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sexta-feira, 15 de novembro de 2024

Quisera

Deus de lado

Quando nas múrmures

Lápides,

Corações entregam

Sua existência

Ao inexistente,

De escamas em olhos

E covil de esoterismos.


Deus de lado

Quando abandonam

Toda fé no certo

E pendem seus passos

A pedras, paus e pó

Que como seres

Nada fazem

Senão mentir a si mesmos.


Quase que de morte

Cercam-se de ídolos

Postes que levam fama

De infame seres

Que nunca se deram

Ao Deus que tudo fez

Que tudo pode mudar.


Ah, como será tarde

A manhã em que,

Despertos,

De nada espertos

Terão que enfatizar

Senão os infernos 

Que tanto buscaram

E assim encontraram.


Quem dera nas noites

Nos domingos de Casa Eterna

Fossem estes a buscar

Alguém mais poderoso

Que tais budas

Alás ou santos ocos

Em toda sua formatação.


Quisera Deus

Tivessem despertados

Para a vida

Para que no mudar de face

A Vida encontrassem.


Eis que sempre a noite vem

E com mistérios se cerca:

Uns sonham leves

Outros escarnecem

Pois os pesadelos

Para quem a Deus

Pôs de lado,

Ficou para trás

No dia final.


Ah, quisera tivessem acordado.

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