Salmo 119:112 Induzo o coração a guardar os teus
decretos, para sempre, até ao fim.
Quando me deparei com este verso, quando
o autor dirá que induziu seu coração, me detive em três conceitos: “oferecer, inclinar, empurrado em direção”, que me
deram mais entendimento do significado de indução.
Muitas vezes nossa inclinação é para a
morte, para o pecado, considerando nossa carne, que ao ensino de Paulo virá
como “eu sei que em mim, isto é, na minha carne,
não habita bem nenhum, pois o querer o bem está em mim; não, porém, o efetuá-lo”
(RM 7:18) e “então, ao querer fazer o bem,
encontro a lei de que o mal reside em mim” (RM 7:21) – a luta do que
a LEI que o salmista vê em prazerosa num confronto mortal com a nossa natureza
caída.
A LEI, prazerosa para o Salmista revela
quem somos, aponta para nosso pecado e nos mostra que mesmo a GRAÇA na LEI não
será suficiente para nossa REDENÇÃO, necessitando do CRISTO SALVADOR, que
levará o peso e o castigo que nos gera em NOVAS CRIATURAS.
Mesmo na beleza da LEI, seremos
incapazes de cumprir suas letras.
“Guardar
os decretos até o fim” sempre será nossa motivação, pois eles têm a
direção necessária como referencial do bem e o mal.
Num mesmo ato, acaba este Salmista
dizendo: “vi os infiéis e senti desgosto, porque
não guardam a tua palavra” (SL 119:158), quando em contato com
pessoas que não amam a LEI e o SENHOR da LEI.
O Salmo 1 acaba nos impulsionando sobre
o fato de que os “ímpios não reinarão”,
ou seja, não tem parte com o SENHOR da LEI por não amarem a LEI do SENHOR.
“Desfalece-me
a alma, aguardando a tua salvação; porém espero na tua palavra” (SL 119:81)
mostrará que seu anseio era eterno, que sua esperança era o alimento mediante a
meditação na LEI DO SENHOR, mesma expectação de autores do NT quando da
esperança da parousia, escrevendo Paulo
assim: "a nossa pátria está nos céus, de
onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo" (FL
1:6).
Desse modo, não tem como separar deste
pensamento mais dois versos que agraciam o entendimento: “Chegue a ti, Senhor, a minha súplica; dá-me entendimento,
segundo a tua palavra; chegue a minha petição à tua presença; livra-me segundo
a tua palavra” (SL 119:169, 170).
Facilita entender o “induzo meu coração” com o “chegue a Ti”, quando percebemos que esta
apologia à LEI DE DEUS, à sua PALAVRA, aos seus TESTEMUNHOS e JUÍZOS, se tornara
sua paixão e dependência.
A GRAÇA se expressa de forma bela,
quando a vemos como instrumento de ligação com a inspiração das ESCRITURAS,
quem sabe do momento em que Moisés sobe ao monte para receber das mãos do
SENHOR a maior riqueza que um homem teve em mãos.
Tudo por ser esta LEI o aio que
encaminha e conduz a CRISTO, mostrando sua SUFICIÊNCIA como “o VERBO que se faz carne”, como “este é meu FILHO AMADO”.
A LEI e a GRAÇA se casam quando se trata
do SENHOR JESUS.
Inclinar ou conduzir nossa vida ao temor
do SENHOR, mediante a leitura e prática da LEI do AMOR, expressa nas linhas dos
MANDAMENTOS DIVINOS.
Não temos senão que somar forças com
os Salmos a seguir: na minha angústia, clamo ao Senhor, e ele me ouve
(Salmo 120:1); elevo os olhos para os montes: de
onde me virá o socorro? (Salmo 121:1); não
fosse o Senhor, que esteve ao nosso lado, Israel que o diga (Salmo
124:1); os que confiam no Senhor são como o
monte Sião, que não se abala, firme para sempre (Salmo 125:1); quando o Senhor restaurou a sorte de Sião, ficamos como
quem sonha (Salmo 126:1); se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que
a edificam (Salmo 127:1) – DEPENDÊNCIA é a definição certa – eis a
nossa romagem.
Por isso a LEI do SENHOR restaura a
alma, por ser ela a porção ideal do remédio que nos aponta para a cura: JESUS.
Envolva-se com a PALAVRA e viva este
grande amor pelo SENHOR.
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