. [4] porque medo não era um atributo divino para a concorrência de sua VONTADE. [5] porque deveria ser ELE a voz a confrontar todos e tudo. Os gemidos de seus ouvintes não eram de temor ao CORDEIRO de DEUS, ou MESSIAS, ou FILHO DE DEUS. JESUS, neste momento: não estavam diante de qualquer pessoa - estava frente a uma pessoa que, humanamente, poderia lhe absolver. Mas de que? JESUS não tinha culpas, crimes ou delitos. Estava sob a acusação dos hereges sacerdotes e fariseus, sob a tutela de um juízo divino, que deveria apontar para a humanidade, mas que agora cairia sobre ELE. “Nenhuma autoridade” é afirmar que o ser humano é nada. Absolutamente nada. “De cima” é onde está o TRONO DA GRAÇA e do JUÍZO, de onde virão todos os livros e penalidades. Certo apóstolo ainda soma dizendo: “Se o Senhor quiser, viveremos e faremos isto ou aquilo” (Tiago 4:15). Isto mostra uma afirmativa paulina: "Ou quem foi o seu conselheiro?" (Romanos 11:34). "EU SOU O QUE SOU" (Êxodo 3:14). Ele é absoluto.

Romanos 5:2-4 “gloriamo-nos na esperança da glória de Deus. E não somente isto, mas também nos gloriamos nas próprias tribulações, sabendo que a tribulação produz perseverança; e a perseverança, experiência; e a experiência, esperança”

Esperança é uma forma de deixar o crente consciente de que nem tudo está perdido. Quando vemos Paulo escrevendo sobre tribulação, devemos ter em mente que a caminhada será fácil. De desprezos a perseguições, tudo pode ocorrer. Jesus poderia muito bem, na força de seu poder e na intimidade que tinha com o Pai, orar e pedir que ao ser elevado aos céus, os seus amados também fossem juntos. Mas o seu pedido era um casamento de ideias: [1] estes que me deste. [2] o mundo não os conhece. [3] não peço que os tire do mundo. Gloriar-se nas perseguições por sermos testemunhas de Cristo, é algo que nos faz bem-aventurados.
Ao falar que se gloriava nas tribulações, sabia o apóstolo que em breve veria seu Senhor. Esta era a esperança que ornamentava o coração de Paulo em meio a tantas dores. Não diferente do coração de Estevão. Ou de outro que tenha sido alvo de sérias tribulações. Por amor a Ele. Qual a utilidade de uma tribulação? Tirar os olhos desta frágil existência e direcionar para o Senhor, para que se possa “cumprir a carreira e guardar a fé. Perseverança é a sequência do que a tribulação pode trazer. Em meio a um mundo incrédulo e travado nesta carne, perseverar deve ser a tônica do crente. Para que finalmente, pelas experiências com a fé, possa Ele saber em quem espera e alcançar a glória.

Mateus 9:21-22 “porque dizia consigo mesma: Se eu apenas lhe tocar a veste, ficarei curada. E Jesus, voltando-se e vendo-a, disse: Tem bom ânimo, filha, a tua fé te salvou. E, desde aquele instante, a mulher ficou sã.”

Dentro do coração de uma pessoa podem habitar o desânimo ou a esperança. De lá podem proceder a lamúria ou contentamento. Claro que tudo depende da intensidade de seu sofrimento. Que tal doze anos? Um tempo razoável para até mesmo desistir de viver. Acrescentando a estes dias complexos, que tal um sangramento que tirava o ânimo da pessoa? Tal pessoa havia dado seus valores para ver se a cura era possível. E desesperançosa, andou na direção de JESUS. No meio de uma multidão, seus pensamentos eram tão intensos que o próprio CRISTO poderia lhes pesar à mente. “Se apenas tocar as vestes”. Um simplismo. Porém suficiente. JESUS conhecia seu coração, obviamente. E ao tocá-lo, ela mesma percebera a cura. Pois bem: JESUS, agora aponta para a multidão e diz que alguém lhe tocou, e deste toque, um milagre ocorreu. Uma pergunta pública para uma pública confissão. Atemorizada, ela se apresenta. E JESUS, de um falar amoroso afirma-lhe: “a tua fé de salvou”. Na verdade em busca da cura, JESUS aponta para seu coração assustado e oferta-lhe algo mais do que apenas uma cura. Como Abraão responde a Isaque quando estava deitado sobre as pedras, pronto ao sacrifício, seu pai responde: “o SENHOR proverá o animal para o sacrifício” (Genesis 22:8). Devemos acreditar, pois, intimamente, e confessar publicamente, a fim de que saibam a quem tememos e servimos: ao Senhor que provê.

Eclesiastes 3.11 "Tudo fez Deus formoso no seu devido tempo; também pôs a eternidade no coração do homem, sem que este possa descobrir as obras que Deus fez desde o princípio até ao fim."

As centelhas da vida se acendem ao passarmos à existência. Mas a sensação de viver agora só é real porque está na pele.
Mas não há um ser humano que não pare para refletir no "pós morte". Até o mais incrédulo, posto que ao perceber a terra lançada sobre um cadáver que porventura ame, sabe ele que algum mistério há de continuidade. Por isso inventaram a reencarnação, as orações por almas, purgatórios, sono da alma, etc. Tudo porque Deus plantou no coração humano esta surreal intenção do eterno. E não tem para onde correr.
Todos morrem. Sem exceção. Tudo acaba. Toda obra criada tem seu fim. E agora? Como lidar com a eternidade? Para os cristãos há uma esperança: JESUS, a porta para o eterno. Ele incrementa a eternidade com a ressurreição e seu segundo advento. Os seres humanos chegarão às conclusões de Salomão: "tudo vaidade e correr atrás do vento". E como Salomão, todos morrerão um dia. Tem a chama da eternidade é bom e preocupante, pois sabendo que haverá um prorrogação neste jogo da vida, cada qual deve se preocupar com o local de descanso eterno... e este descanso chama-se JESUS. Que terá os seus em sua presença na eternidade.
  
Salmo 42:3 "As minhas lágrimas têm sido o meu alimento dia e noite, enquanto me dizem continuamente: O teu Deus, onde está?"

“O choro dura uma noite e a alegria vem pela manhã”.  Esta, muitas vezes, não é uma ideia que corresponde à realidade. Muitas vezes ficamos como este salmo, que alimenta a noite e o dia com lágrimas, regando, quem sabe a esperança e a fé que insistem em apontar para o Criador, porém debaixo de muita dor. O salmo alimenta esta tão demorada resposta: "Por que estás abatida, ó minha alma? Por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, a ele, meu auxílio e Deus meu" (Salmo 42:5). “Espera”: esta palavra aponta para um tempo diferente do vivido pelo povo de Deus, que persiste em buscar ao Senhor. Água seria o tema mais apropriado para este salmo, considerando que a “corça almeja as águas” como o autor “almeja ao Senhor”. O sustento da fé nem sempre será com gozo e regozijo. Na história da Igreja, percebemos isto claramente. Muitos nem tiveram tempo de expressar suas lágrimas, sua dor. Quem sabe na busca do mártir ideal em si mesmo, ou quem sabe olhando para a cruz e percebendo que a dor do Mestre foi muito mais intensa. Em meio a fogueiras, pedras, cadeias, chibatadas, desprezos e aflições, o povo de Deus mostrou à humanidade o que é ser FILHO DE DEUS, servo de JESUS CRISTO, vocacionados para serem chamados de peregrinos em terra estranha. O mundo não os conheceu, tampouco foi digno dessas pessoas. Porque sua esperança sempre foi o SENHOR.

Ezequiel 37:3,4 "poderão reviver estes ossos?" e "profetiza a estes ossos"
João 11:14,43 "Lázaro morreu" e "Lázaro, vem para fora"

O mundo de DEUS e o mundo dos homens se encontram entre as possibilidades e as impossibilidades. De um lado, o limite humano para entender o extraordinário divino. Doutro lado, um DIVINO que tem poder para realizar o que designou, seja no explicável ou no inexplicável. Muitos tentam colocar o SENHOR numa caixinha de ações conforme suas doutrinas e interpretações. DEUS não se deixa nem zombar nem se conter em fenômenos humanos. Dois textos que aplicam sobre o povo de DEUS o que chamam de “avivamento”. Para se entender o avivamento, não se pode fugir do entendimento da morte (física e espiritual). Avivar parte do pressuposto de haver um morto ou quase morto. Ezequiel trata do povo de DEUS, dividido, dilacerado e afundado nas opressões de seu tempo, levado à maior tensão para um dia descobrir-se e retornar à unidade. Entendamos que precisaria do mover divino para ressuscitar o povo do Antigo Testamento. Por outro lado, JESUS se depara com uma situação também de morte. Lázaro, já sepultado. (João 11:39 e 44) e (Ezequiel 37:22): nos dois casos, pessoas profetizam, se movem, se colocam à disposição, obedecem, veem o impossível ocorrer. E nos dois um agente externo milagroso opera: DEUS. Quando se precisa revitalizar ou avivar, ou reconhecemos a morte em nós e no Corpo, ou continuaremos sepultados em nossos conceitos. Precisamos do milagre.

Eclesiastes 12:1 "antes que venham os maus dias, e cheguem os anos dos quais dirás: Não tenho neles prazer"

O autor de Eclesiastes, sábio e já vivido, entre as tantas observações que faz da vida, permeia os dias em que a canseira e o enfado, a ausência de prazer já se tornam reais. Começa com um apelo aos jovens quanto aos valores da vida e a apego ao SENHOR, num viver pleno da Graça presente em seu CRIADOR. Não há segredos para serem desvendados sobre esta realidade exposta pelo sábio. Não há como fugir desta realidade. Num misto de vaidades e correria atrás do vento, ali está um ser humano a observar seus dias. Fato é que não temos como correr deste dia que logo chega. O corpo se entrega às leis da natureza e aos dias escritos por Deus. A consciência se apega ao que de fato bate à porta: a velhice. Todos chegaremos lá, se não morrermos. Como andam nossos dias de "mocidade" ou "saúde"? A que temos dedicado as horas de nossa existência? Quem sabe possamos dizer: e o bem que tenho feito e o abraço que tenho dado, o despertar de ouvidos ao próximo e tua ternura em olhar nos olhos do outro a necessidade de ti. Pois bem, o sábio encerra seus ensinos neste livro assim: "De tudo o que se tem ouvido, a suma é: "Teme a Deus e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever de todo homem. Porque Deus há de trazer a juízo todas as obras, até as que estão escondidas, quer sejam boas, quer sejam más" (Eclesiastes 12:13,14). Assim seja.
  
2 Coríntios 6:2 "(porque ele diz: Eu te ouvi no tempo da oportunidade e te socorri no dia da salvação; eis, agora, o tempo sobremodo oportuno, eis, agora, o dia da salvação)"

Numa releitura do profeta Isaías, o apóstolo Paulo exorta à igreja que entendesse e valorizasse a operação de socorro divino, do tempo exato em que a promessa se cumpre - sua salvação. Não era nada novo ouvir um alerta divino acerca da salvação. Os judeus receberam em sua realidade. Os coríntios noutro tempo. Paulo em meio a suas crises de dores pela oposição ao Evangelho, muitas vezes sofrendo o que denomina de algemas e açoites e estimula que se firmem na VERDADE que os salvou. Usa uma expressão curiosa: o amor (afeto) deveria dilatar seus corações. Afinal, para Paulo, o EVANGELHO lhe custaria a própria vida. A mistura com incrédulos, impios ou hábitos mundanos estava servindo de tropeço no meio deles. Agindo em amor a Deus e fidelidade, nao desvalorizariam a Graça (6:1). Quando entendemos a Graça e o Amor de DEUS, nos privamos de contaminações de ídolos e ações pecaminosas. Se queremos viver CRISTO, devemos honrá-lo pelo grande amor que ELE nos dedicou e dedica. Se queremos viver no Espírito, devemos nos abster das contaminações. E mais, se queremos honrar ao SENHOR, a única forma possível é priorizar o chamado de CRISTO para a salvação. Desprezando o chamado de DEUS, Israel foi lançado no castigo que não lhes trouxe a paz. Hoje, no tempo de sua angústia, pense no tempo da oportunidade.

Marcos 8.34 "Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me"

Entre milagres, situações de dúvidas de seus seguidores, questinamentos farisaicos, palavras duras como a que dirige a Pedro, quando repreende-o e diz “arreda satanás”, carências  inóspitas de pão... JESUS diz a eles que se lembrem de tudo que viram e ouviram, a fim de despertar a memória recente para os dias que virão. Termina o capítulo afirmando que ninguém poderá sentir vergonha DELE diante dos homens, porque ELE mesmo a tal reação humana, terá por réproba diante do PAI. A vinda de JESUS será marcada por muitas surpresas. Muitas mesmo. Negar-se a si mesmo em um mundo de extremo hedonismo, um mundo em que todos apontam para doutrinas que giram em torno de si mesmos e de toda matéria criada. Negar-se a si mesmo é entender que há um preço a ser pago. A exemplo disso, podemos extrair as motivações de cada ser humano. O que fazem com seus ganhos e como investem no REINO; criam seus filhos para sucesso e como os consagram ao SENHOR; seus casamentos e sua FIDELIDADE a DEUS priorizando o REINO ao invés do prazer de socializar o tempo todo com amigos distantes de DEUS. Como andamos, dirá se negamos a nós mesmos. A cruz de quem segue a JESUS não é das mais leves, ainda que seu “fardo seja leve e suave”, numa proposta de descansar NELE. Nossa bagagem muitas vezes tem mais peso do que o necessário para se ter uma vida com JESUS. Como num barco a deriva, ou lançamos ao mar o excesso de peso, ou acabamos naufragando. Siga-o até o fim, pois o destino é CERTO.

Mateus 7:12 "assim fazei-o vós também a eles"

Quando nos deparamos com os preferencialismos, de ajudar ou se doar a pessoas apenas de nosso grupo, percebemos como estamos distantes da realidade do Reino. Somos acostumados a tratar bem apenas quem nos interessa ou alguém que nos possa beneficiar. A isto chamo de hipocrisia.
Ao mesmo tempo somos desejosos da atenção e do cuidado alheio. Porém não semeamos ternura para colher ternura. Como igreja do SENHOR, precisamos mudar esta perspectiva e alcançar primeiro nossas próprias atitudes de bem em relação ao próximo. Quando lemos que "um pai não daria pedra no lugar de pão" (Lucas 11:11), aprendemos como dar nosso melhor ao outro, sem mentir e sem fazer joguinhos de interesse. Igreja é isto: ambiente de amor. Utopia? Sim, pois somos pecadores. Mas ao recebermos a Graça, tudo se torna possível. Por isso, se quer que lhe tratem bem, faça o mesmo.
Tire as máscaras, a falsidade e quem sabe o medo. Por detrás das boas ações sempre haverá alguém observando. Ou seremos bênção ou seremos maldição nas vidas ao nosso redor.

Marcos 8:32-33 "Mas Pedro, chamando-o à parte, começou a reprová-lo. 33 Jesus, porém, voltou-se e, fitando os seus discípulos, repreendeu a Pedro e disse: Arreda, Satanás! Porque não cogitas das coisas de Deus, e sim das dos homens."

Parecia apenas uma fala inocente de um discípulo ao Mestre.
Mas lendo sobre Caim, quando o SENHOR pergunta por seu irmão, o assassino se torna arrogante dizendo: "porventura sou tutor de meu irmão". Muitas vezes as síndromes de arrogância adentram ao caráter humano, tornando-o reprovável. Em meio aos seus, olhando ao arrogante e insubmisso Pedro, JESUS repreende o "espírito" por trás da ideia. Nada emerge do acaso. MUITOS, achando-se donos da razão, falam da parte de satanás. Se era coisa de gente, porque dizer "arreda satanás"? Lembremos que JESUS é SENHOR de tudo e de todos. Pessoas se tornam vulneráveis quando não estão atentas aos dardos do maligno. Quando JESUS os chama à oração, diz-lhes que "vigiem" a fim de não caírem em tentação. O que intenciona Jesus com estas situações? [1] mostrar a homens que são limitados, [2] mostrar a homens que devem respeitar aos seus líderes, [3] não ser arrogante ao dirigir-se a alguém que Deus coloca sobre sua vida. Ao invés de apoiar seu SENHOR, estava trabalhando contra, minando a autoridade de CRISTO diante das pessoas. A "soberba precede a ruína" (Provérbios 16:18). Intimidade não dá direitos a desrespeito ou agir de forma leviana a maquinar o mal, de forma dolosa. Senão, em breve ouvir-se-á: " arreda satanás". Lembre de Paulo e Alexandre.

Genesis 1:1-2 "No princípio, criou Deus os céus e a terra. A terra, porém, estava sem forma e vazia"

Interessante aplicar esta passagem ao coração humano que anda sem esperança ou cansado de existir. Habacuque nos seus ditos (3:17) "ainda que..." abre o leque das possibilidades divinas. Mergulhando nas profundezas da criação divina, vemos DEUS extrair do caos (sem forma e vazia) toda beleza de sua arte e ordem. Não é vontade de Deus a desordem. Cria tudo perfeito e belo e se satisfaz com suas obras. E por um descuido o homem rompe com a LUZ e passa a conviver com as trevas. Parecia tudo perdido, mas DEUS aponta para um momento ainda mais sublime, a fim de resgatar e reordenar as coisas: a encarnação do VERBO. Quando olhamos para a dor e o caos de nossa alma, devemos nos alimentar com a esperança num DEUS único e verdadeiro. Passamos por momentos que o único desejo é sumir, morrer e não ver ninguém. Mas do alto e sublime trono volta-se o SENHOR para os filhos do REINO, com o olhar de um CRIADOR, exercendo sua autoridade e mudando a sorte, recebendo de volta como o pai do filho que sai de casa. Se no princípio criou DEUS algo extraordinário para que se tornasse nosso lugar de viver, porque nos abandonaria agora, que temos o MEDIADOR da ALIANÇA, JESUS de Nazaré, que está assentado nos lugares celestiais. Nosso DEUS se coloca como socorro presente na tribulação. Se nossas sensações andam sem forma e vazias, há um SENHOR soberano que nos ama. Olhar com esperança para o TRONO criativo é também crer na PALAVRA que regenera o coração, fazendo-o novo.

Genesis 1:2 "e o Espírito de Deus pairava por sobre as águas"

Quem é esta pessoa que andava ou pairava sobre a face das águas? O que fazia ela, solitária, sobre o caos e o vazio, de onde brotaria a vida toda num planeta inóspito? Gerador da VIDA, da vida aqui e da VIDA ETERNA. Seu papel é tirar o caos. Tem a função de convencer do pecado, e será chamado de CONSOLADOR, “Parakletos” que significa “convocado, chamado para o lado, especialmente chamado para ajudar”. Não estaríamos aqui se não fosse ELE, não haveria planeta se não fosse ELE, e assim como JESUS falou DELE, assim será. O pecador sozinho e por vontade própria jamais conseguirá crer em JESUS. Eis uma função daquele que sobre as águas pairava. Pairava sobre o vazio, e agora se lança sobre corações vazios. O "Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade" (João 16:13). Então vemos que sem ELE nunca andaremos na VERDADE. ELE age simbolizado como unção, quando Isaías (61:1), que diz: “O Espírito do SENHOR Deus está sobre mim, porque o SENHOR me ungiu para pregar boas-novas”, capacitando o SERVO a pregar as BOAS NOVAS. Lembremos que esta referência se une à de Atos dos Apóstolos (1:8): “recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas”. Ninguém consegue falar do REINO sem esta capacitação e poder. Jamais. Cogitam das coisas do ALTO, mas jamais saberão de fato o que significa. No trabalho a ser feito com unidade e sabedoria, ali ELE está: “os dons são diversos, mas o Espírito é o mesmo” (1 Coríntios 12:4). Assim, crer no PODER do ESPÍRITO SANTO é fundamental para a fé cristã.

Gênesis 1:3 "Disse Deus"

Sob a voz do SENHOR todas as coisas começam a sair do caos em meio às trevas da inexistência e nada melhor que a LUZ. Segundo o profeta Isaías, diz o SENHOR: "chamei-te pelo teu nome, tu és meu" (Isaías 43:1) e no mesmo capítulo "ainda antes que houvesse dia, eu era; e nenhum há que possa livrar alguém das minhas mãos; agindo eu, quem o impedirá" (Isaías 43:13). É um privilégio, enquanto seres humanos pecadores, podermos ouvir a voz de Deus, que desde a criação ordena tudo, faz o que tem que ser feito com a maestria de quem tem propósito em cada detalhe. Nada mudou e nada mudará, porque assim está escrito. Porque DEUS falar não é a mesma coisa que a voz humana. É a voz que deu origem a tudo. Paulo diz que a "fé vem por ouvir a PALAVRA DE DEUS". Sim: "disse DEUS". Fique tranquilo. Viva a vida. De forma a crer que a voz de DEUS orienta seus passos a cada dia, pois você busca as orientações na BÍBLIA. Não é mesmo? Pense: "o ESPÍRITO SANTO testifica com o nosso espírito que somos filhos de DEUS" (Romanos 8:16). Até mesmo para saber desta boa notícia como uma VERDADE pessoal precisamos da "VOZ DIVINA". Este Paulo ouve JESUS falando e se converte. Se DEUS-FILHO não lhe falasse, a desordem e a perdição seriam seu destino. Mas "DISSE DEUS". Não passe despercebido à voz de DEUS. Não deixe para depois. "Assim, pois, como diz o Espírito Santo: Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais o vosso coração" (Hebreus 3:7,8). Fuja das tendências e das vozes humanas e ouça a voz do SENHOR, que é "PODEROSA" (Salmo 29).
Gênesis 2:16 "E o Senhor Deus lhe deu esta ordem"

Sujeitar-se a Deus e resistir ao diabo não é um ensino do Novo Testamento apenas. Desde as ordens divinas de serem fecundos, multiplicar-se e dominar a Terra, o SENHOR vem dando ordens ao homem. Sendo CRIADOR, então entendemos que a criatura deve se sujeitar. Enquanto no Éden, não havia um chamado para ser filho, mas apenas uma criatura, especial, mas ainda criatura. Especial porque nele residia a imagem de Deus, e claro, a razão. O Homem deveria aprender a sujeitar as demais criaturas a fim de entender o que seria sujeitar-se ao SENHOR. O pressuposto da sujeição está na obediência. Os animais estariam recebendo "ordens" do homem e o homem ao entender isso, deveria da mesma forma obedecer ao seu SENHOR. A narrativa de Genesis mostra que o homem perdeu a oportunidade de obediência ao CRIADOR para se sujeitar à criatura (satanás). Acabou sendo vítima de sua escolha. A voz do SENHOR que rompia os silêncios do jardim, com apenas ordens de bem, agora ordena ao homem que saia daquele ambiente perfeito. Resistir ao diabo era algo importante e Tiago reforça isso. Pela PALAVRA ainda continuamos recebendo ordens de DEUS. Se tivermos nossas escolhas baseadas na BÍBLIA, certamente estaremos agradando a DEUS e a ELE nos sujeitando. Do contrário, estaremos dando ouvidos àquele que perverteu o coração de Adão e Eva. Deus quer apenas nosso bem. Suas ordens são boas porque expressam sua vontade. Obedeça, sujeite-se a ELE, e certamente o diabo fugirá. "Antes o seu prazer está na lei do SENHOR".

Gênesis 2:16,17 "De toda árvore do jardim comerás livremente, mas..."

Já perceberam que a vida muitas vezes se resume a um simples ‘mas’? Pessoas têm dificuldades em obedecer ao SENHOR, aos pais, às autoridades e às leis. O que gera isto é o sentimento de se acharem certas ou donas da verdade. Deus apresenta ao homem uma das situações mais simples e fáceis para viver. Mostra um território imenso, cheio de vida e bênçãos, e aponta em seguida para um único ponto, para uma única "árvore". A sensatez levaria, pela observação e lógica, escolher o melhor da terra, a abundância e as partes boas, por apenas ouvir a Deus e obedecer. ‘MAS’... Mas o homem rejeitou. Assim como quando ouviu o chamado de Noé. Assim como quando ouviu o chamado de João Batista. Assim como quando ouviu o chamado de nosso SENHOR. De tudo que era lícito a Adão comer livremente, havia apenas um tipo a ser rejeitado. Que erro terrível. O ser humano ainda tem rejeitado a Luz e a Vida, preferindo associar-se ao pecado. Porém devemos lembrar que aquela escolha no jardim implicaria numa vida sem VIDA. Hoje, de forma amorosa, podemos dizer... "mas DEUS amou ao mundo de tal maneira que deu seu FILHO para que todo o que NELE crer, não pereça ‘MAS’ tenha a VIDA ETERNA”. Hoje chegou seu dia de saber a quem servirá: a JESUS ou a si mesmo e seus gostos e desejos. O AMOR de Deus não deve ser desprezado, como Adão desprezou o Jardim e a DEUS. Portanto, não o despreze. 

Filipenses 4:7 "E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus"

Vamos perceber rapidamente as intenções divinas para conosco. Paz. Quando JESUS ensina os seus, ELE mostra que uma das coisas que haveria na bagagem daqueles homens era a paz. Ao lermos o pentateuco logo perceberemos isto: "o Senhor sobre ti levante o seu rosto e te dê a paz" (Números 6:24-26). JESUS reforça isto no EVANGELHO: "Tenho-vos dito isso, para que em mim tenhais paz" (João 16:33). E já havia dito: Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize" (João 14:27). O Pai e o Filho insistem em promover a paz aos seus. Exceder entendimento quer dizer que é oriundo no sobrenatural divino. Vemos na Terra o Verbo encarnado que leva a assinatura celestial. Uma obra de arte com moldura divina capaz de gerar paz. A ideia paulina é percebermos que em JESUS CRISTO somos gerados para uma mente transformada, cuja Fonte de Paz é o que a regenerou. Por mais que lutemos pela paz mundial, a Paz que está sobre tudo, se liga ao DESCANSO chamado CRISTO. ELE é nosso SHABAT e assim nosso pleno SHALOM. Nossa segurança, portanto, está assegurada como filhos de Deus. Pois nesta voz de um apóstolo concluímos: "guardará nossa mente e coração". Assim, poderemos descansar. Paulo, em cadeias e lutas, em momentos de aflição, reconhecia e ensinava aos seus destinatários sobre a Paz. Receba JESUS CRISTO, receba a PAZ.

Lucas 15:6 "Alegrai-vos comigo, porque já achei a minha ovelha perdida"

Como é gostoso falar do novo nascimento. Penso que ao falar deste assunto, devemos vibrar e nos alegrar tal qual a luz da alegria que uma criança traz aos pais e a todos quando nasce. Alegria de se ter alguém novo junto e formando maior família. A Bíblia ensina que há regozijo no céu pela alma de um pecador que nasce de novo. É um milagre tão intenso quanto uma vida que fora gerada no ventre de uma mulher a partir de duas células microscópicas. Um milagre duplo para quem é cristão: quando saímos do ventre de nossa mãe e, se somos de fato cristãos, quando saímos da morte para a Vida. Precisamos vibrar quando participamos de um culto a Deus, pois ali está a PALAVRA DE DEUS que gera a nova VIDA em CRISTO. Se não vibramos, não entendemos ainda a alegria do ESPÍRITO SANTO. Quando lemos que Davi (Salmo 51), pede ao SENHOR que lhe traga ou renove a alegria da SALVAÇÃO, ele pede os deleites celestes para a sua alma. Podemos desfrutar do que DEUS tem preparado para os que ELE ama e a quem revelou seu amor. Lucas 15:7: "Eu vos digo que do mesmo modo haverá mais alegria no céu por um só pecador que se arrepende, do que por noventa e nove justos que não precisam de arrependimento". E 15:10 se diz: "Eu vos digo que, do mesmo modo, há alegria diante dos anjos de Deus por um só pecador que se arrepende". Qual nosso real sentimento por uma conversão. Tenho visto pouco isto nas igrejas. Que nosso SENHOR nos dê razão de alegria pela conversão de pecadores.

Jeremias 17:7-8 "Bendito o homem que confia no SENHOR e cuja esperança é o SENHOR. Porque ele é como a árvore plantada junto às águas, que estende as suas raízes para o ribeiro e não receia quando vem o calor, mas a sua folha fica verde; e, no ano de sequidão, não se perturba, nem deixa de dar fruto."

O salmista já andava cantando e poetizando sobre o caminho do justo e do ímpio, sobre a nobreza de ser uma árvore plantada junto ao ribeiro das águas. Bendito traz para o ser humano a graça da prosperidade em seus caminhos, sucesso (Josué 1), fértil em sua descendência (Abraão e Isaque), louvado (a mulher virtuosa de provérbios), filhos sob os olhos do SENHOR. Este ser humano é abençoado porque está ligado diretamente ao DEUS em quem crê. Jesus e a videira com seus ramos mostram um pouco desta realidade. Pessoas hoje correm em direção ao que se chama por deus a fim de receberem estes atributos. Porém grande parte delas age como o pessoal que ouviu Josué dizer que “ele e sua casa serviriam ao SENHOR”, mas que professou condicionado à fé do seu líder. Assim que tiveram oportunidade, reagiram de forma contrária à sua confissão, como o caso do bezerro na ausência de seu líder Moisés. De que depende nossa confiança e esperança, para que recebamos a “bênção de DEUS”? Para ser alguém abençoado e frutífero e ter certeza de que se crê da forma correta é preciso CONFIAR no SENHOR e não em homens, ESPERAR em DEUS e não em homens, e não se perturbar no dia da sequidão. Jamais esmorecer.

Apocalipse 5:12 "Digno é o Cordeiro que foi morto de receber poder, riqueza, sabedoria, força, honra, glória e louvor"

As lágrimas que se derramam nos primeiros versos de alguém que não tinha a visão divina da dignidade do FILHO são consoladas pelas vozes de um ancião que remete ao LEÃO DA TRIBO DE JUDÁ e a RAIZ DE DAVI. A dignidade do CORDEIRO está associada à vitória já conquistada, considerando o tempo verbal "que venceu". Quando olhamos para um ser derrotado não alimentamos a nossa esperança. O Ancião aponta para a esperança de Israel nas suas conexões com o Antigo Testamento, porém mostra alguém muito mais especial, que transcende tempo e espaço - falar do CORDEIRO era apontar para JESUS CRISTO. Confecciona um elaborado dizer sobre quem era este que VENCEU: (1) morto pelas mãos de pecadores por amor a pecadores arrependidos; (2) poder, pois além de ser DEUS-FILHO, a morte não pode prendê-lo, numa ênfase de "onde está morte a tua vitória?"; (3) riqueza, porque toda glória da qual havia se despido, agora lhe é conferida em definitivo; (4) sabedoria, porque DELE emergem toda fonte de saber, a sua onisciência jamais abandonada, porém agora revelada aos olhos de quem chorava por não entender os fatos; (5) força, porque suas expressões de humilhação agora estão no passado e seu estado agora é de exaltação; (6) honra, a quem de fato é DEUS, que de fato é REI e SACERDOTE pelos séculos, junto a quem o recebeu como sacrifício único e final; (7) glória, pois é revestido de sua divindade após a sua ressurreição e ascensão aos céus. Nenhum ser jamais fora visto glorificado e sendo "recebido na glória" da forma que nosso CORDEIRO; (8) louvor, pois os céus festejaram angelicalmente ao FILHO de DEUS. Não era o filho pródigo após saída e volta, mas ainda assim o retrato de quem morrera e agora estava vivo. Há de se notar as vozes que "cantavam um cântico novo" (v.9), exaltando ao SENHOR. A eternidade o aguardava e celebra nos versos últimos deste capítulo: "para todo sempre, amém!" (V.13,14).
E imediatamente revelado foi que pela dignidade do CORDEIRO todos se prostraram em adoração. Adore ao CORDEIRO em vida, agora, e receba-o em ministração ao seu coração, pois ELE é quem nos garante a vitória. Vinde e adoremos ao que já venceu.
  
Genesis 1:16 “Fez Deus os dois grandes luzeiros: o maior para governar o dia, e o menor para governar a noite” e fez também as estrelas.
Genesis 1:28 “dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo animal que rasteja pela terra”

Pensando sobre a diferença de um gestor antes e depois da queda e das intenções de Deus em dar ao homem a tutela da criação, notamos que o argumento de DEUS sobre o sol acima da Terra, a iluminar todas as coisas, a gerar diferença entre luz e trevas, é que como astro não racional, o “sol” deveria “dominar” a escuridão e os abismos em trevas. O verbo usado neste caso do sol é traduzido por exercer domínio, reinar e criar certa regra (seja esta: dia e noite). Após a criação do homem, o SENHOR lhe ordenara que exercesse domínio também. Entendemos que o homem tinha um diferencial: “a consciência” de Deus e de suas ordens, podendo exercer domínio com capacitação mental. A diferença entre os dois verbos é que ao homem é acrescentado um item: “sujeitar” ou “subjugar”. Somente um ser à imagem divina teria esta capacidade adquirida por concessão. Não é um poder inato.  Deus o abençoou com o domínio. Antes da queda poderia manter-se dominante. Porém o homem perde seu domínio preferindo as ideias inversas de satanás que alcança o coração de sua mulher. Daí vem a ideia paulina da submissão da esposa ao cuidado de seu marido, usando a questão de Cristo e a igreja, do amor de um homem pela sua esposa. Isto seria um cuidado consciente, para evitar danos às relações familiares. A expulsão do Éden nada mais é que uma demissão por justa causa, com dolo, e acima de tudo, com a incapacidade de entender o papel fundamental para o qual o CRIADOR lhe havia feito. Deus o havia abençoado, diz o verso de Gênesis 1:28.  Deu o melhor. Deus sempre aponta para o melhor. Porém o homem sempre se descuida de sua vocação.
CRISTO cumpriu seu papel até sua morte na cruz. Ele veio restaurar algo importante: a bênção de DEUS ao seu povo.  O homem deve dominar-se a si mesmo, converter-se de seus maus caminhos, deixar de ouvir seu coração e abandonar seus pecados, e reduzir-se ao pó (Jó 42), porque deste pó, uma nova criatura poderá surgir pela voz do SENHOR. Ao perceber sua nudez, o homem se escondeu. Ao ser chamado por JESUS, Paulo se rendeu. Pense na bênção de DEUS para sua vida. Migre da queda e da má gestão para a regeneração e uma renovação da gestão divina.
  
Jó 1:1 "Havia um homem na terra de Uz, cujo nome era Jó; homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desviava do mal"

O caso de Jó é algo a ser pensado por todo ser humano que passa por tribulação. Existe na Bíblia muitos casos extremos de ações divinas sobre a humanidade, como o dilúvio, Sodoma, pedido de Isaque, expulsão do Éden, Babilônia etc. Há um, em especial, que devemos prestar a maior atenção: o FILHO DE DEUS na cruz. Jó tem atributos que jamais deveriam permitir-lhe mergulhar no profundo abismo da sua alma. Tudo o que era e tinha se perdeu. Tudo consumido por um arrazoado de satanás. Vemos um homem em sua sequidão de estio, cujas portas do inferno se montam à sua frente, uma pessoa cujo “vale da sombra da morte” nunca se viu nem ouviu. Um homem de sua época, cujo caráter era ilibado, um modelo de fieis, um pai cuidadoso. E o que houve com este servo de DEUS? A autorização divina para que fosse provado, como ouro a passar pelo fogo, porque o diabo estava em afronta a DEUS, afirmando que aquele homem só era fiel porque os bens não lhe faltavam. Satanás estava desejoso de demonstrar que a obra divina era falha e que pessoas somente lhe vinham aos pés porque era um bom fornecedor de bens. DEUS, em sua soberania e controle, e profundo conhecimento do coração de Jó, solta a rédea a satanás para levar a tribulação ao servo. Aprendemos com Jó que a motivação de um FILHO DE DEUS jamais será os bens da terra, pessoas ao seu redor ou até mesmo família ou saúde. Jó estava ligado em quem era DEUS. Precisamos estar atentos, em tempos de provação, sobre nossos significados. Muitas vezes teremos que passar pelos vales sombrios, onde parece que nada faz sentido. Devemos extrair, nem que seja o último suspiro, como num brado de adoração, nossa certeza de fé e esperança. Ao morrermos, nada levaremos. Ao vivermos, devemos ser achados como verdadeiros adoradores, pois é a estes quem DEUS procura. Não importa a dor que sente, busque ao SENHOR, porque o mesmo Jó que padeceu, afirmou que “nenhum dos planos de DEUS pode ser frustrado” (C.42).

Salmo 139:1,23 "SENHOR, tu me sondas e me conheces; Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração, prova-me e conhece os meus pensamentos”

Este Salmo desperta em nossos corações a tranquilidade de um mar após a tempestade. Tem o poder que emanava da boca de JESUS quando ordena aos ventos que parem. Temos muitos amigos, alguns mais íntimos que outros. Quando pensamos que os conhecemos, tomamos sustos com atitudes e palavras. Deus se mostra aqui como dono, pois um dono sabe todas as reações que sua criação terá. Um proprietário interessado no bem de sua propriedade. Ele não nos comprou com preço alto para apenas tentar descobrir como funciona seu produto. Ele não comprou de terceiros. Nada lhe passa despercebido. Pensamentos vêm de uma sondagem ao mais profundo de nossas almas. Vemos séries de inventores que usam elementos para suas criações, mas depois de pesquisa, depois de testes, depois de sair do papel para o projeto executado. Nosso DEUS é bem diferente. Sonda o produto e conhece bem a matéria-prima. A criatura se deixa envolver por tal conhecimento, profundo e inescrutável, e se faz em pedido que o SENHOR a tome pela mão por ter plena convicção das boas intensões com as quais seu CRIADOR a percebe. E depois de profunda meditação, fecha com um pedido “vê se há em mim algum caminho mau e guia-me pelo caminho eterno” (V.24). Somente seu CRIADOR poderá guiar a lugares eternos: “Luz para o nosso Caminho”.
  
Salmo 139:2,3,5 "sabes quando me assento e quando me levanto; esquadrinhas o meu andar e o meu deitar; Tu me cercas por trás e por diante e sobre mim pões a mão"

Estes versos acima me lembram o salmo 23, sobre “guiar por veredas de justiça” e “ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte”. Quando acordamos, as misericórdias do SENHOR se renovam para nosso bem, o sol se põe e se ali estamos vivos, podemos dizer “que até ali o SENHOR nos ajudou”. Esquadrinhar era entender que o SENHOR lhe serviria na sua dispersão de bussola. Muitas vezes vemos DEUS como um COMPANHEIRO no caminho, porém erramos pensando que ELE nos segue a cada passo. Na verdade, ELE sabe bem onde estamos, de onde viemos e para onde estamos indo. O GPS hoje funciona melhor que a bússola. Pois ali tem tudo escrito, tudo determinado: origens e destinos. Nessa vida somos teimosos e queremos sair da guarda DIVINA, e achando-nos sábios, somos tidos por loucos (Romanos 1). Porém aos seus, o SENHOR os faz entrar no prumo, ou melhor, adequar-se ao CAMINHO. Quando vemos um pastor de ovelhas misturado com os animais, colocando às vezes cães para adequar à direção, os sinos ou sons, vemos que ELE jamais sai do meio de seu povo. Quando o pecado toma conta do coração de um filho, ELE mesmo disciplina por AMOR, a fim de trazer de volta. Ovelhas têm o hábito de se soltarem do rebanho. Mas jamais o SENHOR tira os olhos delas. Olhos e presença são garantias divinas de cuidado. Verbos como SABER, ESQUADRINHAR e CERCAR mostram o cuidado do SENHOR sobre os seus. Precisamos crer nisso para nossa paz.

Salmo 139:4,6 "Ainda a palavra me não chegou à língua, e tu, SENHOR, já a conheces toda" e "tal conhecimento é maravilhoso demais para mim: é sobremodo elevado, não o posso atingir"

Uma das coisas que o homem tenta há muitos anos é ter acesso ao pensamento. Ler a mente, perceber pensamentos alheios. Isto vem das ficções em filmes, novos e antigos, onde dominar ou ler a mente gera poder ao dominante. Lembro quando estudei as ideias para escrever sobre a soberania divina e a responsabilidade do homem. E nas pesquisas todas, inclusas estas já mencionadas dos filmes, passamos por seitas que tentam de alguma forma governar a mente. Projetam um poder além do que imaginam a um ser humano que tem seus limites em tudo. Quando vemos as ciências desenvolvendo-se de forma maravilhosa, logo entendemos que tudo é dom de DEUS. Atributo divino comunicado a homens pequenos. Lembram das falas de JESUS quando interpelado ainda no mundo dos pensamentos por homens que sequer conseguiam ver além de seus olhos. Quando tentavam trazer armadilhas e eles mesmo eram pegos em sua limitação mental. O Salmo 139 é profundo porque revela um DEUS além da imaginação. Alguém que sonda e conhece o coração, e mais, que conhece as ideias e palavras antes mesmos de serem esboçadas pela humanidade decaída. Daí retiramos que nada pega o SENHOR de surpresa, nada o assusta, nada o deixa perplexo de tudo o que ocorre. O ser humano é previsível. Nosso DEUS, totalmente extraordinário. “Quem pode ser seu conselheiro”, diria Paulo. Este é nosso SENHOR.

Salmo 139:7 "Para onde me ausentarei do teu Espírito? Para onde fugirei da tua face?"

Viajemos ao Éden, o lugar perfeito, onde reinava o SENHOR e estava o ser humano antes da queda, do tempo em que o homem seguiu seu coração e provou do conhecimento do bem e do mal. Culpado, pensava poder esconder-se de Deus. O Salmo 51 diz sobre pessoas de mãos limpas e coração puro, que não precisam se esconder de Deus. Ao perceber a voz do SENHOR que lhe perguntava sobre onde estava, pensava Adão que haveria algum local para ocultar-se. Deus intencionava que o homem se apresentasse consciente do que fizera. Queria levar o homem ao conhecimento da culpa, considerando que adquirira o conhecimento do bem e do mal. Onde poderia o ser humano se esconder? É nesta perspectiva que o salmista escreve, entendendo que não há local onde possa se esconder da face de DEUS. Ele aponta aos abismos, às alturas, aos espaços que poderiam lhe servir de esconderijos, mas em vão.  A celebração do Salmo trata de um tributo ao SENHOR sábio, ao DEUS onipresente, àquele que de eternidade a eternidade é SENHOR. Os pecadores um estarão face a face com DEUS, e de olhos nos olhos, como aquele olhar de CRISTO a Pedro, muitos se dobrarão, levando a mão à consciência, por tardarem em obedecer ao chamado do SENHOR. “Para onde me ausentarei”, deveria se tornar um tributo ao CRIADOR, a fim de concluirmos que o MELHOR não era estar num Jardim, mas estar na presença divina constantemente. Por isso ELE enfatiza: “buscar-me-eis e me achareis”.

Salmo 139:16 "Os teus olhos me viram a substância ainda informe, e no teu livro foram escritos todos os meus dias, cada um deles escrito e determinado, quando nem um deles havia ainda"

Quer saber: DEUS determinou tudo antes mesmo que houvesse algo. Antes que houvesse dia "as trevas e a luz são a mesma coisa" (Salmo 139:12), ELE governava. DEUS, que fez tudo perfeito, não é o narrador da história, mas o AUTOR. Então, ao começar a pensar que algo LHE foge ao controle, mergulhe nos ensinos bíblicos, retire dali toda consolação e força, a fim de perseverar junto ao SENHOR. Se o salmista, mesmo em traços poéticos, nos mostra quem de fato é DEUS, quem somos nós para duvidar. Há quem duvide. E mesmo assim ELE escreveu os dias da incredulidade. Nada é novo, e Salomão em sua angústia e versos afirma assim. Fala dos abraços que deixariam de existir, dos tempos de nascer e mesmo para morrer, tempo para matar e curar, de derrubar e construir (Jesus dizia isto sobre si e o templo), tempo de amontoar e espalhar, tempo de odiar e amar e o tempo da paz e da guerra. Ou seja, se Salomão, em seus dias de velhice compôs tudo isto e percebeu que tudo passaria e voltaria, como num ciclo e nada haveria de ser novo, "Há alguma coisa de que se possa dizer: Vê, isto é novo? Já foi nos séculos passados, que foram antes de nós." (Eclesiastes 1.10), então sabemos que nossos dias todos estão escritos, contados e determinados. Quando nada havia ali estava DEUS. Quando tudo se acabar, ali estará DEUS. DEUS é SENHOR da história.

Salmo 139:17 "Que preciosos para mim, ó Deus, são os teus pensamentos! E como é grande a soma deles!"

Quando lemos a PALAVRA DE DEUS, notamos inúmeras vezes o SENHOR nos chamando para perto DELE. Os pensamentos são de PAZ (Jeremias 29:11). Da criação até o final dos tempos, DEUS prepara o coração, semeia a BOA SEMENTE, e em muitos encontra terra boa. Ali os frutos surgem. O amor pelo SENHOR renasce. O Evangelho é a prova mais clara do bom pensamento divino para o homem. Pensando nisso, vamos ver que quando o salmista mergulha em louvores ao DEUS CRIADOR sobre o valor da mente divina, ele quer exortar-nos a fim de que o busquemos e o amemos. DEUS resolveu nossa maior crise e problema, prometendo a Adão uma solução para seu erro, ainda que tenha sido disciplinado. Mas não parou por aí. Para afirmar que os “pensamentos são preciosos”, o salmista o reconhece nos seus caminhos, no seu conhecimento pleno de todos os seus dias, planejamento da vida sobre a Terra. Ele não fica preso em sua mera existência. Avalia a criação, os dias, a existência e dali louva ao SENHOR pela grande mente que ELE tem. DEUS é digno de que dediquemos nosso amor a ELE e total obediência. Amar a DEUS, aceitar seus mandamentos e praticá-los (disse Jesus). O pensamento mais precioso de todos é DEUS olhar para a humanidade e mesmo sendo pecadora, ainda pecadora, dar a vida de seu FILHO para salvar. Precisamos olhar para a PALAVRA e perceber que tudo narra a mais preciosa mente e o mais precioso amor. Vendo assim, seremos bem-aventurados.

Atos 7:58 “As testemunhas deixaram suas vestes aos pés de um jovem chamado Saulo”

As múltiplas formas de DEUS chamar para si os seus filhos são interessantes. DEUS poderia ter convertido Saulo ali, naquele instante tenso da história da igreja. Mas deixou para uma estrada, em isolamento com alguns soldados. Preparou a hora e o local para a conversão de Saulo. No episódio ESTEVÃO, vemos algumas coisas interessantes: [1] que não eram inimigos de DEUS que investiam contra ele, mas religiosos que se diziam fieis a Moisés; [2] que não era momento de se expor, mas Estevão abre sua boca e através de milagres fica conhecido como um dos diáconos da igreja primitiva que levava o nome de JESUS; [3] que mesmo diante de oposição, ele não se calava, e conhecia o que falava; [4] que mesmo sob pedras, o que convinha para aquele dia, ele não deixa de ter a visão necessária de DEUS, a fim de receber consolo do Autor de sua fé. Vemos um homem destemido que gerara mal-estar pela VERDADE que pregava. E tal mensagem, por ser de DEUS, nem sempre agradava aos ouvintes. Porque será que Estevão incomodava tanto aqueles religiosos? Porque seu SENHOR JESUS incomodara antes. E porque Saulo estava ali, presente? Porque DEUS traçara uma história para continuar e de forma absoluta, a pregação do Evangelho. Vemos, então, que Estevão teve sua vida ceifada porque era homem cheio do Espírito Santo, que estava testemunhando de quem lhe transformara. A VERDADE jamais será cercada e inibida. Jamais estará cerrada em quatro paredes. Ela veio para mudar a história.