Deus de lado
Quando nas múrmures
Lápides,
Corações entregam
Sua existência
Ao inexistente,
De escamas em olhos
E covil de esoterismos.
Deus de lado
Quando abandonam
Toda fé no certo
E pendem seus passos
A pedras, paus e pó
Que como seres
Nada fazem
Senão mentir a si mesmos.
Quase que de morte
Cercam-se de ídolos
Postes que levam fama
De infame seres
Que nunca se deram
Ao Deus que tudo fez
Que tudo pode mudar.
Ah, como será tarde
A manhã em que,
Despertos,
De nada espertos
Terão que enfatizar
Senão os infernos
Que tanto buscaram
E assim encontraram.
Quem dera nas noites
Nos domingos de Casa Eterna
Fossem estes a buscar
Alguém mais poderoso
Que tais budas
Alás ou santos ocos
Em toda sua formatação.
Quisera Deus
Tivessem despertados
Para a vida
Para que no mudar de face
A Vida encontrassem.
Eis que sempre a noite vem
E com mistérios se cerca:
Uns sonham leves
Outros escarnecem
Pois os pesadelos
Para quem a Deus
Pôs de lado,
Ficou para trás
No dia final.
Ah, quisera tivessem acordado.