Pesquisar este blog

quinta-feira, 3 de abril de 2025

Pai Nosso?

[46]


Pai Nosso?

Neste dia, quando te encontro,

Pergunto-me quem és tu,

Seja para mim

Ou para estes tantos à volta.


Certifico-me nas respostas 

Que brotam tão espontâneas

De tantos e de meus lábios. 


Num instante, entro em tua presença,

Não em busca de respostas,

Mas para apenas ouvir-te

Numa outra questão:

Quem sou para ti?


Orei, e tantos oraram,

Tão poucos conseguiram 

Enfrentar a VERDADE:


Tu és Padrão a ser seguido,

Alguém digno de ser imitado,

Não como rezas repetidas,

Mas como íntimo ser.


Alguém que se faz carne

E habita na Terra,

Com GRAÇA e VERDADE

Repleto de toda a GLÓRIA,

Toda a expressão do PAI

A quem amas,

E por quem és amado.


Pois a grande pergunta ecoa

Como entre as mais escuras

E vivas cavernas,

Ouvindo minha própria voz:


Se te conheço

É por que antes de tudo 

Fui conhecido.


E neste conhecimento,

Eterno e perfeito,

Me perguntei de novo: quem és?


Pão nosso de cada dia,

Perdão que perdoa,

Amor que infinito ama,

Pastor que dá sua vida.


E pensei sobre mim:

Ainda ousas,

Ser mortal e pó que és

A te atreveres nesta pergunta?


E te ouvi em expressa

E profundo ORAÇÃO,

No cantinho de minha alma,

Pois ali te revelaste,

Muito mais que SALVADOR e SENHOR... 


E na solidão da noite,

E como esperava,

Me dizia o SENHOR:


Para ser no CÉU

Tudo que desejas,

Sejas antes de tudo na Terra.

Não caias na tentação

De não perdoar,

De não se dar,

De te esqueceres

De ser Pão,

Alimento ao outro,

De ser Amor

E finalmente

O agente do perdão.


Disseste-me:

Faze tu assim

E saberás quem SOU.


E completava AQUELE

Que, entre os arbustos,

Não cessava de falar 

Que descalço eu deveria estar

Que SANTO era o lugar.


E que para ver a tua GLÓRIA

Como ser pecador

Deveria me limpar

Com a Água da Vida,

Tirar tudo aquilo

Que a sandália da desonra macula, 

Pois SANTO és.


Que tudo que me tenta a viver

Uma camada mentirosa

De religiosidade

E trava minha vida de ser

Tudo que queres.


E, como imitador,

Devo ser o servo obediente,

Mesmo que me custe a vida,

E me destitua de toda vaidade,

Para que eu diminua 

E tua presença apareça.


Definida a resposta

O alheio e eu,

Devolvida a razão,

Compreendido foi que,

Ao chegarmos em junto a ti, 

Perdoado fomos para perdoar,

Amados fomos para amar,

Supridos fomos suprir.


E se não, 

Anátemas seremos,

Pois em vão estaremos 

Tomando teu SANTO NOME.


Hoje peço-te perdão

Pela demora de ser

O ser que tu queres que eu seja.


E uma vez tendo aprendido

Com teu padrão e vida

Ser definitivo perdão

A todo o que me ofende,

Dando minha outra face

Sem sentir a dor

E tirando a dor de quem,

Talvez sem saber ou sabendo,

Me feriu até a morte.


Agora posso orar,

Humilde e sem arrogância,

A ORAÇÃO tão simples

A mesma, que longe de reza,

Faz-se única e íntima revelação

De mim mesmo ao PAI,

Deste pecador perdoado

Ao PAI que não esconde o rosto

De quem a ti imita, JESUS.


Agora sigo para o Céu,

Em ORAÇÃO,

Limpo de mãos 

E puro de coração,

Com a alegria da SALVAÇÃO,

Com meu espírito voluntário

Levando a salvação para tantos.


Agora sei o sentido do

Viver é CRISTO

Morrer pelo próximo é lucro

E poder dizer, 

Sem enganos ou máscaras:

Em nome de JESUS,

Amém.

Senhor, amado Pastor

Senhor, amado Pastor,
Minha alma que por ti anela
Mergulha nos vales sombrios
De onde brada por socorro.

Pastor Supremo
Restaura minha mente
Fortalece meus ossos
Em ti me refugio.

Sinto a sede de tua presença
Pois passo por terras secas
E agora clamo por refrigério
Pelas águas tranquilas
Por amor de teu nome.

Almejo teu descanso
E somente em ti
Terreno firme para pisar
E que me impedem de cair
Somente creio em ti.

O vale é extenso
E por onde passo
Fantasmas me atormentam
Como se eu fosse
Parede a balançar.

Inimigos que venço
Pela Graça que há em ti.
E sei que nunca
Deixará a minha alma perecer.

Pastor Supremo
Restaura minha alma
Fortalece meus ossos
Muda minha mente
E me livra do mal
Pois teu é o Reino
E o Poder para sempre.

Tu és o meu pastor
Aquele em quem esperarei,
Sempre esperarei
Até que venha teu Reino.

Nego-me a mim

Nego-me a mim para não negar-te

Princípio que JESUS deixou

Para que eu seguisse neste caminho.


Me confundam meus sentimentos

Meus atos falem o contrário:

Tudo poderia caminhar

Como se para o inferno estivesse indo,

Mas nego-me a mim

A fim de não negar a ti.


Meu coração,

Como a corça que suspira pelas águas,

Sim, este meu coração suspira por ti.


Tu que és minha fortaleza, meu socorro,

Tu que és o meu Bom Pastor,

Mesmo que eu esteja andando por um vale sombrio,

Mesmo que eu esteja no vale da sombra da morte...


Quando olho pro horizonte,

Vejo tuas águas cristalinas,

As águas que me livram

De tantos pensamentos

E tantos sentimentos,

E ali, junto àquelas águas

Semelhante ao batismo

Tu restauras a minha alma.


Por isso nego-me a mim

E sigo somente a ti.


Não há outro,

Jamais haverá outro

Ainda que tudo se transtorne

Possam os montes se lançarem ao mar...

Ainda que os opositores tentem me derrubar

Como parede pendida prestes a cair...


Jamais serei abalado

Porque nego-me a mim

Para não negar a ti.


Eis o princípio que rege meu viver

E a única razão de eu existir.

Venho do pó e para lá hei de tornar.


Não me amedronta a morte

Nem tampouco o inferno

Causa temor no meu coração,

Porque a cada dia nego-me a mim

Pra não negar a ti.


Assim prossigo olhando para o Alvo

Único Alvo que passa pela cruz

Pela ressurreição para me fazer

Sacerdócio real, como um povo santo,

A propriedade exclusiva de DEUS.


E por isso nego-me a mim

E jamais negarei a ti.


Pode tudo depor contra mim,

Meus atos e minhas palavras

Ainda assim não negarei a ti.


JESUS de Nazaré

Homem que andou pela terra

Sob o forte calor do sol,

De quem eu, como João, 

Indigno sou de desatar suas sandálias,

Não ouso fitar teus olhos.


Não porque me rejeitas,

Mas por quem sou nesta carne

Que peca.


Mas em tudo isso

Em toda vastidão e profundidade,

Nego-me a mim

E jamais negarei a ti.


Simplesmente porque um dia

Aquele que me alcançou

Depois de me criar

Se fez meu SENHOR.


Tomou-me pela mão

Firmou-me os pés sobre a ROCHA

E agora tenho nos lábios

Uma nova canção

Um hino de louvor ao SENHOR.


Em cantos de alegrias

E às vezes de lamentação

Desnudam-se numa vida passageira.


E em tudo isto

Não nego ao SENHOR

Mas nego-me a mim.