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segunda-feira, 17 de março de 2025

Pai Nosso?

[46]


Pai Nosso?

Neste dia, quando te encontro,

Pergunto-me quem és tu,

Seja para mim

Ou para estes tantos à volta.


Certifico-me nas respostas 

Que brotam tão espontâneas

De tantos e de meus lábios. 


Num instante, entro em tua presença,

Não em busca de respostas,

Mas para apenas ouvir-te

Numa outra questão:

Quem sou para ti?


Orei, e tantos oraram,

Tão poucos conseguiram 

Enfrentar a VERDADE:


Tu és Padrão a ser seguido,

Alguém digno de ser imitado,

Não como rezas repetidas,

Mas como íntimo ser.


Alguém que se faz carne

E habita na Terra,

Com GRAÇA e VERDADE

Repleto de toda a GLÓRIA,

Toda a expressão do PAI

A quem amas,

E por quem és amado.


Pois a grande pergunta ecoa

Como entre as mais escuras

E vivas cavernas,

Ouvindo minha própria voz:


Se te conheço

É por que antes de tudo 

Fui conhecido.


E neste conhecimento,

Eterno e perfeito,

Me perguntei de novo: quem és?


Pão nosso de cada dia,

Perdão que perdoa,

Amor que infinito ama,

Pastor que dá sua vida.


E pensei sobre mim:

Ainda ousas,

Ser mortal e pó que és

A te atreveres nesta pergunta?


E te ouvi em expressa

E profundo ORAÇÃO,

No cantinho de minha alma,

Pois ali te revelaste,

Muito mais que SALVADOR e SENHOR... 


E na solidão da noite,

E como esperava,

Me dizia o SENHOR:


Para ser no CÉU

Tudo que desejas,

Sejas antes de tudo na Terra.

Não caias na tentação

De não perdoar,

De não se dar,

De te esqueceres

De ser Pão,

Alimento ao outro,

De ser Amor

E finalmente

O agente do perdão.


Disseste-me:

Faze tu assim

E saberás quem SOU.


E completava AQUELE

Que, entre os arbustos,

Não cessava de falar 

Que descalço eu deveria estar

Que SANTO era o lugar.


E que para ver a tua GLÓRIA

Como ser pecador

Deveria me limpar

Com a Água da Vida,

Tirar tudo aquilo

Que a sandália da desonra macula, 

Pois SANTO és.


Que tudo que me tenta a viver

Uma camada mentirosa

De religiosidade

E trava minha vida de ser

Tudo que queres.


E, como imitador,

Devo ser o servo obediente,

Mesmo que me custe a vida,

E me destitua de toda vaidade,

Para que eu diminua 

E tua presença apareça.


Definida a resposta

O alheio e eu,

Devolvida a razão,

Compreendido foi que,

Ao chegarmos em junto a ti, 

Perdoado fomos para perdoar,

Amados fomos para amar,

Supridos fomos suprir.


E se não, 

Anátemas seremos,

Pois em vão estaremos 

Tomando teu SANTO NOME.


Hoje peço-te perdão

Pela demora de ser

O ser que tu queres que eu seja.


E uma vez tendo aprendido

Com teu padrão e vida

Ser definitivo perdão

A todo o que me ofende,

Dando minha outra face

Sem sentir a dor

E tirando a dor de quem,

Talvez sem saber ou sabendo,

Me feriu até a morte.


Agora posso orar,

Humilde e sem arrogância,

A ORAÇÃO tão simples

A mesma, que longe de reza,

Faz-se única e íntima revelação

De mim mesmo ao PAI,

Deste pecador perdoado

Ao PAI que não esconde o rosto

De quem a ti imita, JESUS.


Agora sigo para o Céu,

Em ORAÇÃO,

Limpo de mãos 

E puro de coração,

Com a alegria da SALVAÇÃO,

Com meu espírito voluntário

Levando a salvação para tantos.


Agora sei o sentido do

Viver é CRISTO

Morrer pelo próximo é lucro

E poder dizer, 

Sem enganos ou máscaras:

Em nome de JESUS,

Amém.

10 comentários:

  1. Amém, um deleite para nossa alma.🙌

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  2. Deus seja louvado! Que lindo poema!

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  3. Muito bom louvado seja Deus

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  4. Verdadeiro e profundo, Pr.
    Uma grande reflexão da alma sendo respondida na presença de Deus! Ele é o Alfa e o Ômega! 🙏🏼🙌🏼

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  5. Glória a Deus 🙏🙏 Excelente poema,Pr Carlos!! Deus continue te iluminando 🙌🙏

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