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sexta-feira, 31 de outubro de 2025

Salmo 119:112

Salmo 119:112 Induzo o coração a guardar os teus decretos, para sempre, até ao fim.

Quando me deparei com este verso, quando o autor dirá que induziu seu coração, me detive em três conceitos: oferecer, inclinar, empurrado em direção, que me deram mais entendimento do significado de indução.

Muitas vezes nossa inclinação é para a morte, para o pecado, considerando nossa carne, que ao ensino de Paulo virá como “eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem nenhum, pois o querer o bem está em mim; não, porém, o efetuá-lo” (RM 7:18) e “então, ao querer fazer o bem, encontro a lei de que o mal reside em mim” (RM 7:21) – a luta do que a LEI que o salmista vê em prazerosa num confronto mortal com a nossa natureza caída.

A LEI, prazerosa para o Salmista revela quem somos, aponta para nosso pecado e nos mostra que mesmo a GRAÇA na LEI não será suficiente para nossa REDENÇÃO, necessitando do CRISTO SALVADOR, que levará o peso e o castigo que nos gera em NOVAS CRIATURAS.

Mesmo na beleza da LEI, seremos incapazes de cumprir suas letras.

Guardar os decretos até o fim” sempre será nossa motivação, pois eles têm a direção necessária como referencial do bem e o mal.

Num mesmo ato, acaba este Salmista dizendo: “vi os infiéis e senti desgosto, porque não guardam a tua palavra” (SL 119:158), quando em contato com pessoas que não amam a LEI e o SENHOR da LEI.

O Salmo 1 acaba nos impulsionando sobre o fato de que os “ímpios não reinarão”, ou seja, não tem parte com o SENHOR da LEI por não amarem a LEI do SENHOR.

Desfalece-me a alma, aguardando a tua salvação; porém espero na tua palavra” (SL 119:81) mostrará que seu anseio era eterno, que sua esperança era o alimento mediante a meditação na LEI DO SENHOR, mesma expectação de autores do NT quando da esperança da parousia, escrevendo Paulo assim: "a nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo" (FL 1:6).

Desse modo, não tem como separar deste pensamento mais dois versos que agraciam o entendimento: “Chegue a ti, Senhor, a minha súplica; dá-me entendimento, segundo a tua palavra; chegue a minha petição à tua presença; livra-me segundo a tua palavra” (SL 119:169, 170).

Facilita entender o “induzo meu coração” com o “chegue a Ti”, quando percebemos que esta apologia à LEI DE DEUS, à sua PALAVRA, aos seus TESTEMUNHOS e JUÍZOS, se tornara sua paixão e dependência.

A GRAÇA se expressa de forma bela, quando a vemos como instrumento de ligação com a inspiração das ESCRITURAS, quem sabe do momento em que Moisés sobe ao monte para receber das mãos do SENHOR a maior riqueza que um homem teve em mãos.

Tudo por ser esta LEI o aio que encaminha e conduz a CRISTO, mostrando sua SUFICIÊNCIA como “o VERBO que se faz carne”, como “este é meu FILHO AMADO”.

A LEI e a GRAÇA se casam quando se trata do SENHOR JESUS.

Inclinar ou conduzir nossa vida ao temor do SENHOR, mediante a leitura e prática da LEI do AMOR, expressa nas linhas dos MANDAMENTOS DIVINOS.

Não temos senão que somar forças com os Salmos a seguir: na minha angústia, clamo ao Senhor, e ele me ouve (Salmo 120:1); elevo os olhos para os montes: de onde me virá o socorro? (Salmo 121:1); não fosse o Senhor, que esteve ao nosso lado, Israel que o diga (Salmo 124:1); os que confiam no Senhor são como o monte Sião, que não se abala, firme para sempre (Salmo 125:1); quando o Senhor restaurou a sorte de Sião, ficamos como quem sonha (Salmo 126:1); se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam (Salmo 127:1) – DEPENDÊNCIA é a definição certa – eis a nossa romagem.

Por isso a LEI do SENHOR restaura a alma, por ser ela a porção ideal do remédio que nos aponta para a cura: JESUS.

Envolva-se com a PALAVRA e viva este grande amor pelo SENHOR.


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