Atos 17:29-31 “Sendo,
pois, geração de Deus, não devemos pensar que a divindade é semelhante ao ouro,
à prata ou à pedra, trabalhados pela arte e imaginação do homem. Ora, não levou
Deus em conta os tempos da ignorância; agora, porém, notifica aos homens que
todos, em toda parte, se arrependam; porquanto estabeleceu um dia em que há de
julgar o mundo com justiça...”
Em suma, poderíamos dizer que Paulo traz aos olhos do povo que não via, a
capacidade de ver com a “inteligência”, algo que eles estavam acostumados ao
debate no mundo das ideias, mas ainda criando com suas mãos deuses de sua
imaginação.
Num ambiente onde a “pele” ou o “corpo” era tão valorizado, onde o
conhecimento tinha seu espaço aberto diariamente, ali necessitava de alguém que
marcasse um ponto de partido para o DIA DO SENHOR, o seu JUÍZO.
Uma coisa que já escrevi, mas enfatizo, é que a religiosidade judaica
naquela cidade de Atenas perdera ou nunca tivera sua força de influência, pondo
seu DEUS num pedestal de exclusivismo e não de alcance dos povos.
Perderam-se em suas teorias, quando elas mesmas poderiam transformar suas
ações em testemunho real de um DEUS VIVO e presente.
Daí a força daqueles monumentos idolátricos.
Há de se notar, quando da presença da PREGAÇÃO da VERDADE, em muitos países
e locais nacionais, que a “rejeição é a mesma” (v.32), posto que preferem
continuar na sua cegueira.
Lembro de umas cartas de Padre Vieira, quando chamava os calvinistas de
hereges, simplesmente por acharem que vinham com outra PALAVRA, mas que ao
final de tudo, fugiam da questão do abrir mão do esclarecimento, coisa que
estava ocorrendo em Atenas, diante de tantos altares pagãos, da natureza grega.
Hoje temos o padre Paulo que insiste em apregoar as mesmas teses de Vieira,
mas não contra os holandeses, porém contra toda “fé” evangélica, transformando
o ambiente do conhecimento num ambiente de disputas – diz pastor Lutero Rocha,
em uma de suas pregações, que “não há como
se omitir diante de posicionamentos tão severos e de decisões – ou somos de
DEUS ou não somos – a neutralidade não pode compor o mundo cristão diante de
tantas formas de acusação”.
Para informação e formação:
“Que
diga o herege (o que treme de o pronunciar a língua), que diga o herege, que
Deus está holandês? Os cegos e mancos são os luteranos e calvinistas, cegos sem
fé e mancos sem obras, na reprovação das quais consiste o principal erro da sua
heresia” (Sermão pelo bom sucesso das armas de Portugal contra as de Holanda,
de Padre Antônio Vieira, Sermão pelo Bom Sucesso das Armas de Portugal Contra
as de Holanda, 1648).
À luz do verso e da pregação de Paulo em Atenas, junto aos seus
questionadores, lugar onde não há apedrejamento, pela autorização das
discussões e defesas de teses, vamos compreender que ficará claro que os
sentidos, visão e audição, daquele auditório agora eram marcados como antes e
depois da informação, da construção da ideia exposta pelo ‘tagarela’, como
chamaram a Paulo, e a indesculpabilidade, uma vez que tiveram conhecimento do “DEUS
DESCONHECIDO” a quem temiam estar irado com eles por algumas perdas e
destruições locais; individualmente e coletivamente estavam conscientes da
realidade do CRIADOR, do seu FILHO e do seu JUÍZO; e tal mensagem se alastraria
pelos cantos do mundo, sendo essencial o chamado paulino ao arrependimento, à
mudança de mente, à real conversão ao VERDADEIRO SENHOR e DEUS de todos.
Sempre veremos uma data do “antes e depois”, assim como temos ido
dominicalmente a serviços nas igrejas – e isto tem o mesmo peso – pois como
lidaremos a partir da recepção da informação, mostrará o traço do que nos
aguarda no JUÍZO.
O que significa ir a uma pregação, seja onde for, em sua vida?
Qual o efeito que ela tem causado: ou você é como os judeus, que para nada
serviam na sociedade grega, ou você é como os ouvintes que seguiram Paulo, por
entenderem o erro em que viviam?
DECIDA!
Nenhum comentário:
Postar um comentário